CENA 1: Riva fica completamente
surpresa com o forte tapa que Marion lhe deu.
-O que foi isso, Marion? Dá
pra explicar esse tapa?
-Depois eu explico,
desgraçada!
Marion parte para cima de Riva
e rasga sua roupa. Riva consegue tirar Marion de cima dela.
-Olha aqui, mulher, eu também
sei me defender!
Riva revida com tapas e parte
para cima de Marion. As duas se estapeiam e rolam pelo chão do
quarto de Marion. Marion, mesmo apanhando e batendo, tem tempo de
falar.
-Eu tava guardando essa surra
há vinte anos. Vinte anos! Durante todo esse tempo eu engoli a seco
os seus insultos! Cê acha que eu esqueci que você me chamou de
puta? Pois olha o que a puta pode fazer com você!
Riva fica indignada enquanto
continua a revidar os tapas de Marion.
-Você me abandonou! Eu tinha
só catorze anos! Você me deixou sozinha!
-Sozinha você não ficou!
Você tinha o Márcio!
-Aquele cafajeste me roubou e
foi embora quando soube que eu tava esperando o Marcelo!
Marion recua e para de bater
em Riva, já exausta e surpresa por ouvir o que Riva diz.
-O que você tá dizendo?
Quando eu mandei minha assessoria de imprensa te entregar um dinheiro
você mandou dizer que estava muito bem, obrigada e que não
precisava de nada, pois tinha um marido e um filho fantásticos...
Riva, chorando, olha para
Marion.
-Será que você não vê que
eu só tinha 15 anos? Eu queria provar que podia me virar sozinha.
Tava muito magoada... ah, quer saber? Eu tive inveja de você sim! Cê
mal chegou no Rio e realizou seus sonhos! Isso me ofendeu sim! Fui
orgulhosa sim, não queria dar o… como é que chama, mesmo?
Marion, claramente
sensibilizada, complementa a fala de Riva.
-Não queria dar o braço a
torcer, né?
-Isso! Passei muito perrengue
nessa vida. Márcio roubou a herança da minha mãe e me deiou
sozinha e grávida. Trabalhei na venda do seu Anacleto até o Marcelo
ir pra escola. Depois comecei a fazer quentinha pra fora. Precisava
dar sustento pro meu filho se tornar um homem importante. Sabia que
ele vai ser psicólogo?
As duas estão emocionadas.
Marion percebe o quanto Riva sofreu nos últimos anos.
-Me perdoa, Riva? Eu tive essa
raiva porque senti sua falta e você me deixou. Você sempre foi a
irmã caçula que não tive...
Riva está muito emocionada.
-E você me perdoa por ter
sido uma idiota contigo? A gente não pode voltar no tempo, mas eu
senti tanto a sua falta...
-A gente pode tentar recuperar
o tempo que a gente perdeu... - fala Marion, completamente
desarmada.
As duas se abraçam,
fortemente emocionadas e descem as escadas. Marcelo fica perplexo ao
ver que sua mãe está com a blusa rasgada e completamente
descabelada.
-Gente, o que é isso? -
pergunta, atordoado. CORTA A CENA.
CENA 2: Cláudio está andando
com Diogo pela rua, ambos cambaleantes por estarem embriagados.
Cláudio percebe que está quase chegando em casa e Diogo está com
ele e o questiona.
-Cara... cê não tem que
voltar pra sua casa, não? Se você achar que vai dormir no ônibus,
avisa pra te acordarem perto do seu ponto...
Diogo olha para o relógio e
depois de algum esforço consegue ver as horas.
-Porra, já passa das onze!
Essa hora não tem mais meu ônibus não, Cláudio...
Cláudio pensa por alguns
instantes.
-Beleza. Essa noite cê pode
passar na minha casa. Deixei umas cervejas na geladeira se você
quiser.
Os dois chegam à casa de
Cláudio, que respira aliviado por não encontrar Rodrigo ali.
-Cê quer as cervejas agora?
