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segunda-feira, 30 de maio de 2016

CAPÍTULO 13

CENA 1: Marion permanece sem ação diante de quem vê. O homem resolve falar.
-Vai ficar aí parada com essa cara de mocinha de novela das seis por muito tempo ou vai me deixar entrar?
-Você não perde mesmo a oportunidade de ser “gentil”, não é mesmo, Márcio?
É então que a câmera revela que é Márcio quem está na porta da casa de Marion.
-Vish mulher! Teu cérebro tá bugadão mesmo, hein? Parece que tá sempre declamando texto decorado...
-Corte suas ironias. E fale baixo, porque você não vai entrar e não quero que ninguém te veja aqui.
Márcio, percebendo a atitude de Marion, resolve afrontá-la.
-Não vai deixar? Acho que vai ser beeem interessante se da próxima vez que eu chamar a imprensa eu mencionar que você acobertou a sua sobrinha quando ela mentiu a idade. Isso pode ser considerado aliciamento, sabia?
-Você não me mete medo, seu verme. Depois, foi você que se relacionou com a Riva e fez um filho nela, quem é que ia se complicar nisso? Cê é tão burro que não percebe que hoje ela é uma mulher de mais de trinta anos e você, um homem de quase quarenta. Queria meter medo? Parabéns pela tentativa, mas você não é tão inteligente assim. Aliás, nunca foi.
Márcio se enfurece com Marion, empurra a porta, quase a derruba e começa a falar alto. Riva, Marcelo, Rafael e Mariana se voltam à porta.
-Cheguei, cambada! Em que quarto eu fico? - fala Márcio, quase gritando e causando surpresa em Riva.
-Ih, danou-se... - observa Riva, surpresa.
Marcelo se enfurece diante da situação.
-Mãe, cê vai deixar que esse verme entre nessa casa?
Marcelo, num impulso, vai em direção a Márcio e o nocauteia com um soco. Antes de continuar a agredir Márcio, Rafael o segura.
-Para, amor! Apesar de ser esse homem deplorável, esse sujeito é seu pai biológico.
-Me envergonho de ter o sangue desse daí. Fora daqui! Some da vida da gente! Some! - grita Marcelo, furioso e sendo contido por Rafael.
Márcio percebe que Rafael é namorado de Marcelo e começa a ser irônico.
-Ui! Quer dizer que esses dois aí são viados? Meu filho é um viado! E o Rafael, todo galãzinho da novela juvenil, deixando as garotas com a xoxota molhadinha sonhando com ele... tá nem aí pra elas!
Márcio ri descontroladamente da situação. Riva se irrita.
-Lave a boca antes de falar do MEU filho e do meu genro! Que é que cê veio fazer aqui agora? É dinheiro que você quer? Fala logo a quantia que a Marion preenche um cheque pra você. E não se preocupa que tem fundo, viu seu vigarista?
-Ah, que isso, Rivinha... mal cheguei nessa festa e já tão querendo que eu vá embora? Nem conheci o resto da mansão ainda...
Rafael e Mariana perdem a paciência.
-Tá, fala logo o que você quer! - sentencia Rafael.
-Isso mesmo! Não somos vagabundos não, sabia? - completa Mariana.
-Uma graninha pra ficar caladinho. Cês sabem como é, né? O país em crise, o gigante acordado, os coxa pedindo impeachment e bla bla bla... vou querer cem mil reais pra começo de história. Se esse dinheiro não estiver amanhã na minha mão, acho que a imprensa marrom vai adorar saber que o promissor ator Rafael Alves, filho da ex namoradinha do Brasil, é viado. Imagina o babado? Acho que ninguém aqui vai querer perder trabalho por causa disso, né não? Então é melhor ir passando a grana de uma vez.
Riva entende que todos estão nas mãos de Márcio naquele momento.
-Vai, Marion... assina logo esse cheque pra esse miserável parar de encher o nosso saco!
Marion protesta.
-Mas isso é um assalto!
Márcio retruca.
-Melhor do que um à mão armada, não é? Parem de miséria que essa mixaria não vai fazer falta pra vocês. Ouve o que a Riva disse e pega esse talão de uma vez se vocês querem tanto me ver pelas costas, valeu?
Marion pega o talão de cheques. CORTA A CENA.

