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sexta-feira, 20 de maio de 2016

CAPÍTULO 5

CENA 1: Riva desmaia e é acudida por uma das pessoas na fila. Outra pessoa na fila tenta pegar o bilhete sobre a mesa da atendente, porém a atendente detém o homem que tenta roubar o bilhete premiado.
-Tá pensando em fazer o que, meu senhor?
-Ah... nada não... tava indo proteger o bilhete premiado da moça, cê sabe como é esse povo, né?
-Sei... mas deixe comigo que esse é meu serviço, certo? - sentencia a atendente.
Riva acorda do desmaio e não entende o que acabara de acontecer.
-Gente... eu tou confusa. O que acabou de acontecer aqui?
A atendente entende a confusão de Riva.
-A senhora acabou de ganhar o prêmio máximo de 300 milhões de reais!
-Não pode ser... - fala Riva, levantando-se.
-Mas é verdade, senhora. Você é a única ganhadora do último sorteio da loteria.
-Tem certeza que não tá errado isso daí? Eu vi no letreiro que piscava “você foi premiada”, mas não falava nada de prêmio máximo não...
-Mas pode acreditar, dona...
-Riva, me chamo Riva.
-Isso. Dona Riva, a senhora está rica! Rica não... milionária!
-Ai meu Deus! É verdade! A dona velha tinha razão!
A atendente estranha o que Riva diz.
-Me desculpe... o que a senhora acabou de dizer?
-Deixa pra lá, moça... coisa minha. Muito obrigada por tudo, moça! De verdade!
-Agradeça a você mesma e à sorte. Quem jogou nos números sorteados foi a senhora!
-Como faço pra pegar a minha fortuna agora?
-A senhora vai precisar ir à sua agência bancária, apresentar os documentos que comprovam a sua premiação que vou lhe entregar agora e então esse dinheiro será depositado em sua conta corrente.
A atendente entrega os documentos à Riva, que sai esfuziante da lotérica.
-Muito obrigada, moça!
Riva sai pela rua quase pulando de tanta felicidade. Chorando de alegria, Riva grita a plenos pulmões.
-Eu tou rica! Rica! CORTA A CENA.

CENA 2: Cláudio anda pela orla de Copacabana, admirando o mar e caminhando lentamente. De repente, esbarra com Guilherme. A última pessoa que Cláudio esperava rever na vida era Guilherme.
-O que cê tá fazendo aqui, Guilherme?
-Eu que te pergunto: o que você tá fazendo aqui na praia?
-Quem sabe porque eu moro no Rio de Janeiro?
-É, mas é lá em Santa Tereza.
-E o que é que tem? Não posso pegar um ônibus depois da faculdade e dar uma volta na praia, não?
-Você continua o mesmo moleque atrevido de sempre, mesmo...
-O moleque que você rejeitou e depois voltou, tempos depois, rastejando. Só que daí já era tarde demais e o moleque não te queria mais. E aí, já superou essa dor de cotovelo?
Guilherme fica claramente perturbado e Cláudio percebe.
-Vish, o que foi, Guilherme? Vai ter um piripaque? Se for pereba, sai pra longe que eu não quero pegar!
-Você não devia me tratar desse jeito, Cláudio. Eu te amei de verdade. Melhor dizendo: ainda te amo. Só que tudo o que você fez desde que declarei meu amor é pisar em mim.
-Ainda acho pouco. Ou por acaso você sofre de amnésia e esqueceu tudo o que me fez quando eu tinha 15 anos, estudávamos na mesma turma e declarei meu amor por você? Você não apenas me rejeitou como, ainda fingindo ser hétero, me humilhou de todas as formas possíveis. Me excluiu de praticamente todos os grupos dos quais você participava. Isso sem contar as piadinhas que você soltava pra cima de mim todo santo dia. Então não venha me dizer agora que fui injusto com você. Não fiz nem um terço do que você merecia. Mas pode ficar tranquilo que eu sou piedoso e não vou fazer nada mais... não que você não mereça, mas...
Guilherme treme de raiva e tristeza.
-Você nunca me deu uma chance. Nunca!
-E nem vou dar. Tá perdendo seu tempo, querido. E vê se volta pra sua casa que a noite tá começando a cair. Nesse estado deplorável que você ficou diante de mim, é capaz de um nóia vir te assaltar. Se liga, bicha, isso aqui é Rio de Janeiro. Vá para a sua casa que eu tou zarpando pra minha!
Cláudio sai em direção à parada de ônibus. Guilherme chora. CORTA A CENA.

