CENA 1: Riva desmaia e é
acudida por uma das pessoas na fila. Outra pessoa na fila tenta pegar
o bilhete sobre a mesa da atendente, porém a atendente detém o
homem que tenta roubar o bilhete premiado.
-Tá pensando em fazer o que,
meu senhor?
-Ah... nada não... tava indo
proteger o bilhete premiado da moça, cê sabe como é esse povo, né?
-Sei... mas deixe comigo que
esse é meu serviço, certo? - sentencia a atendente.
Riva acorda do desmaio e não
entende o que acabara de acontecer.
-Gente... eu tou confusa. O
que acabou de acontecer aqui?
A atendente entende a confusão
de Riva.
-A senhora acabou de ganhar o
prêmio máximo de 300 milhões de reais!
-Não pode ser... - fala Riva,
levantando-se.
-Mas é verdade, senhora. Você
é a única ganhadora do último sorteio da loteria.
-Tem certeza que não tá
errado isso daí? Eu vi no letreiro que piscava “você foi
premiada”, mas não falava nada de prêmio máximo não...
-Mas pode acreditar, dona...
-Riva, me chamo Riva.
-Isso. Dona Riva, a senhora
está rica! Rica não... milionária!
-Ai meu Deus! É verdade! A
dona velha tinha razão!
A atendente estranha o que
Riva diz.
-Me desculpe... o que a
senhora acabou de dizer?
-Deixa pra lá, moça... coisa
minha. Muito obrigada por tudo, moça! De verdade!
-Agradeça a você mesma e à
sorte. Quem jogou nos números sorteados foi a senhora!
-Como faço pra pegar a minha
fortuna agora?
-A senhora vai precisar ir à
sua agência bancária, apresentar os documentos que comprovam a sua
premiação que vou lhe entregar agora e então esse dinheiro será
depositado em sua conta corrente.
A atendente entrega os
documentos à Riva, que sai esfuziante da lotérica.
-Muito obrigada, moça!
Riva sai pela rua quase
pulando de tanta felicidade. Chorando de alegria, Riva grita a plenos
pulmões.
-Eu tou rica! Rica! CORTA A
CENA.
CENA 2: Cláudio anda pela
orla de Copacabana, admirando o mar e caminhando lentamente. De
repente, esbarra com Guilherme. A última pessoa que Cláudio
esperava rever na vida era Guilherme.
-O que cê tá fazendo aqui,
Guilherme?
-Eu que te pergunto: o que
você tá fazendo aqui na praia?
-Quem sabe porque eu moro no
Rio de Janeiro?
-É, mas é lá em Santa
Tereza.
-E o que é que tem? Não
posso pegar um ônibus depois da faculdade e dar uma volta na praia,
não?
-Você continua o mesmo
moleque atrevido de sempre, mesmo...
-O moleque que você rejeitou
e depois voltou, tempos depois, rastejando. Só que daí já era
tarde demais e o moleque não te queria mais. E aí, já superou essa
dor de cotovelo?
Guilherme fica claramente
perturbado e Cláudio percebe.
-Vish, o que foi, Guilherme?
Vai ter um piripaque? Se for pereba, sai pra longe que eu não quero
pegar!
-Você não devia me tratar
desse jeito, Cláudio. Eu te amei de verdade. Melhor dizendo: ainda
te amo. Só que tudo o que você fez desde que declarei meu amor é
pisar em mim.
-Ainda acho pouco. Ou por
acaso você sofre de amnésia e esqueceu tudo o que me fez quando eu
tinha 15 anos, estudávamos na mesma turma e declarei meu amor por
você? Você não apenas me rejeitou como, ainda fingindo ser hétero,
me humilhou de todas as formas possíveis. Me excluiu de praticamente
todos os grupos dos quais você participava. Isso sem contar as
piadinhas que você soltava pra cima de mim todo santo dia. Então
não venha me dizer agora que fui injusto com você. Não fiz nem um
terço do que você merecia. Mas pode ficar tranquilo que eu sou
piedoso e não vou fazer nada mais... não que você não mereça,
mas...
Guilherme treme de raiva e
tristeza.
-Você nunca me deu uma
chance. Nunca!
