CENA 1: Marcelo encara Rafael,
ainda incrédulo.
-Rafael... isso que cê tá
dizendo é coisa séria. Não sou homem de aceitar brincadeira e
palavras ditas da boca pra fora numa boa... se você tá pensando que
por ser o grande Rafael Alves você pode conseguir tudo o que quer,
vou logo avisando que comigo não é bem desse jeito, não...
Marcelo, mesmo estando na
defensiva, mostra-se tocado pelas palavras de Rafael, que tenta se
justificar.
-Por favor, Marcelo... eu
preciso que você acredite em mim. Aquele nosso beijo de ontem me fez
sentir uma coisa que eu nunca senti...
-Beijo que você roubou, por
sinal.
-Você não gostou?
-Cara, eu acho melhor a gente
subir. Daqui a pouco minha mãe e sua mãe devem estar voltando do
shopping. Isso sem falar que o seu pai ou a sua irmã podem ouvir o
que a gente tá falando.
-E o que é que tem? Dentro
dessa casa não é segredo nenhum que eu gosto de meninos.
-Rafael, será que você não
percebe que somos primos?
-Isso não quer dizer nada.
-Por favor, vamos terminar
essa conversa lá em cima. Sério, eu tou pedindo.
Os dois sobem ao quarto que
agora é de Marcelo.
-E aí... o que tá achando
desse quarto? Viu que tem um home theater?
-Vi sim. Mas não foge do
assunto, Rafa... precisamos conversar sobre ontem. Você acabou de
dizer que...
Rafael novamente beija
Marcelo.
-Só me diz que é possível,
Marcelo...
-Olha... eu não vou mentir.
Tudo isso tá me deixando confuso. Tá tudo muito rápido. Até uma
semana atrás minha vida era uma. Hoje, nada do que fui ou vivi tá
dentro dessa casa, desse mundo...
-Você ainda não me disse
se...
-Rafa, não foi só você que
sentiu algo forte, diferente e intenso ontem. Não sei definir o que
tá rolando, mas a gente tem alguma coisa forte acontecendo aqui.
-Você tá dizendo que a gente
pode ficar junto?
-Calma, cara! Tem vinte e
quatro horas que a gente se conheceu. Vamos com calma. Depois, pelo
que eu sei, você é “hetero” pra imprensa inteira, pra não
perder trabalhos, contratos e capa de revista.
-Não precisava dizer isso
desse jeito, Marcelo.
-Tou dizendo alguma mentira? O
que a gente pode fazer é ver onde vai dar. Eu gosto de você. Não
só pela sua beleza, mas tem algo especial dentro de você. Sem
mencionar a loucura que é a gente ter nascido no mesmo dia e ter só
se conhecido agora...
Marcelo beija Rafael.
-Tenho vontade de te dizer
tanta coisa, Marcelo... mas acho melhor não dizer agora. Cê quer
ajuda pra desfazer suas malas e arrumar essa bagunça aqui? A gente
pode ver um filme ou um seriado depois, busco no meu quarto...
-Tá certo. Cê pode começar
abrindo essa mala aqui que tá cheia de discos...
-De vinil? Não acredito que
você também...
-O que? Você tem uma coleção
de vinis?
-Cara, eu não tou
acreditando! A gente tem muito mais em comum pra descobrir... -
encanta-se Rafael. CORTA A CENA.
CENA 2: Riva e Marion chegam
em casa com a noite avançada, depois de passarem o dia todo no
shopping. Ambas carregam muitas sacolas.
-Deus do céu! Se eu soubesse
que a gente ia levar tanta coisa, teria pensado antes de comprar meu
carro. Quase não coube tudo ali dentro, Riva!
-Mas valeu a pena, Marion!
Amei todas as roupas que você me ajudou a escolher. Vem cá... cadê
todo mundo?
-Ivan anda deprimido. Quando
não está dormindo, fica muito tempo no nosso quarto. Mariana deve
estar capotada a uma hora dessas e o Rafa deve estar repassando o
texto pra amanhã, mas... e o seu filho? Ele avisou se ia sair,
alguma coisa?