CENA 3: Riva chega em casa e Marcelo se impressiona com a expressão da mãe.
-O que foi, mãe? Viu um passarinho verde, foi?
-Muito melhor que isso, meu filho! Você não tem noção do que acaba de me acontecer!
Marcelo fica curioso.
-Fala logo, mãe! Tá me deixando curioso... não vai me dizer que...
-Eu tou rica! Melhor: nós estamos ricos, meu filho! Eu ganhei na loteria, premio máximo!
Marcelo mal acredita no que acaba de ouvir de Riva. Ainda sob o impacto da notícia, torna a falar.
-Quanto é esse prêmio máximo?
-Trezentos milhões de reais!
-Trezentos milhões? - fala Marcelo, surpreso.
-Sim, meu filho! Nunca mais vamos precisar contar o dinheiro pra pagar a sua faculdade, nunca mais vou ter que trabalhar de sol a sol pra vender minhas quentinha! Acabou a dureza! Nós somos os mais novos milionários do Brasil!
Os dois se abraçam emocionados.
-Mas mãe... o que a gente vai fazer agora? Vai sair desse apê, comprar uma casa, mansão, qualquer coisa do tipo?
-Calma, Marcelo! Mal recebi a notícia de que estamos milionários e você já vem me fazendo pergunta difícil?
-Mãe, a gente precisa pensar nos detalhes práticos pra ontem! Pra começo de história, fazia muito tempo que nenhum apostador ganhava o prêmio máximo. Isso vai, no mínimo, chamar a atenção da imprensa. Vão querer te entrevistar, se der sorte até capa de revista você vira...
-Cê não acha que tá exagerando um pouco, Marcelo?
-Posso até estar, mas amanhã pela tarde eu vou com a senhora no banco resolver com a senhora o depósito da fortuna na sua conta.
A campainha toca. Marcelo atende.
-Olá... quem são vocês?
-Somos repórteres, viemos entrevistar a mais nova milionária.
-Mas tão rápido? - surpreende-se Riva. CORTA A CENA.