-Quero sim, cara. Deixa que eu
vou com você e a gente já pega as cervejas.
Ao chegarem à cozinha, Diogo
tenta beijar Cláudio, que recua.
-Não, Diogo. Você sabe que
isso não tem chance de acontecer. Não força a barra.
-Pensei que seu convite
fosse...
Cláudio nem deixa Diogo
terminar de falar.
-Pois pensou errado. Quando eu
tomo uma decisão eu nunca volto atrás. Decidi terminar com você
quando descobri que você transava com outro, não tem chance de eu
mudar de ideia. Nunca mudo de ideia.
-Mas somos amigos, certo?
-Claro que somos, Diogo! E é
exatamente por isso: não vamos colocar nossa amizade em risco. -
sentencia Cláudio.
Os dois bebem e falam sobre
assuntos diversos. CORTA A CENA.
CENA 3: Todos olham espantados
para Marion e Riva descabeladas e de roupas rasgadas. Marion se
antecipa.
-Calmem, queridos. A gente tem
muito o que contar pra vocês...
Ivan se preocupa com a esposa.
-Vocês brigaram? - pergunta
ele.
-Sim. - fala Riva,
prosseguindo: -A gente acertou nossas conta. A gente passou muito
tempo sem se ver e sem se falar...
Marion prossegue.
-Riva me ofendeu muito há 20
anos quando me chamou de vendida e puta. Depois disso sumiu da minha
vida e eu nunca tive a oportunidade sequer de responder esses
insultos de uma maneira apropriada. Depois, quando o Marcelo ainda
era recém-nascido ela mentiu pros meus assessores que foram levar um
dinheiro pra ela. Disse que estava ótima, com um marido e um filho
maravilhosos e bem de vida. Acreditei. Só soube hoje de todas as
difuculdades que vocês passaram, Marcelo...
Marion abraça o
sobrinho-neto.
-A gente colocou os pingos nos
is. - continua Riva.
-Nos perdoamos por tudo o que
deixamos de viver juntas nesses últimos anos... Estamos dispostas a
recuperar o tempo perdido. - fala Marion, emocionada.
Rafael olha para Marcelo,
encantado. Marcelo retribui o olhar com o mesmo encantamento.
-Nossa, Rafael. Você é
diferente do que aparece na TV. Te imaginava um pouco mais alto...
-A TV engana muito...
desculpa, qual seu nome mesmo? Que vergonha, o próprio primo não
lembrar do nome do outro primo...
-É Marcelo.
-Então... como eu ia
dizendo...
Rafael é interrompido por
Riva.
-Vocês podem continuar esse
papo depois? Tenho muito pra falar ainda...
Todos seguem conversando.
CORTA A CENA.
CENA 4: Mateus está se
arrumando para dormir e novamente se acomoda no sofá. Laura vai até
ele.
-Ai, eu não acredito que você
vai dormir mais uma noite nesse sofá! Vem pra cama comigo, amor!
-Ué, resolveu voltar a falar
comigo e ainda tá me chamando de amor? Que bicho te mordeu?
-Bicho nenhum, seu bobo. Só
não gosto de ficar brigada contigo por muito tempo...
-Nem eu, Laura. Amo você.
Os dois se beijam.
-Vem comigo pra cama,
Mateus...
-Eu vou sim. Mas antes me diz
uma coisa: o Cláudio voltou a ligar?
-Não por enquanto. Mas se ele
voltar a ligar e pedir um lugar pra ficar, você já sabe minha
resposta e não tem discussão.
-Beleza. Não quero discutir
com você mais por causa disso. Andei desabafando com o Rafa sobre
isso...
-E o que ele disse?
-Basicamente que eu tinha que
largar essa mania de implicar com o Cláudio, que ele é gente boa,
que eu tenho de ser tão resistente prum cara que nunca me fez
nada...
-Pois ele disse exatamente o
que eu imaginei. E sabe de uma coisa? Ele tá coberto de razão...
-É. Ele tem razão, de novo.