-E nem vou dar. Tá perdendo
seu tempo, querido. E vê se volta pra sua casa que a noite tá
começando a cair. Nesse estado deplorável que você ficou diante de
mim, é capaz de um nóia vir te assaltar. Se liga, bicha, isso aqui
é Rio de Janeiro. Vá para a sua casa que eu tou zarpando pra minha!
Cláudio sai em direção à
parada de ônibus. Guilherme chora. CORTA A CENA.
CENA 3: Riva chega em casa e
Marcelo se impressiona com a expressão da mãe.
-O que foi, mãe? Viu um
passarinho verde, foi?
-Muito melhor que isso, meu
filho! Você não tem noção do que acaba de me acontecer!
Marcelo fica curioso.
-Fala logo, mãe! Tá me
deixando curioso... não vai me dizer que...
-Eu tou rica! Melhor: nós
estamos ricos, meu filho! Eu ganhei na loteria, premio máximo!
Marcelo mal acredita no que
acaba de ouvir de Riva. Ainda sob o impacto da notícia, torna a
falar.
-Quanto é esse prêmio
máximo?
-Trezentos milhões de reais!
-Trezentos milhões? - fala
Marcelo, surpreso.
-Sim, meu filho! Nunca mais
vamos precisar contar o dinheiro pra pagar a sua faculdade, nunca
mais vou ter que trabalhar de sol a sol pra vender minhas quentinha!
Acabou a dureza! Nós somos os mais novos milionários do Brasil!
Os dois se abraçam
emocionados.
-Mas mãe... o que a gente vai
fazer agora? Vai sair desse apê, comprar uma casa, mansão, qualquer
coisa do tipo?
-Calma, Marcelo! Mal recebi a
notícia de que estamos milionários e você já vem me fazendo
pergunta difícil?
-Mãe, a gente precisa pensar
nos detalhes práticos pra ontem! Pra começo de história, fazia
muito tempo que nenhum apostador ganhava o prêmio máximo. Isso vai,
no mínimo, chamar a atenção da imprensa. Vão querer te
entrevistar, se der sorte até capa de revista você vira...
-Cê não acha que tá
exagerando um pouco, Marcelo?
-Posso até estar, mas amanhã
pela tarde eu vou com a senhora no banco resolver com a senhora o
depósito da fortuna na sua conta.
A campainha toca. Marcelo
atende.
-Olá... quem são vocês?
-Somos repórteres, viemos
entrevistar a mais nova milionária.
-Mas tão rápido? -
surpreende-se Riva. CORTA A CENA.
CENA 4: Cláudio chega em sua
casa e nem percebe que Rodrigo está ali.
–Quer um suco? – Pergunta
Rodrigo.
-Ai, que susto amor! Não vi
que você tava aqui...
-Não me respondeu, Cláudio...
quer um suco?
Nesse exato instante, o
celular de Rodrigo faz barulho de que acaba de receber mensagem.
Cláudio reconhece aquele toque de imediato, ao lembrar-se da
mensagem que não teve tempo de ler dias antes. Rodrigo tenta
disfarçar, mas Cláudio faz questão de lhe lembrar.
–Claro,
vou querer o suco sim. Ah amor, seu telefone fez um “bip”. Não
vai olhar a mensagem?
Rodrigo
olha o celular e finge não reagir.
–Hmm,
bateria fraca. Vou até o quarto colocar pra recarregar.
Cláudio
o observa entrar no quarto, enquanto seu coração dispara. Ele sabe
o que está por vir, novamente.
–“Bateria
fraca”, sei... Eu não caio mais nessa! - Cláudio murmura consigo
mesmo, evitando que Rodrigo o escute.
Cláudio
volta à cozinha e prepara algo rápido para comer. Rodrigo lê a
mensagem recebida no celular e dá um sorriso. Guarda o celular no
bolso e volta para a cozinha.
-Amor?
O que houve? - pergunta Rodrigo a Cláudio.
Cláudio
está tomando um copo de água, vira-se para Rodrigo e em vez de lhe
dar uma resposta, apenas sorri.
–Eu
perguntei o que houve. – continua Rodrigo.