CENA 4: Cláudio chega em sua casa e nem percebe que Rodrigo está ali.
–Quer um suco? – Pergunta Rodrigo.
-Ai, que susto amor! Não vi que você tava aqui...
-Não me respondeu, Cláudio... quer um suco?
Nesse exato instante, o celular de Rodrigo faz barulho de que acaba de receber mensagem. Cláudio reconhece aquele toque de imediato, ao lembrar-se da mensagem que não teve tempo de ler dias antes. Rodrigo tenta disfarçar, mas Cláudio faz questão de lhe lembrar.
–Claro, vou querer o suco sim. Ah amor, seu telefone fez um “bip”. Não vai olhar a mensagem?
Rodrigo olha o celular e finge não reagir.
–Hmm, bateria fraca. Vou até o quarto colocar pra recarregar.
Cláudio o observa entrar no quarto, enquanto seu coração dispara. Ele sabe o que está por vir, novamente.
–“Bateria fraca”, sei... Eu não caio mais nessa! - Cláudio murmura consigo mesmo, evitando que Rodrigo o escute.
Cláudio volta à cozinha e prepara algo rápido para comer. Rodrigo lê a mensagem recebida no celular e dá um sorriso. Guarda o celular no bolso e volta para a cozinha.
-Amor? O que houve? - pergunta Rodrigo a Cláudio.
Cláudio está tomando um copo de água, vira-se para Rodrigo e em vez de lhe dar uma resposta, apenas sorri.
–Eu perguntei o que houve. – continua Rodrigo.
–Credo! Não há nada comigo. Deixa essa paranoia de lado, Rodrigo...
Rodrigo está desconfiado.
“Ele me entregou o telefone no outro dia. Ele viu aquela mensagem, sem dúvida!”, pensa.
–Nossa, que cara é essa, Rodrigo?
–A minha cara. – respondeu secamente.
Cláudio dá de ombros e volta para a sala. Rodrigo o segue.
–Você, por acaso... – Rodrigo tentou dizer algo, mas achou melhor ficar calado.
–Eu o que?
–Deixa pra lá.
–Não! Agora você vai falar! Você sabe que odeio ficar curioso, cara!
–Não, Cláudio! Eu não quero falar.
Cláudio meneia a cabeça e senta no sofá. Tenta controlar seus impulsos. Queria gritar com Rodrigo que sabia que estava sendo traído novamente, mas permanece firme na tentativa de resistir e entrar no jogo do namorado. Rodrigo demonstra tranquilidade. Se o namorado soubesse de algo, ele já teria agido. Ele sabia que Cláudio não controlava os impulsos.
–Eu só ia perguntar se você, por acaso, estava a fim de dar uma volta.
Cláudio inspira, buscando se controlar.
–Não, meu amor. Tou meio cansado. Acho que vou me deitar um pouco.
Rodrigo dá de ombros e Cláudio vai para o quarto.
Ao chegar ao quarto, procura pelo telefone do namorado, mas não encontra.
–Eu sabia!
Cláudio se sente enganado. Sempre foi fiel, mas não estava tendo retorno. Sempre achou melhor sair de uma relação quando esta não está mais dando certo. Trair nunca foi sua melhor saída e nunca seria. CORTA A CENA.


CENA 5: Riva responde às perguntas dos repórteres que estão em sua casa. Um deles faz uma pergunta.
-E agora que você está milionária, já decidiu o que vai fazer com essa bolada toda?
Riva pensa antes de falar.
-Olha... eu mal tive tempo de acostumar que não tou mais nessa pindaíba aqui, mas acho que já sei o que vou fazer. Não sei se vocês sabem, mas sou sobrinha da Marion Bittencourt. Quero poder ajudar ela e a família dela como puder, já que além do meu filho e dela, não tenho nenhuma família pra ajudar. Quero fazer esse dinheiro ser útil pra mais gente, não só pra mim.
Marcelo se admira com a postura de sua mãe e a abraça.
-E esse rapaz, é seu irmão, namorado? - pergunta uma repórter.
Riva ri, sem graça.
-Não... ele é meu filho, gente! Fui mãe adolescente. Ele é meu maior orgulho na vida!
Riva se emociona e Marcelo também se emociona. Riva segue a responder as perguntas dos repórteres. Marcelo a chama num canto rapidamente.
-Mãe, eu não vou ficar aqui pro resto da entrevista, ok?
-Por que, filho?
-Quero ir tomar uma cerveja no barzinho da esquina. Comemorar que agora somos milionários. Tudo bem?
-Vai lá, meu filho. Leva o celular, caso mude de ideia e vá pra outro lugar, ok?
-Tranquilo, mãe.
Marcelo sai e vai até o barzinho. Ao pegar a primeira cerveja, percebe que alguém que ele conhece está lá e pega o celular. CORTA A CENA.