Ele também vive dando razão pra você. Se vocês fossem irmãos,
talvez não se parecessem tanto.
-Eu espero que esse seu
comentário não tenha sido irônico, Mateus...
-Não, amor... falei de
verdade.
-Sei. Mas senti uma pontinha
de ironia no seu tom.
-Não, Lau. Dessa vez tou
sendo sincero.
-Dessa vez? Hmm...
interessante, isso. Acho que você tá precisando de uma lição.
Laura olha brincalhona para
Mateus e começa a lhe fazer cócegas.
-Ai não! Para! Eu não
consigo parar de rir!
Os dois se divertem. CORTA A
CENA.
CENA 5: Depois de uma longa
conversa, Marion resolve fazer um convite à Riva e Marcelo.
-Queridos... eu sei que tudo
parece muito louco de dizer, mas quero fazer um convite a vocês:
vocês querem morar aqui nessa casa conosco?
Riva fica espantada e Marcelo
surpreso.
-Marion, eu entendo que a
gente precisa refazer muita coisa, mas morar aqui... será? - fala
Riva, confusa.
-Riva, não é por causa do
seu dinheiro.
-Até porque eu mesma disse
que vou ajudar vocês.
-Então... eu quero recuperar
nossa amizade de verdade. Além disso, te ensinar a se portar de
agora em diante. Afinal de contas, sendo milionária e chamando a
atenção da mídia, você vai precisar de umas noções de etiqueta.
Sem falar na comodidade de não ter que comprar uma casa
imediatamente, economizar o seu dinheiro...
Riva abraça Marion.
-É claro que eu aceito. Pelos
anos que a gente foi longe, a gente se deve isso...
-Ninguém perguntou minha
opinião... - fala Marcelo.
-Alguma coisa contra, filho? -
pergunta Riva, apreensiva.
-Nada, brincadeirinha! Claro
que aceito! Vai ser ótimo poder conhecer minha família e mais que
isso: ter uma família pra chamar de minha.
Riva se finge de ofendida.
-O que? Cê tá querendo dizer
que eu ter feito meu melhor não foi suficiente? Tou vendo que te
faltou uma boa surra, moleque malcriado!
Todos riem. Marion interrompe.
-Quero que vocês já fiquem
por aqui essa noite. Não precisam mais ir embora.
-Mas Marion, minha roupa tá
rasgada, não trouxe malas, nada!
-Para com isso, Riva! A gente
veste quase o mesmo número! Eu te empresto alguma roupa minha.
Depois, eu tava pensando em ir com você amanhã fazer umas compras
no shopping, te orientar sobre que roupas e sapatos escolher.
-Sendo assim... menina, eu não
sei nada de moda! Vou te dar um trabalhão!
-Deixa comigo que eu adoro dar
dicas de etiqueta. Você tem que ver como tem uns detalhes simples
que a gente ignora e...
As duas seguem conversando
alegremente e Marcelo vai para o pátio da mansão. Rafael
instintivamente o segue.
-E aí, primo? Muita emoção
pra um dia só, né?
-Poxa, nem me fala! Não tou
acreditando ainda. Vocês todos, essa casa... tudo!
-Cê não quer subir um pouco?
-Vou querer mesmo. Sempre tive
curiosidade de quantas páginas de texto os atores precisam
decorar...
Os dois sobem discretamente.
CORTA A CENA.
CENA 6: Já no quarto de
Rafael, Marcelo folheia abismado a quantidade de páginas que Rafael
precisa decorar por semana.
-Tudo isso, cara? Como é que
você consegue memorizar tudo isso?
-E quem disse que eu memorizo?
Nós recebemos orientações da direção de como conduzir as falas,
mas claro que a gente tem liberdade de criar cacos. Quer dizer, quase
sempre, tem alguns autores que não admitem que os diretores permitam
mudanças no texto e pressionam nesse sentido.
-Não é o caso da novela que
você faz, né?
-Claro que não! A autora é
uma flor de pessoa, gente muito boa!
