disqus

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CAPÍTULO 7

CENA 1: Riva fica completamente surpresa com o forte tapa que Marion lhe deu.
-O que foi isso, Marion? Dá pra explicar esse tapa?
-Depois eu explico, desgraçada!
Marion parte para cima de Riva e rasga sua roupa. Riva consegue tirar Marion de cima dela.
-Olha aqui, mulher, eu também sei me defender!
Riva revida com tapas e parte para cima de Marion. As duas se estapeiam e rolam pelo chão do quarto de Marion. Marion, mesmo apanhando e batendo, tem tempo de falar.
-Eu tava guardando essa surra há vinte anos. Vinte anos! Durante todo esse tempo eu engoli a seco os seus insultos! Cê acha que eu esqueci que você me chamou de puta? Pois olha o que a puta pode fazer com você!
Riva fica indignada enquanto continua a revidar os tapas de Marion.
-Você me abandonou! Eu tinha só catorze anos! Você me deixou sozinha!
-Sozinha você não ficou! Você tinha o Márcio!
-Aquele cafajeste me roubou e foi embora quando soube que eu tava esperando o Marcelo!
Marion recua e para de bater em Riva, já exausta e surpresa por ouvir o que Riva diz.
-O que você tá dizendo? Quando eu mandei minha assessoria de imprensa te entregar um dinheiro você mandou dizer que estava muito bem, obrigada e que não precisava de nada, pois tinha um marido e um filho fantásticos...
Riva, chorando, olha para Marion.
-Será que você não vê que eu só tinha 15 anos? Eu queria provar que podia me virar sozinha. Tava muito magoada... ah, quer saber? Eu tive inveja de você sim! Cê mal chegou no Rio e realizou seus sonhos! Isso me ofendeu sim! Fui orgulhosa sim, não queria dar o… como é que chama, mesmo?
Marion, claramente sensibilizada, complementa a fala de Riva.
-Não queria dar o braço a torcer, né?
-Isso! Passei muito perrengue nessa vida. Márcio roubou a herança da minha mãe e me deiou sozinha e grávida. Trabalhei na venda do seu Anacleto até o Marcelo ir pra escola. Depois comecei a fazer quentinha pra fora. Precisava dar sustento pro meu filho se tornar um homem importante. Sabia que ele vai ser psicólogo?
As duas estão emocionadas. Marion percebe o quanto Riva sofreu nos últimos anos.
-Me perdoa, Riva? Eu tive essa raiva porque senti sua falta e você me deixou. Você sempre foi a irmã caçula que não tive...
Riva está muito emocionada.
-E você me perdoa por ter sido uma idiota contigo? A gente não pode voltar no tempo, mas eu senti tanto a sua falta...
-A gente pode tentar recuperar o tempo que a gente perdeu... - fala Marion, completamente desarmada.
As duas se abraçam, fortemente emocionadas e descem as escadas. Marcelo fica perplexo ao ver que sua mãe está com a blusa rasgada e completamente descabelada.
-Gente, o que é isso? - pergunta, atordoado. CORTA A CENA.

CENA 2: Cláudio está andando com Diogo pela rua, ambos cambaleantes por estarem embriagados. Cláudio percebe que está quase chegando em casa e Diogo está com ele e o questiona.
-Cara... cê não tem que voltar pra sua casa, não? Se você achar que vai dormir no ônibus, avisa pra te acordarem perto do seu ponto...
Diogo olha para o relógio e depois de algum esforço consegue ver as horas.
-Porra, já passa das onze! Essa hora não tem mais meu ônibus não, Cláudio...
Cláudio pensa por alguns instantes.
-Beleza. Essa noite cê pode passar na minha casa. Deixei umas cervejas na geladeira se você quiser.
Os dois chegam à casa de Cláudio, que respira aliviado por não encontrar Rodrigo ali.
-Cê quer as cervejas agora?
-Quero sim, cara. Deixa que eu vou com você e a gente já pega as cervejas.
Ao chegarem à cozinha, Diogo tenta beijar Cláudio, que recua.
-Não, Diogo. Você sabe que isso não tem chance de acontecer. Não força a barra.
-Pensei que seu convite fosse...
Cláudio nem deixa Diogo terminar de falar.
-Pois pensou errado. Quando eu tomo uma decisão eu nunca volto atrás. Decidi terminar com você quando descobri que você transava com outro, não tem chance de eu mudar de ideia. Nunca mudo de ideia.
-Mas somos amigos, certo?
-Claro que somos, Diogo! E é exatamente por isso: não vamos colocar nossa amizade em risco. - sentencia Cláudio.
Os dois bebem e falam sobre assuntos diversos. CORTA A CENA.