CENA 2: A noite passa e o dia amanhece. Bruno, que acabou dormindo no sofá da casa de Cláudio, é despertado por ele.
-Acorda, Bruno! Já são seis e meia da manhã...
Bruno desperta prontamente.
-Desculpa mais uma vez ter me abusado tanto de você. Não queria ter dado esse trabalho todo.
-Não é trabalho nenhum, Bruno. Você foi enganado com promessas de aluguel barato e nem tem pra onde ir. Infelizmente nada aqui no Rio de Janeiro anda barato ultimamente...
-Tenho que sair à caça de empregos logo, não posso ficar desse jeito, sem nem ter onde ficar, sem nem saber onde vou dormir na próxima noite ou mesmo se vou acabar dormindo na rua...
-Na verdade eu tenho uma proposta. Veja bem, não quero que me entenda mal...
-Que proposta seria essa, Cláudio?
-Você pode ficar morando aqui enquanto não consegue um emprego e um aluguel mais em conta em algum lugar da cidade.
Bruno fica genuinamente espantado com a generosidade de Cláudio.
-Mas... Cláudio, você mal me conhece! Não sabe direito quem eu sou, não sabe dos meus segredos... eu podia ser um bandido golpista, sabia disso?
-Só de você estar todo preocupado falando nessas possibilidades todas eu sei que você é qualquer coisa, menos uma pessoa má...
-As aparências enganam, Cláudio. Já me decepcionei demais acreditando nas pessoas erradas...
-Quem nunca? Isso é parte da vida. Mas você fica enquanto não tiver pra onde ir. Eu posso estar sendo muito ingênuo e precipitado, mas você me inspira confiança.
-Mas... e o seu namorado? Você me disse ontem depois do almoço que ele se chama Rodrigo e volta de viagem no meio da semana... você não acha que ele pode implicar comigo?
-Nesse caso, caríssimo Bruno, o Rodrigo tem dois trabalhos: implicar e deixar de implicar. Na realidade eu tenho mais motivos pra desconfiar dele do que ele de mim... mas outra hora conversamos melhor sobre isso. Se eu ficar parado aqui vou me atrasar pra aula de hoje e detesto me atrasar. Deixei uma torta de limão na geladeira e tem café passado. Se sentir fome antes de eu chegar, também deixei um dinheiro debaixo do pote de biscoitos pra você comprar alguma coisa no mercadinho. Agora preciso ir. Bom dia!
Cláudio abraça Bruno para se despedir e Bruno sente um estranho afeto por ele. CORTA A CENA.

CENA 3: Assim que Mateus se despede de Laura, ela espera passar alguns instantes e resolve seguí-lo sem que ele perceba. Ao perceber que ele entra num táxi, pega sua moto e o segue a uma distância segura. Instantes depois, Mateus desce do táxi e entra em um prédio residencial luxuoso em Copacabana. Intrigada, Laura espera um tempo passar depois de Mateus entrar no prédio e certificando-se de que não seria vista pelo namorado, vai até a portaria.
-Moço, eu gostaria de uma informação. - diz Laura ao porteiro.
-Sim, em que posso ser útil?
-Meu namorado deu esse endereço pra mim. Você deve saber quem ele é, é o Mateus Viveiros, o Daniel da novela juvenil.
-Sim, claro que sei! Ele vem aqui umas três vezes por semana.
Laura percebe que as informações batem com os dias em que o namorado sai mais cedo antes de começarem as gravações da novela. Buscando saber mais, resolve inventar informações.
-Pois então. Ele diz que são reuniões com o diretor, para poder ter mais orientações de marcações e coisas do tipo.
-Exatamente, moça. Como você se chama?
-Laura.
-Como eu ia dizendo, dona Laura... ele realmente vem aqui e diz que se reúne com o diretor da novela, tanto que os dois saem juntos daqui depois de uma ou duas horas.
Laura estranha a informação e resolve perguntar mais.
-Certo... quer dizer que você já viu o diretor várias vezes, não é mesmo?
-Vi... quer dizer... vi e não vi. É complicado explicar.
-Complicado? Por que?
-Porque acho que o diretor deve ser meio anti social ou ter medo de ser reconhecido por alguém, só pode.
-Não brinca?! - espanta-se Laura.
-É verdade! Nunca dá pra reconhecer direito. Ele sempre vem com roupas escuras cobrindo o corpo todo, boné e óculos escuro. Tipo disfarce, sabe?
-Sei... bem, seu... (Laura olha para o nome do porteiro na camisa dele) Alfredo, agora vou precisar ir. Muito obrigado, viu? Tenha um ótimo dia!
O porteiro estranha.
-Mas a senhora não disse que ia se reunir com eles?
-Ia, mas esqueci que justo hoje começam os ensaios de uma nova peça. Então não precisa nem dizer pros meninos que eu estive aqui, certo?
-Tudo bem, dona Laura. Pode deixar que não aviso sobre nada.
Laura deixa o prédio intrigada. CORTA A CENA.