Marcelo percebe que Rafael o
olha com fascínio e não percebe que olha para Rafael da mesma
maneira. Para quebrar o gelo, resolve falar.
-Cê tá bem?
-Tou sim, Marcelo... nunca
estive tão bem. Você acharia muito estranho se eu dissesse que te
achei lindo?
Marcelo fica chocado.
-Peraí... cê tá querendo
dizer que você é gay?
-Sim. Algum problema com isso?
-Não... pelo contrário.
Estamos nos conhecendo hoje, mas tenho a impressão que sempre te
conheci.
-Não é por causa do meu
papel na novela, não?
-Não, Rafael. É uma sensação
diferente. Uma coisa que aquece o peito. Acho que você já entendeu
que sou gay também, né?
-Acabei de tirar minha última
dúvida. Mas você não acha tudo isso doido? A gente ser da mesma
família e nunca ter se conhecido...
Marcelo fica nervoso e começa
a falar sem parar.
-Nossa, é muita coisa ao
mesmo tempo. Semana passada eu flagrei meu ex me traindo pra praia
inteira ver, minha mãe deu uma surra nele e fez um escândalo,
depois ela joga na loteria, a gente fica rico, eu tou aqui,
aparentemente já morador dessa casa e...
-Cala a boca, Marcelo...
Rafael surpreende Marcelo com
um beijo. CORTA A CENA.
CENA 7: O dia amanhece.
Cláudio acorda Diogo no sofá de sua casa.
-Acorda, cara! Dá um jeito de
se apressar que daqui a pouco eu me atraso pra aula.
Diogo se levanta rapidamente.
Pensativo, resolve questionar Cláudio.
-Você lembra das coisas que a
gente conversou ontem, certo?
-Sim, Diogo. Cê tá careca de
saber que nunca tive amnésia alcoólica na vida.
-Muito menos eu...
-Tá, mas por que você quer
saber se eu lembro do que a gente conversou ontem? A gente conversou
sobre tanta coisa...
-Porque teve uma coisa que
ficou martelando na minha cabeça...
-Me conta uma novidade sobre
você. Você é o típico libriano que sempre fica com uma dúvida,
uma pulga atrás da orelha...
-Engraçadinho... eu tou
falando sério.
-Realmente, eu não tou vendo
o nariz de palhaço! - brinca Cláudio.
Os dois riem. Diogo prossegue.
-Falando sério agora... eu
queria saber se você ainda me ama.
Cláudio baqueia diante de
Diogo.
-Cara... essa é a única
pergunta que eu não esperava mais ouvir de você. Sério mesmo...
não devia ter feito essa pergunta e... sem querer ser chato, mas
daqui a pouco vou acabar me atrasando pra aula. É sério... a gente
conversa outra hora, se vê no barzinho, sei lá.
Cláudio está claramente
desconcertado. Diogo insiste.
-Tá... eu tenho que voltar
pra casa, mesmo. Mas antes peço que responda o que perguntei.
-Sem chance, Diogo. Eu não
vou te responder isso agora. Talvez não te responda nem depois.
-Por que você faz isso?
-Isso o que? Cara, eu te pedi
ainda ontem pra não forçar a barra. Você sabe que eu só tenho uma
palavra e um decisão pras coisas. Nunca volto atrás. Eu disse
nunca.
-Tá certo. Vou embora. Mas eu
ainda vou te perguntar isso de novo.
-Cê tá a fim de me irritar,
né? Não insiste, vai ser pior. CORTA A CENA.
CENA 8: Horas depois, Riva se
acorda na mansão dos Bittencourt. Olha à sua volta, ainda sem
acreditar no que está vivendo. Se espreguiça e sorri, falando
consigo mesma.
-Fazia tanto tempo que eu não
sabia o que era uma boa noite de sono!
Riva desce e encontra a mesa
posta com várias frutas e iguarias para o café da manhã.
-Jesus... quem foi que
preparou tudo isso? - espanta-se Riva.
-Fui eu.
Riva olha para trás e se
depara com Marion.