CENA 6: Cláudio tenta se distrair vendo TV e está quase adormecendo quando relembra os últimos acontecimentos. Levanta e vai até o banheiro tomar um banho rápido.
Senta-se na varanda e acende um cigarro. Ele não sabia exatamente o que fazer. Achava que seria melhor “dar corda” para o namorado, mas não tinha certeza se iria conseguir, já que sua paciência não ia muito longe. De repente, seu telefone emite um som. Ele havia recebido uma mensagem.
“Claudinho, tá acordado? Preciso te contar algo inacreditável! Minha mãe e eu estamos ricos! Ela ganhou trezentos milhões na loteria! Eu tou no barzinho da esquina e... adivinha quem tá aqui na mesa do lado? Sim! O Sandro! Ele tá com um carinha esquisito aqui. Se eu fosse você, viria agora! Apresse-se! Ligue pra mim. Beijo, Marcelo.”
Cláudio fica imensamente feliz pelo amigo. Responde a mensagem imediatamente.
“Como assim? Fico muito feliz por vocês! Manda um beijo pra tia Riva! Mal posso acreditar que agora sou amigo de um milionário! É muita chiqueza! Hahaha
Quanto ao Sandro... que é que ele foi fazer aí no bar? Jurava que nunca mais ia ver essa bicha na vida! Tou passado e voando praí. Me espera, Marcelo!
Cláudio sai de sua casa, mesmo achando estranha a presença de alguém que não via há anos no bar da esquina. CORTA A CENA.

CENA 7: Marion está distraída conversando com Rafael e Mariana, enquanto faz as contas do mês.
-E aí, mãe? O que eu recebi esse mês do papel na novela tá ajudando nas contas? - pergunta Rafael.
-Muito, querido! Claro que ainda não podemos sair gastando tudo como se não houvesse amanhã.
-Ai, mas bem que dá pra comprar umas roupas novas, né? Já ando enjoada das minhas... - fala Mariana.
Os três seguem conversando quando enxergam Ivan descendo as escadas afoito. Marion se sobressalta.
-O que foi, amor?
-Você não vai acreditar em quem ficou milionária, Marion!
-Quem, a reencarnação da Madre Teresa de Calcutá?
-Não, boba! A sua sobrinha Riva! Acabei de ver na chamada do jornal!
Marion fica perplexa e desmaia, sendo acudida pelos filhos e por Ivan. Poucos instantes depois, Marion desperta.
-Gente... é verdade mesmo que a Riva tá milionária? E isso passou na TV? Por Deus... falaram que ela é minha sobrinha?
Ivan pensa duas vezes antes de falar, mas não vê outra saída.
-Veja bem, amor... fazia anos que ninguém levava o premio máximo sozinho na loteria e isso chamou a atenção da imprensa. A imprensa foi em peso na casa que a Riva mora, pelo que eu vi na chamada da TV. Nessa chamada, anunciaram que a nova milionária é sobrinha de Marion Bittencourt, porque isso dá notícia. Foi aí que eu percebi que eles estavam falando da Riva...
Marion fica sem reação. Rafael e Mariana estranham.
-Mãe, por que você ficou tão chocada com isso? Aliás... você sempre nos fala que temos essa prima, mas nunca chegamos a conhecer prima Riva... - constata Rafael.
-Outra hora explico com calma e cabeça fria pra vocês, meus filhos... - desconversa Marion. CORTA A CENA.