CENA 3: Todos olham espantados para Marion e Riva descabeladas e de roupas rasgadas. Marion se antecipa.
-Calmem, queridos. A gente tem muito o que contar pra vocês...
Ivan se preocupa com a esposa.
-Vocês brigaram? - pergunta ele.
-Sim. - fala Riva, prosseguindo: -A gente acertou nossas conta. A gente passou muito tempo sem se ver e sem se falar...
Marion prossegue.
-Riva me ofendeu muito há 20 anos quando me chamou de vendida e puta. Depois disso sumiu da minha vida e eu nunca tive a oportunidade sequer de responder esses insultos de uma maneira apropriada. Depois, quando o Marcelo ainda era recém-nascido ela mentiu pros meus assessores que foram levar um dinheiro pra ela. Disse que estava ótima, com um marido e um filho maravilhosos e bem de vida. Acreditei. Só soube hoje de todas as difuculdades que vocês passaram, Marcelo...
Marion abraça o sobrinho-neto.
-A gente colocou os pingos nos is. - continua Riva.
-Nos perdoamos por tudo o que deixamos de viver juntas nesses últimos anos... Estamos dispostas a recuperar o tempo perdido. - fala Marion, emocionada.
Rafael olha para Marcelo, encantado. Marcelo retribui o olhar com o mesmo encantamento.
-Nossa, Rafael. Você é diferente do que aparece na TV. Te imaginava um pouco mais alto...
-A TV engana muito... desculpa, qual seu nome mesmo? Que vergonha, o próprio primo não lembrar do nome do outro primo...
-É Marcelo.
-Então... como eu ia dizendo...
Rafael é interrompido por Riva.
-Vocês podem continuar esse papo depois? Tenho muito pra falar ainda...
Todos seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 4: Mateus está se arrumando para dormir e novamente se acomoda no sofá. Laura vai até ele.
-Ai, eu não acredito que você vai dormir mais uma noite nesse sofá! Vem pra cama comigo, amor!
-Ué, resolveu voltar a falar comigo e ainda tá me chamando de amor? Que bicho te mordeu?
-Bicho nenhum, seu bobo. Só não gosto de ficar brigada contigo por muito tempo...
-Nem eu, Laura. Amo você.
Os dois se beijam.
-Vem comigo pra cama, Mateus...
-Eu vou sim. Mas antes me diz uma coisa: o Cláudio voltou a ligar?
-Não por enquanto. Mas se ele voltar a ligar e pedir um lugar pra ficar, você já sabe minha resposta e não tem discussão.
-Beleza. Não quero discutir com você mais por causa disso. Andei desabafando com o Rafa sobre isso...
-E o que ele disse?
-Basicamente que eu tinha que largar essa mania de implicar com o Cláudio, que ele é gente boa, que eu tenho de ser tão resistente prum cara que nunca me fez nada...
-Pois ele disse exatamente o que eu imaginei. E sabe de uma coisa? Ele tá coberto de razão...
-É. Ele tem razão, de novo. Ele também vive dando razão pra você. Se vocês fossem irmãos, talvez não se parecessem tanto.
-Eu espero que esse seu comentário não tenha sido irônico, Mateus...
-Não, amor... falei de verdade.
-Sei. Mas senti uma pontinha de ironia no seu tom.
-Não, Lau. Dessa vez tou sendo sincero.
-Dessa vez? Hmm... interessante, isso. Acho que você tá precisando de uma lição.
Laura olha brincalhona para Mateus e começa a lhe fazer cócegas.
-Ai não! Para! Eu não consigo parar de rir!
Os dois se divertem. CORTA A CENA.

CENA 5: Depois de uma longa conversa, Marion resolve fazer um convite à Riva e Marcelo.
-Queridos... eu sei que tudo parece muito louco de dizer, mas quero fazer um convite a vocês: vocês querem morar aqui nessa casa conosco?
Riva fica espantada e Marcelo surpreso.
-Marion, eu entendo que a gente precisa refazer muita coisa, mas morar aqui... será? - fala Riva, confusa.
-Riva, não é por causa do seu dinheiro.
-Até porque eu mesma disse que vou ajudar vocês.
-Então... eu quero recuperar nossa amizade de verdade. Além disso, te ensinar a se portar de agora em diante. Afinal de contas, sendo milionária e chamando a atenção da mídia, você vai precisar de umas noções de etiqueta. Sem falar na comodidade de não ter que comprar uma casa imediatamente, economizar o seu dinheiro...
Riva abraça Marion.
-É claro que eu aceito. Pelos anos que a gente foi longe, a gente se deve isso...
-Ninguém perguntou minha opinião... - fala Marcelo.
-Alguma coisa contra, filho? - pergunta Riva, apreensiva.
-Nada, brincadeirinha! Claro que aceito! Vai ser ótimo poder conhecer minha família e mais que isso: ter uma família pra chamar de minha.
Riva se finge de ofendida.
-O que? Cê tá querendo dizer que eu ter feito meu melhor não foi suficiente? Tou vendo que te faltou uma boa surra, moleque malcriado!
Todos riem. Marion interrompe.
-Quero que vocês já fiquem por aqui essa noite. Não precisam mais ir embora.
-Mas Marion, minha roupa tá rasgada, não trouxe malas, nada!
-Para com isso, Riva! A gente veste quase o mesmo número! Eu te empresto alguma roupa minha. Depois, eu tava pensando em ir com você amanhã fazer umas compras no shopping, te orientar sobre que roupas e sapatos escolher.
-Sendo assim... menina, eu não sei nada de moda! Vou te dar um trabalhão!
-Deixa comigo que eu adoro dar dicas de etiqueta. Você tem que ver como tem uns detalhes simples que a gente ignora e...
As duas seguem conversando alegremente e Marcelo vai para o pátio da mansão. Rafael instintivamente o segue.
-E aí, primo? Muita emoção pra um dia só, né?
-Poxa, nem me fala! Não tou acreditando ainda. Vocês todos, essa casa... tudo!
-Cê não quer subir um pouco?
-Vou querer mesmo. Sempre tive curiosidade de quantas páginas de texto os atores precisam decorar...
Os dois sobem discretamente. CORTA A CENA.