-Marion... não precisava
disso! Por que você não pediu pra empregada?
-Acaso você viu alguma
empregada nessa casa?
-Não...
-Pois então. A cada dois dias
uma diarista vem aqui fazer o serviço grosso. Mas a comida é por
minha conta há bastante tempo. Eu tava te devendo isso, esse
carinho...
As duas se abraçam.
-E o Ivan? A Mariana?
-Ivan foi dar uma caminhada na
praia. Mariana está na escola. Tudo isso aqui é só pra nós!
As duas se fartam no café da
manhã. Marion lembra dos planos pro dia.
-Pronta pro banho de loja,
Riva?
-Nem sei o que esperar. Mas
vamo ver, né? Antes eu posso dar uma olhada no meu perfil da rede
social? Se você quiser me emprestar um computador, né...
-Claro, querida! Sério que
você tem um perfil? Nunca encontrei... nem o seu, nem o de Marcelo.
-É que coloquei um apelido
que inventei pra chamar atenção pras quentinha que eu fazia...
Marion faz uma expressão de
estranhamento.
-Como assim, Riva?
-Coloquei “Quentinhas da
Riva”, Marion.
Marion leva a mão ao rosto,
sentindo que Riva não tem muitas noções do que fazer na internet.
-Riva, você se incomoda de eu
te acompanhar e te dar umas dicas de como melhorar seu perfil na rede
social? Sinto que nosso trabalho começa por aí.
As duas vão ao computador e
Riva acessa seu perfil. Marion observa e começa a criticar.
-Riva... vá me desculpar pelo
que vou dizer, mas tá tudo errado no seu perfil. Olha isso! Pra
começo de história, se a sua ideia era chamar atenção pro produto
que você oferecia, que eram seus salgados, deveria no mínimo
colocar sua foto ou uma foto das suas especialidades. Nunca, jamais,
em hipótese alguma colocar foto de flores, quanto mais de girassóis,
que são um tanto... ahm, você deve imaginar... bregas.
Riva se envergonha.
-Nossa... eu achei que podia.
Pode continuar falando, quero ser mulher fina!
-Outra coisa que eu tou vendo
aqui é que você posta notícias falsas, sensacionalistas, carentes
de fontes. Pior ainda, Riva: você curte o que você mesma
compartilha, curte seus próprios status. Sem mencionar... bem, deixa
pra lá, disso você não tem culpa.
Marion coça a cabeça e
percebe que vai ter um trabalho imenso para “reformar” Riva.
-Fala, Marion... eu juro que
não vou me ofender.
-Mas não é culpa sua, Riva.
-Fala mesmo assim!
-Muitos erros gramaticais.
Acho interessante você ter umas aulas de português, quem sabe
inglês e outros idiomas também. Mas isso a gente deixa pra depois,
porque a uma hora dessas o shopping já está aberto esperando por
nós! Vamos?
-Vamos! - anima-se Riva. CORTA
A CENA.
CENA 9: Horas depois, já pela
noite, Marcelo chega na sua nova casa com suas malas e pertences.
Deixa tudo em seu novo quarto e, admirado com a casa e tentando se
adaptar a ela, liga a TV. Enquanto está distraído e admirado com o
ambiente, não percebe a chegada de Rafael, que lhe assopra o
pescoço.
-Que susto, Rafael! Não vi
você chegar!
-Também... do jeito que você
tava em transe...
-É que... é que... eu tou
admirado com tudo isso aqui. Não entendo tudo isso aqui como minha
casa ainda.
-Mas é bom que se acostume,
porque daqui você não sai tão cedo. - anima-se Rafael.
Marcelo fica vermelho.
-Disse algo que não devia? -
preocupa-se Rafael.
-Rafa... a gente precisa
conversar... sobre o que aconteceu ontem.
-Pra mim a resposta é muito
simples, Marcelo. Eu sei que é meio louco te dizer isso assim tão
rápido, mas tou gostando de você.
Marcelo fica completamente
surpreso. FIM DO CAPÍTULO 7.
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