CENA 8: Rumando em direção ao bar onde Marcelo o espera, Cláudio lembra-se da noite de dias atrás quando, num momento de distração de Rodrigo, conseguiu copiar o misterioso contato “Juliano G.” que mandou a mensagem que ele não teve tempo de ler, pois Rodrigo apagou antes.
-Dá tempo de eu tirar essa história a limpo de uma vez por todas antes de chegar no barzinho... - constata Cláudio, calculando a distância que ainda vai andar. Ele disca para o contato que copiou do celular de Rodrigo e aguarda ansiosamente ser atendido, o que acontece após três toques. A voz que atende o telefone soa familiar a Cláudio, mas ele não consegue lembrar exatamente de onde conhece aquela voz.
–Alô? Eu falo com o Juliano?
–Sim, é ele. Quem é você?
Cláudio hesita por instantes, até ter uma brilhante ideia.
–Oi, Juliano. Você me passou seu número há algum tempo. Resolvi te ligar agora. Está ocupado?
Silêncio na linha.
–Juliano? Você está aí?
–Qual é seu nome?
Cláudio coça a cabeça, pensando no que inventar.
–Sérgio. Me chamo Sérgio.
–Eu não me lembro de nenhum Samuel.
–Ah, já faz algum tempo, cara. E não é Samuel, é Sérgio. Então, podemos nos ver?
–Não dá. Eu já estava dormindo. Acordo cedo amanhã.
–Então podemos ao menos bater um papo rápido?
–Eu não me lembro de você, Sérgio.
Cláudio não sabe o que dizer.
–O “G” significa o quê?
–“G”? Que “G”? - fala a outra voz do outro lado, claramente nervosa.
–Quando você me passou seu número, você me disse que seu nome era “Juliano G.”
–Eu acho que você está me confundindo com alguém. Não tem “G” no meu nome.
Cláudio perde a paciência.
–Ah, esquece. Devo ter anotado isso por algum motivo. Já faz um tempão mesmo! Quase não me lembro dos detalhes da nossa conversa. Mas, me diz, onde você trabalha?
–Não faz diferença na sua vida.
Cláudio se irrita.
–Olha aqui Juliano, eu te liguei porque você me pediu isso. Não havia ligado antes por alguns motivos pessoais. Mas até agora fui muito educado com você. Não precisa me tratar dessa forma.
Juliano fica calado. Cláudio ouve um suspiro do outro lado e segue falando.
–Só quis saber onde você trabalha pra saber se posso te buscar amanhã pra gente conversar, sei lá, se conhecer melhor.
-Você vá me desculpar, Sérgio... não consigo lembrar de você e você está sendo invasivo. Não tenho que te dizer onde trabalho e não vamos nos encontrar. Passar bem.
Antes que Cláudio possa responder, Juliano desliga o telefone em sua cara.
-Babaca! - fala Cláudio, frustrado, já chegando ao bar. Instantaneamente, avista Marcelo, correndo para abraçá-lo.
-Parabéns, meu amigo! Parabéns pra você e pra tia Riva!
-Muito obrigado, querido... você não tem ideia do quanto significa pra mim você compartilhar dessa felicidade comigo! - vibra Marcelo.
Marcelo nota uma expressão meio triste em Cláudio.
-Que cara é essa, Claudinho? Tou te notando meio distante daqui.
-Problemas, Marcelo... você sabe com quem.
-Ah... o “famoso” Rodrigo...
Cláudio busca com o olhar Sandro dentro do bar. Não o encontra e questiona Marcelo.
-Cadê o Sérgio e o namorado dele?
-Estavam aqui agorinha! Não faço ideia de onde eles estão agora... devem ter ido ao banheiro... - desconversa Marcelo.
-Sei...
Cláudio vê Diogo se aproximando deles e entende que Marcelo mentiu. Cláudio fulmina Marcelo com o olhar. CORTA A CENA.

CENA 9: O jornal com a entrevista de Riva editada vai ao ar. Marion, Ivan, Rafael e Mariana assistem na televisão. O repórter pergunta:
-E agora que você está milionária, já decidiu o que vai fazer com essa bolada toda?
Riva fala.
-Olha... eu mal tive tempo de acostumar que não tou mais nessa pindaíba aqui, mas acho que já sei o que vou fazer. Não sei se vocês sabem, mas sou sobrinha da Marion Bittencourt. Quero poder ajudar ela e a família dela como puder, já que além do meu filho e dela, não tenho nenhuma família pra ajudar. Quero fazer esse dinheiro ser útil pra mais gente, não só pra mim. Faz anos que não vejo minha tia, não conheço meus primos ainda e com certeza vou querer ajudar minha família de algum jeito. Não é segredo pra ninguém que eles tão passando por problemas
Marion começa a chorar de raiva. Rafael nota a expressão raivosa em sua mãe.
-Por que essa cara, mãe?
-É muita cara de pau, ela falando com a cara mais lavada do mundo que quer me ajudar. Ela me renegou! Falsa, hipócrita!
Todos olham surpresos para Marion. FIM DO CAPÍTULO 5.

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