CENA 4: Horas depois, durante uma aula de etiqueta, Riva e Marion desabafam com Suzanne sobre os acontecimentos da noite anterior.
-Ai gente, que barra pesadona, socorro! Esse homem deve ser um monstro! - exagera Suzanne.
-Monstro sim. E sádico. Onde já se viu usar a orientação sexual dos nossos filhos contra nós? - reclama Marion.
-Aí, posso não ter muita instrução e esses negócio fino aí, mas o Márcio só fez isso porque o mundo dos famosos é isso daí. Não deixa as pessoa ser o que elas são. Criam um personagem pra todo mundo gostar. Não sei como explicar isso, é tipo... personagem dentro do personagem, sabe? - complementa Riva.
Marion se espanta com os pensamentos da sobrinha.
-É exatamente isso, Riva. Você é muito sábia, sabia?
-Gente, mudando de assunto: essa noite vai ter um evento badaladíssimo e vai ter imprensa. Se eu fosse vocês eu ia pra calar a boca da imprensa marrom – sugere Suzanne.
-É isso que vamos fazer. - sentencia Marion. CORTA A CENA.

CENA 5: Horas depois, Marion vai à companhia de teatro e é recebida calorosamente por todos. Eva, Renata, Laura, Valentim, Mara e Procópio estão presentes. Mara chega com uma torta de maçã.
-Quanto tempo, Marion! Quer um pedaço dessa torta?
-Se eu fosse você, aceitava. Tá uma delícia! - fala Eva.
-Cê não desiste de me transformar numa baleia, né Mara? - descontrai Marion, pegando um pedaço da torta e se deliciando.
Procópio se empolga com a presença de Marion ali e resolve falar com ela.
-Marion, faz mais ou menos um mês que comecei a escrever uma peça que acho que a protagonista tem a sua cara!
-Sério?
-Seríssimo!
-Ih, lá vem o Procópio com as ideias mirabolantes dele de novo... - descontrai Valentim. Todos riem. Marion, entretanto, leva a sério e se interessa.
-Mas me fala mais sobre o roteiro, sobre esse personagem...
-Então, na verdade é um monólogo, onde o seu personagem fala basicamente dos encontros e desencontros pra poder achar um homem que a faça... bem, como eu posso dizer? Gozar, entende? É um monólogo sobre a vida sexual da mulher contemporânea e seu personagem, a Ilana, caso você aceitar, teria um tom mais puxado pra comédia, mas não deixando de falar sério...
Mara e Valentim levam suas mãos às suas testas e baixam a cabeça, com a certeza de que Marion vai achar aquilo absurdo. Mara comenta com Valentim:
-Pelo menos ele tenta trazer nossa estrela de volta, né?
-Procópio é brasileiro e não desiste nunca! - ri Valentim.
Marion, ainda assim, considera a ideia interessante.
-Eu gostei da ideia, sinceramente! Quando posso vir ensaiar com vocês?
Laura, Eva, Renata, Mara e Valentim se olham surpresos. Laura não se segura.
-Sério isso, Marion? Chocada que você tá pensando em aceitar! Cê acredita que o Procópio sugeriu que esse papel fosse meu, nem que para isso fizessem uma maquiagem pra me dar um aspecto mais maduro? Claro que eu não entrei nessa onda, né! Gosto mais de uma coisa experimental.
Procópio se sente ofendido, mas resolve brincar.
-Ainda sou o chefe de vocês, tão sabendo? Nossa arte não tem barreiras.
Marion intervém.
-Laura, entendo que seus ideais sejam diferentes, mas o que é arte? Quem é que define o limite entre o experimental e o mainstream? O público! A crítica! Você não acha que um monólogo como esse também pode ser experimental?
Renata complementa.
-Marion tem razão, gente... Depois, nossos personagens não são extensões nossas. Não devemos nos apegar às nossas imagens.
Marion prossegue.
-Procópio, meu querido... só tenho como te garantir que posso vir aos ensaios semana que vem. Essa semana tá meio lotadinha de alguns eventos que eu preciso estar por perto. Tudo bem?
-Tudo certo, mas... que eventos são esses?
-Eventos sociais. Minha sobrinha agora tá rica e famosa. Eu e Suzanne estamos segurando as pontas pra ela não cometer gafes.
-Quem é Suzanne? - questiona Mara.
-Uma hora vocês vão conhecer. Queridos, foi maravilhoso vir aqui ver vocês, mas hoje foi só visita de médico. Preciso ir. Até semana que vem!
Marion se despede de todos e vai embora. CORTA A CENA.