-Não. Ele sempre me avisa.
Será que ele já arrumou sozinho o quarto dele? Eu disse que ia
ajudar ele quando a gente chegasse.
-Vamos lá em cima, Riva.
Talvez o Rafael saiba de alguma coisa. Dificilmente ele tá dormindo
a essa hora, então ele vai pelo menos dizer se sabe de algo ou
não...
As duas sobem e Marion bate no
quarto do filho. Ninguém atende.
-A porta tá entreaberta... -
observa Riva.
As duas entram e não
encontram Rafael em seu quarto.
-Será que ele saiu, Marion?
-Não, Riva. Ele nunca sai
durante a semana, é comprometido com as gravações da novela...
-Acho bom a gente olhar se o
Marcelo tá no novo quarto dele. De repente eles saíram...
-Riva, eu duvido muito que meu
filho tenha saído... vamos lá.
As duas vão até o quarto de
Marcelo e se deparam com Rafael dormindo com a cabeça no peito de
Marcelo, que também dorme. No home theater, passa um filme. Marion
olha para Riva.
-Cê tá pensando o que eu tou
pensando?
-Peraí... seu filho também
é...
-Gay? Eu não sabia que o seu
filho também...
-Ih, danou-se...
-Não vejo nada demais, é até
bom eles estarem se entendendo. Mas uma coisa me preocupa: Rafael já
anda revoltado de ter de mentir pra imprensa e isso pode piorar a
situação.
-Calma, Marion. A gente nem
sabe o que aconteceu. De repente eles só tavam ali vendo o filme...
-Veremos... - fala Marion,
intrigada. CORTA A CENA.
CENA 3: Em sua casa, Renata
está quase adormecendo quando a campainha toca. É Eva. Renata abre
a porta feliz e vai receber a namorada com um beijo, no que Eva
recua.
-Aqui não, Renata! As pessoas
podem ver! Espera eu entrar...
Renata olha decepcionada para
Eva.
-Eva, até quando você vai
ficar nessa história de se esconder?
Eva entra na casa de Renata.
-Renata, você precisa
entender que eu tou lutando pela minha carreira na TV! Sabe o que
isso significa?
-Sei sim. É um dos motivos
que me fizeram passar longe de tudo isso. Sabe o engraçado? Você
sempre pede que eu te entenda, mas parece que você nunca me entende.
-O que foi agora? Não sou o
suficiente pra você?
-Sinceramente? Amar escondido
é muito pouco depois de tudo o que já passei pra chegar até aqui.
-Não vem com drama, Renata...
Renata fica indignada.
-Drama, Eva? Cê tá falando
que é drama? Não pode ser! Você tem noção de que meus pais
adotivos me escorraçaram de casa depois que me assumi lésbica? Não
deve ter, pelo visto. Porque você teve a sorte de ter pais
maravilhosos, que eu desejo ardentemente que fossem meus pais. Só
que, pelo visto, você é incapaz de valorizar essa sorte que tem...
Eva percebe que foi injusta
com Renata.
-Olha... eu não queria ter
dito isso. Me desculpa...
-Eu sempre te desculpo, Eva.
Mas que tal parar de falar e fazer merda pra não ter que pedir
desculpa praticamente todo dia?
-Eu te amo, Renata. Ainda vou
te provar o quanto...
As duas se beijam. CORTA A
CENA.
CENA 4: Antes de dormir,
Cláudio olha à sua volta e relembra a conversa com Diogo no dia
anterior. Olha para seu celular e pensa alto consigo mesmo.
-Será que eu mando uma
mensagem ou ligo? Bem... se eu ligar, conhecendo Diogo como eu
conheço, é bem possível que ele volte a alimentar falsas
esperanças e ignore que nunca volto atrás... mas ele pediu uma
resposta. Droga! Detesto quando as pessoas me deixam sem saída...
Cláudio resolve responder com
uma mensagem.