–Credo!
Não há nada comigo. Deixa essa paranoia de lado, Rodrigo...
Rodrigo
está desconfiado.
“Ele
me entregou o telefone no outro dia. Ele viu aquela mensagem, sem
dúvida!”, pensa.
–Nossa,
que cara é essa, Rodrigo?
–A
minha cara. – respondeu secamente.
Cláudio
dá de ombros e volta para a sala. Rodrigo o segue.
–Você,
por acaso... – Rodrigo tentou dizer algo, mas achou melhor ficar
calado.
–Eu
o que?
–Deixa
pra lá.
–Não!
Agora você vai falar! Você sabe que odeio ficar curioso, cara!
–Não,
Cláudio! Eu não quero falar.
Cláudio
meneia a cabeça e senta no sofá. Tenta controlar seus impulsos.
Queria gritar com Rodrigo que sabia que estava sendo traído
novamente, mas permanece firme na tentativa de resistir e entrar no
jogo do namorado. Rodrigo demonstra tranquilidade. Se o namorado
soubesse de algo, ele já teria agido. Ele sabia que Cláudio não
controlava os impulsos.
–Eu
só ia perguntar se você, por acaso, estava a fim de dar uma volta.
Cláudio
inspira, buscando se controlar.
–Não, meu amor. Tou meio
cansado. Acho que vou me deitar um pouco.
Rodrigo
dá de ombros e Cláudio vai para o quarto.
Ao
chegar ao quarto, procura pelo telefone do namorado, mas não
encontra.
–Eu
sabia!
Cláudio
se sente enganado. Sempre foi fiel, mas não estava tendo retorno.
Sempre achou melhor sair de uma relação quando esta não está mais
dando certo. Trair nunca foi sua melhor saída e nunca seria.
CORTA A CENA.
CENA 5: Riva responde às
perguntas dos repórteres que estão em sua casa. Um deles faz uma
pergunta.
-E agora que você está
milionária, já decidiu o que vai fazer com essa bolada toda?
Riva pensa antes de falar.
-Olha... eu mal tive tempo de
acostumar que não tou mais nessa pindaíba aqui, mas acho que já
sei o que vou fazer. Não sei se vocês sabem, mas sou sobrinha da
Marion Bittencourt. Quero poder ajudar ela e a família dela como
puder, já que além do meu filho e dela, não tenho nenhuma família
pra ajudar. Quero fazer esse dinheiro ser útil pra mais gente, não
só pra mim.
Marcelo se admira com a
postura de sua mãe e a abraça.
-E esse rapaz, é seu irmão,
namorado? - pergunta uma repórter.
Riva ri, sem graça.
-Não... ele é meu filho,
gente! Fui mãe adolescente. Ele é meu maior orgulho na vida!
Riva se emociona e Marcelo
também se emociona. Riva segue a responder as perguntas dos
repórteres. Marcelo a chama num canto rapidamente.
-Mãe, eu não vou ficar aqui
pro resto da entrevista, ok?
-Por que, filho?
-Quero ir tomar uma cerveja no
barzinho da esquina. Comemorar que agora somos milionários. Tudo
bem?
-Vai lá, meu filho. Leva o
celular, caso mude de ideia e vá pra outro lugar, ok?
-Tranquilo, mãe.
Marcelo sai e vai até o
barzinho. Ao pegar a primeira cerveja, percebe que alguém que ele
conhece está lá e pega o celular. CORTA A CENA.
CENA
6: Cláudio tenta se distrair vendo TV e está quase adormecendo
quando relembra os últimos acontecimentos.
Levanta e vai até o banheiro tomar um banho rápido.
Senta-se
na varanda e acende um cigarro. Ele não sabia exatamente o que
fazer. Achava que seria melhor “dar corda” para o namorado, mas
não tinha certeza se iria conseguir, já que sua paciência não ia
muito longe. De repente, seu telefone emite um som. Ele havia
recebido uma mensagem.
“Claudinho,
tá acordado? Preciso te contar algo inacreditável! Minha mãe e eu
estamos ricos! Ela ganhou trezentos milhões na loteria! Eu tou no
barzinho da esquina e... adivinha quem tá aqui na mesa do lado? Sim!