CENA 6: Já no quarto de Rafael, Marcelo folheia abismado a quantidade de páginas que Rafael precisa decorar por semana.
-Tudo isso, cara? Como é que você consegue memorizar tudo isso?
-E quem disse que eu memorizo? Nós recebemos orientações da direção de como conduzir as falas, mas claro que a gente tem liberdade de criar cacos. Quer dizer, quase sempre, tem alguns autores que não admitem que os diretores permitam mudanças no texto e pressionam nesse sentido.
-Não é o caso da novela que você faz, né?
-Claro que não! A autora é uma flor de pessoa, gente muito boa!
Marcelo percebe que Rafael o olha com fascínio e não percebe que olha para Rafael da mesma maneira. Para quebrar o gelo, resolve falar.
-Cê tá bem?
-Tou sim, Marcelo... nunca estive tão bem. Você acharia muito estranho se eu dissesse que te achei lindo?
Marcelo fica chocado.
-Peraí... cê tá querendo dizer que você é gay?
-Sim. Algum problema com isso?
-Não... pelo contrário. Estamos nos conhecendo hoje, mas tenho a impressão que sempre te conheci.
-Não é por causa do meu papel na novela, não?
-Não, Rafael. É uma sensação diferente. Uma coisa que aquece o peito. Acho que você já entendeu que sou gay também, né?
-Acabei de tirar minha última dúvida. Mas você não acha tudo isso doido? A gente ser da mesma família e nunca ter se conhecido...
Marcelo fica nervoso e começa a falar sem parar.
-Nossa, é muita coisa ao mesmo tempo. Semana passada eu flagrei meu ex me traindo pra praia inteira ver, minha mãe deu uma surra nele e fez um escândalo, depois ela joga na loteria, a gente fica rico, eu tou aqui, aparentemente já morador dessa casa e...
-Cala a boca, Marcelo...
Rafael surpreende Marcelo com um beijo. CORTA A CENA.

CENA 7: O dia amanhece. Cláudio acorda Diogo no sofá de sua casa.
-Acorda, cara! Dá um jeito de se apressar que daqui a pouco eu me atraso pra aula.
Diogo se levanta rapidamente. Pensativo, resolve questionar Cláudio.
-Você lembra das coisas que a gente conversou ontem, certo?
-Sim, Diogo. Cê tá careca de saber que nunca tive amnésia alcoólica na vida.
-Muito menos eu...
-Tá, mas por que você quer saber se eu lembro do que a gente conversou ontem? A gente conversou sobre tanta coisa...
-Porque teve uma coisa que ficou martelando na minha cabeça...
-Me conta uma novidade sobre você. Você é o típico libriano que sempre fica com uma dúvida, uma pulga atrás da orelha...
-Engraçadinho... eu tou falando sério.
-Realmente, eu não tou vendo o nariz de palhaço! - brinca Cláudio.
Os dois riem. Diogo prossegue.
-Falando sério agora... eu queria saber se você ainda me ama.
Cláudio baqueia diante de Diogo.
-Cara... essa é a única pergunta que eu não esperava mais ouvir de você. Sério mesmo... não devia ter feito essa pergunta e... sem querer ser chato, mas daqui a pouco vou acabar me atrasando pra aula. É sério... a gente conversa outra hora, se vê no barzinho, sei lá.
Cláudio está claramente desconcertado. Diogo insiste.
-Tá... eu tenho que voltar pra casa, mesmo. Mas antes peço que responda o que perguntei.
-Sem chance, Diogo. Eu não vou te responder isso agora. Talvez não te responda nem depois.
-Por que você faz isso?
-Isso o que? Cara, eu te pedi ainda ontem pra não forçar a barra. Você sabe que eu só tenho uma palavra e um decisão pras coisas. Nunca volto atrás. Eu disse nunca.
-Tá certo. Vou embora. Mas eu ainda vou te perguntar isso de novo.
-Cê tá a fim de me irritar, né? Não insiste, vai ser pior. CORTA A CENA.