Diogo está em sua casa, quase
dormindo quando ouve seu celular apitar. Percebe que acabou de
receber uma mensagem de Cláudio. Ansioso, abre a mensagem.
“Quanto à sua pergunta
de ontem... a resposta é sim.”
Diogo vibra e responde
imediatamente.
“Vamos
nos ver hoje? Precisamos conversar”
Em poucos instantes, Diogo
recebe a resposta de Cláudio.
“Hoje
não... já são quase uma da manhã e eu tenho aula amanhã. Podemos
marcar no barzinho de sempre amanhã depois da minha aula. Só não
fique alimentando expectativas. Você queria uma resposta e eu
respondi com sinceridade. Não significa que eu pense em voltar atrás
nas minhas decisões”
Diogo sofre por perceber que
Cláudio ainda assim não o deseja de volta como namorado. CORTA A
CENA.
CENA 5: O dia amanhece. Marion
e Riva tomam o café da manhã quando Rafael desce apressado.
-Bom dia mãe, bom dia prima!
-O que foi que te deu pra se
acordar atrasado, Rafael? - pergunta Marion, esperando pela resposta
do filho.
-Me esqueci de ligar o
despertador. Pelo menos acho que dá tempo de não chegar atrasado
nas gravações...
Marion encara o filho.
-Eu vi você dormindo com o
Marcelo no quarto dele essa noite. Ou o filme que vocês estavam
vendo era muito chato, ou eu tou começando a achar que vocês
dois...
Rafael interrompe.
-Gente... me desculpem, mas eu
tou com certa pressa pra sair. A gente pode conversar sobre o que
vocês quiserem depois, mas só quando eu voltar pra casa. Preciso ir
na garagem tirar o carro e sair de uma vez, a essa hora o trânsito
já não ajuda muito...
Riva e Marion se olham
enquanto Rafael vai embora.
-E aí, Marion... o que cê
acha disso?
-Eles estão envolvidos... só
falta saber o quanto... CORTA A CENA.
CENA 6: Poucas horas mais
tarde, Riva resolve despertar o filho lhe servindo o café na cama.
Marcelo acorda-se com uma expressão feliz.
-Bom dia, mãe! Que horas são?
Marcelo olha para o relógio.
-Putz! Perdi a hora de ir pra
aula!
-Filho, você nunca faltou
nenhuma aula! Pode se dar a esse luxo pelo menos uma vez na vida, né?
-Ah, mãe. Não é porque a
ficamos ricos que vamos mudar quem somos...
-Eu sei, filho. Mas perder a
hora às vezes é normal...
-É, mas nunca aconteceu
comigo antes.
-Ah, Marcelo... você teve
seus motivos, afinal de contas a noite foi boa ontem, não foi?
Marcelo fica constrangido
diante da mãe.
-Do que cê tá falando, mãe?
-Ora, filho! Eu e a sua tia
vimos vocês dois dormindo abraçadinhos ontem. Não conseguiram nem
ver o filme.
-Mas mãe, não é o que a
senhora está pensando...
-Querendo enganar a mim,
Marcelo? Não tou aqui pra te apontar o dedo não, seu bobo... achei
bem bonito vocês dois juntos e confesso que gostei da ideia.
-Mas nós somos primos...
-E o que é que tem demais
nisso? No meu tempo que nem é tão distante assim, incesto é só
entre irmãos...
-Mas mãe... ele tem a
carreira dele, as fãs dele... a mídia inteira pensa que o galã da
novela gosta de mulher, entende?
-Ah, meu filho... nem tudo é
perfeito. Você não vai negar um amor por causa de um detalhe
desses, vai?
-Detalhe? Mãe, viver
escondido a essa altura da minha vida, depois de ter me assumido há
três anos? Não tem a mínima chance... e depois, quem tá falando
em amor aqui? Você não tá empolgada demais e tentando prever o
futuro? Não tem nem quarenta e oito horas que a gente veio morar
aqui...