CENA 6: Cláudio chega em casa no horário do almoço e é surpreendido por Bruno preparando a comida.
-Não precisava disso, Bruno! Deixei o dinheiro pra você comprar uma coisinha pra você, não pra fazer o almoço... sempre fiz meu próprio almoço!
-É, mas já que vou passar esses dias aqui, o mínimo que te devo é fazer algumas coisas dentro dessa casa, pra não dobrar seu trabalho!
Cláudio se encanta cada vez mais com Bruno, mas busca disfarçar. Depois de alguns segundos buscando o que dizer, Cláudio volta a falar.
-Tá certo... mas me diz uma coisa: achou alguma coisa nos classificados do jornal?
-Nada, Cláudio... nem emprego na minha área, muito menos lugar pra ficar...
-E qual é sua área?
-Me formei em jornalismo, mas meu sonho é ser ator. Sabe aquela companhia de teatro que fica perto de Copacabana? Meu sonho é ir pra lá. Inclusive passei uns meses numa pecinha que fica ao lado da companhia de teatro, só que eu não tava pagando aluguel... na realidade tava clandestino.
-Não brinca! Eu sou ator, sabia?
-Pensei que estivesse estudando pra ser psicólogo.
-Sim, eu tou. Mas também sou ator. Na real tou afastado por conta dos estudos. E sabe qual é a companhia de teatro que eu frequentava? Justamente a que fica ao lado dessa pecinha que você morou escondido. Eu sei dessa pecinha... ela é bem pequena, não é?
-É um aperto sem fim! Pra tomar banho quente eu tinha que esquentar a água no fogo, cê pira?
-Imagino. Sei um pouco da história desse lugar. Foi um mendigo, já falecido, que construiu. Diz a lenda que ele era professor universitário e perdeu toda a família num incêndio e desde então vagava pelas ruas. Quando foi ficando velho, fez aquela pecinha. O seu Procópio, dono da companhia de teatro, diz que ele era uma pessoa super do bem. Morreu sozinho, esquecido pelos próprios familiares mais distantes...
-Que triste... mas ó, o almoço já tá pronto. Hoje tem bife acebolado com feijão branco. É o melhor que deu pra eu fazer.
-Parece estar uma delícia...
Os dois se servem e seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 7: Horas depois, já anoitecendo, Mateus está em um táxi voltando das gravações da novela quando seu celular toca. É novamente o homem misterioso com a voz abafada.
-Então... o Bruno tá fazendo o combinado?
-Acho que sim, mas ele não deu sinal de vida até agora.
-Isso parece bom. Não é difícil de enganar aquele panaca do Cláudio. Mas você não acha estranho ele não ter ligado desde ontem? O combinado era ele pelo menos avisar de alguma coisa.
-Não acho que algo tenha dado errado. Você melhor que ninguém sabe que o Bruno não seria doido de colocar tudo a perder, sabendo que a vida dos pais dele está nas suas mãos.
-Acho muito bom que ele lembre disso se ele resolver nos trair.
-E ele também me ama, não se esqueça disso. Não acho que ele me trairia se apaixonando por outro cara, ainda mais o tonto do Cláudio.
-É... mas o Cláudio que hoje não tá valendo nada, já valeu bastante coisa pra você, não é?
-Lave essa boca imunda antes de falar qualquer merda! Você não é ninguém pra falar de passado aqui, tá me entendendo?
-Acho bom você controlar esse seu gênio, viu? Porque a única opção que você e o Bruno tem na vida é serem meus aliados. Senão...
-Senão o que? Se eu cansar de tudo isso eu largo minha carreira de ator e tento outra coisa. Duvido que você realmente seria capaz de matar alguém.
-Nunca duvide de mim, tá me ouvindo, Mateus? Se o Bruno não entrar em contato com você até amanhã à noite, dê um jeito de falar com ele na quarta-feira, tá certo?
-Tá bem. Agora vê se para de me ligar toda hora, valeu? Se a Laura desconfiar de qualquer coisa, a culpa vai ter sido sua!
-Ui, que nervosinho... tá bem, Mateus. Não vou te incomodar mais agora. Faça o que mandei, passar bem!
O homem misterioso desliga e Mateus fica claramente inseguro. CORTA A CENA.