O Sandro! Ele tá com um carinha esquisito aqui. Se eu fosse você,
viria agora! Apresse-se! Ligue pra mim. Beijo, Marcelo.”
Cláudio fica imensamente
feliz pelo amigo. Responde a mensagem imediatamente.
“Como assim? Fico muito
feliz por vocês! Manda um beijo pra tia Riva! Mal posso acreditar
que agora sou amigo de um milionário! É muita chiqueza!
Hahaha
Quanto ao Sandro... que é que ele foi fazer aí no bar? Jurava que nunca mais ia ver essa bicha na vida! Tou passado e voando praí. Me espera, Marcelo!
Quanto ao Sandro... que é que ele foi fazer aí no bar? Jurava que nunca mais ia ver essa bicha na vida! Tou passado e voando praí. Me espera, Marcelo!
Cláudio sai de sua casa,
mesmo achando estranha a presença de alguém que não via há anos
no bar da esquina. CORTA A CENA.
CENA 7: Marion está distraída
conversando com Rafael e Mariana, enquanto faz as contas do mês.
-E aí, mãe? O que eu recebi
esse mês do papel na novela tá ajudando nas contas? - pergunta
Rafael.
-Muito, querido! Claro que
ainda não podemos sair gastando tudo como se não houvesse amanhã.
-Ai, mas bem que dá pra
comprar umas roupas novas, né? Já ando enjoada das minhas... - fala
Mariana.
Os três seguem conversando
quando enxergam Ivan descendo as escadas afoito. Marion se
sobressalta.
-O que foi, amor?
-Você não vai acreditar em
quem ficou milionária, Marion!
-Quem, a reencarnação da
Madre Teresa de Calcutá?
-Não, boba! A sua sobrinha
Riva! Acabei de ver na chamada do jornal!
Marion fica perplexa e
desmaia, sendo acudida pelos filhos e por Ivan. Poucos instantes
depois, Marion desperta.
-Gente... é verdade mesmo que
a Riva tá milionária? E isso passou na TV? Por Deus... falaram que
ela é minha sobrinha?
Ivan pensa duas vezes antes de
falar, mas não vê outra saída.
-Veja bem, amor... fazia anos
que ninguém levava o premio máximo sozinho na loteria e isso chamou
a atenção da imprensa. A imprensa foi em peso na casa que a Riva
mora, pelo que eu vi na chamada da TV. Nessa chamada, anunciaram que
a nova milionária é sobrinha de Marion Bittencourt, porque isso dá
notícia. Foi aí que eu percebi que eles estavam falando da Riva...
Marion fica sem reação.
Rafael e Mariana estranham.
-Mãe, por que você ficou tão
chocada com isso? Aliás... você sempre nos fala que temos essa
prima, mas nunca chegamos a conhecer prima Riva... - constata Rafael.
-Outra hora explico com calma
e cabeça fria pra vocês, meus filhos... - desconversa Marion. CORTA
A CENA.
CENA 8: Rumando em direção
ao bar onde Marcelo o espera, Cláudio lembra-se da noite de dias
atrás quando, num momento de distração de Rodrigo, conseguiu
copiar o misterioso contato “Juliano G.” que mandou a mensagem
que ele não teve tempo de ler, pois Rodrigo apagou antes.
-Dá tempo de eu tirar essa
história a limpo de uma vez por todas antes de chegar no barzinho...
- constata Cláudio, calculando a distância que ainda vai andar. Ele
disca para o contato que copiou do celular de Rodrigo e aguarda
ansiosamente ser atendido, o que acontece após três toques. A voz
que atende o telefone soa familiar a Cláudio, mas ele não consegue
lembrar exatamente de onde conhece aquela voz.
–Alô? Eu falo com o
Juliano?
–Sim,
é ele. Quem é você?
Cláudio
hesita por instantes, até ter uma brilhante ideia.
–Oi,
Juliano. Você me passou seu número há algum tempo. Resolvi te
ligar agora. Está ocupado?
Silêncio
na linha.
–Juliano?
Você está aí?
–Qual
é seu nome?