CENA 8: Horas depois, Riva se acorda na mansão dos Bittencourt. Olha à sua volta, ainda sem acreditar no que está vivendo. Se espreguiça e sorri, falando consigo mesma.
-Fazia tanto tempo que eu não sabia o que era uma boa noite de sono!
Riva desce e encontra a mesa posta com várias frutas e iguarias para o café da manhã.
-Jesus... quem foi que preparou tudo isso? - espanta-se Riva.
-Fui eu.
Riva olha para trás e se depara com Marion.
-Marion... não precisava disso! Por que você não pediu pra empregada?
-Acaso você viu alguma empregada nessa casa?
-Não...
-Pois então. A cada dois dias uma diarista vem aqui fazer o serviço grosso. Mas a comida é por minha conta há bastante tempo. Eu tava te devendo isso, esse carinho...
As duas se abraçam.
-E o Ivan? A Mariana?
-Ivan foi dar uma caminhada na praia. Mariana está na escola. Tudo isso aqui é só pra nós!
As duas se fartam no café da manhã. Marion lembra dos planos pro dia.
-Pronta pro banho de loja, Riva?
-Nem sei o que esperar. Mas vamo ver, né? Antes eu posso dar uma olhada no meu perfil da rede social? Se você quiser me emprestar um computador, né...
-Claro, querida! Sério que você tem um perfil? Nunca encontrei... nem o seu, nem o de Marcelo.
-É que coloquei um apelido que inventei pra chamar atenção pras quentinha que eu fazia...
Marion faz uma expressão de estranhamento.
-Como assim, Riva?
-Coloquei “Quentinhas da Riva”, Marion.
Marion leva a mão ao rosto, sentindo que Riva não tem muitas noções do que fazer na internet.
-Riva, você se incomoda de eu te acompanhar e te dar umas dicas de como melhorar seu perfil na rede social? Sinto que nosso trabalho começa por aí.
As duas vão ao computador e Riva acessa seu perfil. Marion observa e começa a criticar.
-Riva... vá me desculpar pelo que vou dizer, mas tá tudo errado no seu perfil. Olha isso! Pra começo de história, se a sua ideia era chamar atenção pro produto que você oferecia, que eram seus salgados, deveria no mínimo colocar sua foto ou uma foto das suas especialidades. Nunca, jamais, em hipótese alguma colocar foto de flores, quanto mais de girassóis, que são um tanto... ahm, você deve imaginar... bregas.
Riva se envergonha.
-Nossa... eu achei que podia. Pode continuar falando, quero ser mulher fina!
-Outra coisa que eu tou vendo aqui é que você posta notícias falsas, sensacionalistas, carentes de fontes. Pior ainda, Riva: você curte o que você mesma compartilha, curte seus próprios status. Sem mencionar... bem, deixa pra lá, disso você não tem culpa.
Marion coça a cabeça e percebe que vai ter um trabalho imenso para “reformar” Riva.
-Fala, Marion... eu juro que não vou me ofender.
-Mas não é culpa sua, Riva.
-Fala mesmo assim!
-Muitos erros gramaticais. Acho interessante você ter umas aulas de português, quem sabe inglês e outros idiomas também. Mas isso a gente deixa pra depois, porque a uma hora dessas o shopping já está aberto esperando por nós! Vamos?
-Vamos! - anima-se Riva. CORTA A CENA.

CENA 9: Horas depois, já pela noite, Marcelo chega na sua nova casa com suas malas e pertences. Deixa tudo em seu novo quarto e, admirado com a casa e tentando se adaptar a ela, liga a TV. Enquanto está distraído e admirado com o ambiente, não percebe a chegada de Rafael, que lhe assopra o pescoço.
-Que susto, Rafael! Não vi você chegar!
-Também... do jeito que você tava em transe...
-É que... é que... eu tou admirado com tudo isso aqui. Não entendo tudo isso aqui como minha casa ainda.
-Mas é bom que se acostume, porque daqui você não sai tão cedo. - anima-se Rafael.
Marcelo fica vermelho.
-Disse algo que não devia? - preocupa-se Rafael.
-Rafa... a gente precisa conversar... sobre o que aconteceu ontem.
-Pra mim a resposta é muito simples, Marcelo. Eu sei que é meio louco te dizer isso assim tão rápido, mas tou gostando de você.
Marcelo fica completamente surpreso. FIM DO CAPÍTULO 7.

Nenhum comentário:

Postar um comentário