-Você e a mania de colocar a
razão na frente de tudo sempre. Só cuida pra não jogar as
oportunidades no lixo, ok?
-Tá bom, mãe. Vou pensar com
carinho em tudo o que a senhora disse...
Riva afaga os cabelos de
Marcelo. CORTA A CENA.
CENA 7: Renata está se
arrumando para mais um dia de ensaio na companhia de teatro quando o
telefone de sua casa toca.
-Alô? Oi, pai...
É Cleiton, pai adotivo de
Renata, do outro lado da linha.
-Tudo bem com você, minha
filha? Liguei pra saber como você está.
-Tou bem. Cê tá precisando
de algum dinheiro pra me ligar agora?
-Na verdade tou sim, filha.
Detesto ter de te ligar só pra pedir dinheiro, mas você sabe bem
como sua mãe é... ela me mata se souber que ainda falo contigo e
principalmente pra pedir uma ajuda financeira.
-Convenhamos que ela tem um
padrão de vida muito alto pra quem não trabalha e joga toda a
responsabilidade sobre você. Quanto te falta pras despesas do mês,
pai?
-Seiscentos reais.
-Poxa, tudo isso? Olha só
pai, vou dar um jeito de conseguir essa grana, mas preciso sair agora
pro ensaio, senão acabo me atrasando. Podemos conversar melhor
amanhã?
-Claro, Renata... Mas me diz
uma coisa: você vai ter como me ajudar?
-Nem precisava me perguntar
isso, pai. Em você eu sei que posso confiar. Só lamento que a gente
tenha se afastado por causa da minha mãe...
-Eu tento convencer ela de que
ela não tinha que te virar as costas porque você gosta de mulher,
mas ela nunca deixa eu tocar nesse assunto direito.
-Pai, nem perde seu tempo
dando murro em ponta de faca. Dona Adelaide se sente dona do universo
e de todas as verdades. Agora eu preciso ir mesmo, pai... tudo bem?
-Não, filha... vai pro seu
ensaio tranquila.
-Obrigada. Mais tarde eu te
ligo, beleza?
-Beijo, Renata.
-Beijo, seu Cleiton!
Renata desliga o telefone,
fica pensativa por uns instantes e sai de casa. CORTA A CENA.
CENA 8: Cláudio está saindo
da faculdade e resolve ligar para Marcelo.
-Alô? Cara... aconteceu
alguma coisa? Cê nunca faltou a aula.
-Nada demais. Quer dizer, eu
acho...
-Tem como a gente se encontrar
no barzinho de sempre? Daí você me conta porque não foi à aula e
eu já aproveito pra encontrar o Diogo, fiquei de chamar ele pra uma
cerveja.
-Vocês dois... sei não, viu?
-Não viaja, Marcelo. Você
melhor que ninguém sabe que nunca volto atrás quando tomo uma
decisão.
-E eu não sei? Você consegue
ser mais taurino que minha mãe.
-Tá me chamando de teimoso?
Os dois riem.
-Nos encontramos às 8?
-Perfeito! CORTA A CENA.
CENA 9: Horas depois, Cláudio
e Marcelo estão conversando animadamente no bar.
-Menino! Isso que cê tá me
contando é ótimo! Pelo visto você e seu primo vão ficar juntos,
hein?
-Ah, não começa, Claudinho!
Mal conheci o cara...
-Mas ficou bem impressionado
de vocês terem nascido no mesmo dia e na mesma hora, não foi? Olha
que coisa louca... é como se vocês fossem irmãos gêmeos, só que
sem serem irmãos! Parece aquelas coisas de alma gêmea!
-Claudinho... me faz um favor:
cala a boca e bebe essa cerveja!
Cláudio está tomando um gole
da cerveja quando vê Diogo entrar no bar. Diogo, ao ver Marcelo ao
lado de Cláudio, entende que Cláudio impõe uma barreira entre
eles.
-Oi Cláudio, oi Marcelo...
tudo bem com vocês?
-Tudo bem – respondem os
dois a Diogo.