Cláudio
coça a cabeça, pensando no que inventar.
–Sérgio.
Me chamo Sérgio.
–Eu
não me lembro de nenhum Samuel.
–Ah,
já faz algum tempo, cara. E não é Samuel, é Sérgio. Então,
podemos nos ver?
–Não
dá. Eu já estava dormindo. Acordo cedo amanhã.
–Então
podemos ao menos bater um papo rápido?
–Eu
não me lembro de você, Sérgio.
Cláudio não sabe o que
dizer.
–O
“G” significa o quê?
–“G”?
Que “G”? - fala a outra voz do outro lado, claramente nervosa.
–Quando
você me passou seu número, você me disse que seu nome era “Juliano
G.”
–Eu
acho que você está me confundindo com alguém. Não tem “G” no
meu nome.
Cláudio
perde a paciência.
–Ah,
esquece. Devo ter anotado isso por algum motivo. Já faz um tempão
mesmo! Quase não me lembro dos detalhes da nossa conversa. Mas, me
diz, onde você trabalha?
–Não
faz diferença na sua vida.
Cláudio
se irrita.
–Olha
aqui Juliano, eu te liguei porque você me pediu isso. Não havia
ligado antes por alguns motivos pessoais. Mas até agora fui muito
educado com você. Não precisa me tratar dessa forma.
Juliano
fica calado. Cláudio ouve um suspiro do outro lado e segue falando.
–Só quis saber onde você
trabalha pra saber se posso te buscar amanhã pra gente conversar,
sei lá, se conhecer melhor.
-Você vá me desculpar,
Sérgio... não consigo lembrar de você e você está sendo
invasivo. Não tenho que te dizer onde trabalho e não vamos nos
encontrar. Passar bem.
Antes que Cláudio possa
responder, Juliano desliga o telefone em sua cara.
-Babaca! - fala Cláudio,
frustrado, já chegando ao bar. Instantaneamente, avista Marcelo,
correndo para abraçá-lo.
-Parabéns, meu amigo!
Parabéns pra você e pra tia Riva!
-Muito obrigado, querido...
você não tem ideia do quanto significa pra mim você compartilhar
dessa felicidade comigo! - vibra Marcelo.
Marcelo nota uma expressão
meio triste em Cláudio.
-Que cara é essa, Claudinho?
Tou te notando meio distante daqui.
-Problemas, Marcelo... você
sabe com quem.
-Ah... o “famoso”
Rodrigo...
Cláudio busca com o olhar
Sandro dentro do bar. Não o encontra e questiona Marcelo.
-Cadê o Sérgio e o namorado
dele?
-Estavam aqui agorinha! Não
faço ideia de onde eles estão agora... devem ter ido ao banheiro...
- desconversa Marcelo.
-Sei...
Cláudio vê Diogo se
aproximando deles e entende que Marcelo mentiu. Cláudio fulmina
Marcelo com o olhar. CORTA A CENA.
CENA 9: O jornal com a
entrevista de Riva editada vai ao ar. Marion, Ivan, Rafael e Mariana
assistem na televisão. O repórter pergunta:
-E agora que você está
milionária, já decidiu o que vai fazer com essa bolada toda?
Riva fala.
-Olha... eu mal tive tempo de
acostumar que não tou mais nessa pindaíba aqui, mas acho que já
sei o que vou fazer. Não sei se vocês sabem, mas sou sobrinha da
Marion Bittencourt. Quero poder ajudar ela e a família dela como
puder, já que além do meu filho e dela, não tenho nenhuma família
pra ajudar. Quero fazer esse dinheiro ser útil pra mais gente, não
só pra mim. Faz anos que não vejo minha tia, não conheço meus
primos ainda e com certeza vou querer ajudar minha família de algum
jeito. Não é segredo pra ninguém que eles tão passando por
problemas
Marion começa a chorar de
raiva. Rafael nota a expressão raivosa em sua mãe.
-Por que essa cara, mãe?
-É muita cara de pau, ela
falando com a cara mais lavada do mundo que quer me ajudar. Ela me
renegou! Falsa, hipócrita!
Todos olham surpresos para
Marion. FIM DO CAPÍTULO 5.
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