CENA 8: Marcelo e Rafael chegam em casa e se deparam com Riva deslumbrante.
-Mãe! Eu nunca vi a senhora tão linda desse jeito!
-É, sogrinha... essa maquiagem tá um arraso! - surpreende-se Rafael.
Suzanne então começa a falar.
-Então deem o crédito a mim! Vi um tutorial de maquiagem há algum tempo atrás na internet e vi que o tom de pele da Riva era perfeito pra maquiagem que idealizei.
Marcelo revira os olhos, sendo instantaneamente repreendido pelos olhares de Marion, Mariana, Ivan e Riva. Rafael, mesmo sem suportar a constante presença de Suzanne também, entende que não há nada que eles possam fazer no momento e resolve contemporizar.
-O evento começa às dez, não é? A gente vai tomar uma chuveirada rápida e se aprontar. Esperem por nós que ninguém aqui vai se atrasar hoje. Parabéns pela maquiagem bafônica, Suzanne.
Antes que Marcelo possa falar qualquer coisa, Rafael o puxa pelo braço e os dois sobem as escadas.
-Amor, que cena foi aquela?
-Ah, Marcelo... a gente ia ter condição de fazer alguma coisa? Criar climão desnecessário? A mulher fez um bom trabalho, fim de papo! Depois, é mais prudente que a gente faça o jogo dela se a gente quiser descobrir alguma coisa, não é?
-Você tá certo, Rafa... Depois, é praticamente um milagre que seu pai esteja animado com o evento hoje, então bora se animar!
-Relaxa, amor... na pior das hipóteses ela deve ser uma dondoca sem noção. Agora vamos nos apressar!
Os dois rumam ao banheiro. CORTA A CENA.

CENA 9: Já durante o evento, inúmeros fotógrafos pedem para fotografar Riva, admirados com sua beleza estonteante. Riva posa alegremente ao lado dos familiares para as fotos. Suzanne se mete numa das fotos, deixando novamente Marcelo bravo. Rafael também percebe que Suzanne força a barra, porém tenta contemporizar.
-Lembra do que a gente falou antes de sair, amor... talvez ela só seja mais uma dondoca sem noção e nada além disso...
-Tá difícil segurar, mas né... cê tá certo, mais uma vez. O que não tem remédio...
-Remediado está! Marcelo, vamos chamar todo mundo pra sentar à mesa?
-Por favor!
-Minhas pernas estão me matando hoje. Passei mais de cinco horas em pé durante as gravações de hoje...
Todos estão se sentando à mesa quando Riva, ainda em pé, acaba levando um esbarrão de um homem que acaba derramando a champagne que segurava na mão em seu decote. O homem, apesar de constrangido, se encanta com a beleza de Riva, que também se encanta pelo olhar dele.
-Me desculpe... eu não tinha te visto. Me chamo Vicente.
-Vicente Fernandes! Sei quem você é, o Brasil inteiro sabe! - espanta-se Riva.
Os dois se olham com evidente encanto. FIM DO CAPÍTULO 13.

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