-Marcelo, você se incomoda de
eu “roubar” o Cláudio rapidinho?
-Que isso... vai lá.
Diogo e Cláudio vão à
frente do bar.
-Você não me disse que
Marcelo vinha junto.
-Por que? Problema?
-Nenhum... é que eu pensei...
-Pensou errado. Você parece
não levar a sério quando digo que nunca volto atrás. Vamos voltar
pra mesa?
Os dois voltam e conversam
sobre diversos assuntos. Marcelo lembra de fazer uma pergunta.
-E o Rodrigo? Pensei que ele
vinha hoje e eu conheceria ele finalmente. Por que ele não veio?
-Porque ele não é minha
sombra. - responde Cláudio, secamente.
-Eita! Não precisava ser
grosso! Ele é seu namorado, poxa! - fala Marcelo, ofendido. Diogo
resolve intervir na situação.
-É que eles tão dando um
tempo. Só que até agora Cláudio não explicou o motivo.
Cláudio respira fundo.
-Sinto que ele está me
traindo. Só não pude pegar ele no pulo, ainda.
–Como
assim? Você viu alguma coisa? – pergunta Marcelo.
–Vi.
Troca de olhares, mensagens, caras suspeitas. Tou vendo tudo isso.
–Você
sabe que não se pode julgar precipitadamente. Talvez você esteja
enganado sobre isso. Talvez seja coisa da sua cabeça, afinal, você
é bastante inseguro. - pondera Diogo
–Ninguém
precisa acreditar nisso. Eu vejo e eu sei o que acontece. Não sou
bobo. – fala Cláudio.
–O
Claudinho tem razão. Ele tem experiência o suficiente nessa área
pra saber quando está ou não sendo traído. – complementa.
–Isso
não quer dizer nada! Eu tenho trinta e quatro anos de vida e sei
que, quando o assunto é relacionamento, a gente sempre percebe que
não sabe de nada. Temos que aprender a amar constantemente.
“Relacionar-se” significa refazer laços, diariamente. -argumenta
Diogo.
Os
três ficaram calados por algum tempo.
–Claudinho,
você vai ter dias livres semana que vem? – pergunta Diogo.
–Sim.
Por quê?
–Eu te ligo outro dia pra
conversarmos. Tenho que ir agora. Já me estendi demais por hoje.
Cláudio
sorri. Diogo despede-se deles e se vai embora.
–Você é especial, Cláudio.
Independente do que esteja acontecendo, torço pra te ver feliz.
Mesmo que pra isso você tenha que ficar sozinho. Agora, vamos pagar
a conta e ir embora, né? - fala Marcelo.
Os dois pagam a conta e deixam
o bar. CORTA A CENA.
CENA 10: Cláudio chega em
casa e é surpreendido por Rodrigo sentado no sofà, à sua espera.
-Eu devia ter pedido pra você
devolver a cópia das chaves...
-Por favor... vamos conversar!
Deixa eu ficar aqui essa noite!
-Não tenho saída, né? Cê
não vai dar descanso enquanto não conseguir o que quer. Tá certo,
você fica. Mas você vai dormir no quarto de hóspedes, já vou te
avisando.
-Beleza. Comprei umas cervejas,
se você quiser.
-Vou querer sim.
Os dois se encaram sem jeito.
CORTA A CENA.
CENA 11: Marcelo está
distraído em seu quarto quando é surpreendido por Rafael, que lhe
beija o pescoço.
-Assim você me deixa sem
defesas, cara! Não vi você chegar...
-Não quis fazer barulho. Sei
que minha mãe quer conversar comigo e quero deixar isso pra depois.
Passei o dia pensando em tudo e cheguei à conclusão de que tem uma
única coisa que não posso deixar pra depois. Preciso te dizer...
pode parecer louco, precipitado, inconsequente, mas eu sei que eu te
amo.
Marcelo ruboriza e fica sem
palavras.
-Namora comigo, Marcelo? -
pergunta Rafael.
Marcelo se emociona. FIM DO
CAPÍTULO 8.
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