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quinta-feira, 19 de maio de 2016

CAPÍTULO 4

CENA 1: Riva perde a paciência com a misteriosa senhora.
-Olha aqui, dona velha! Tenho mais o que fazer da minha vida do que acreditar em abobrinha falada por uma desvairada, valeu? Agora tou lembrando de você... você tava colocando olho gordo nas minhas quentinha hoje mais cedo, né? Veio pedir comida? Se for isso eu separo umas quentinha aqui e te dou, mas dá o fora daqui depois, certo?
Marcelo percebe que sua mãe está bastante alterada e vai verificar o que está acontecendo.
-Boa noite, minha senhora. Precisa de alguma coisa?
-Preciso que você convença sua mãe a me ouvir, querido.
Marcelo estranha o fato da misteriosa senhora presumir acertadamente que ele é filho de Riva, já que eles parecem mais irmãos do que mãe e filho. Interessado e intrigado nas palavras da misteriosa senhora, Marcelo faz um apelo à mãe.
-Deixe essa senhora entrar, mãe! Ela parece estar falando sério, seja lá o que for que ela tiver a dizer.
Riva resiste por alguns segundos, mas acaba cedendo.
-Está certo. Entre, dona ve... digo, minha senhora. Agora me diz uma coisa que eu fiquei curiosa: de onde você me conhece? Como sabe que Marcelo é meu filho? Olha aqui, se você for amiga daquela infeliz da minha avó, tá perdendo o seu tempo porque eu não vou ouvir nenhum recado daquela megera, valeu?
A misteriosa senhora calmamente começa a falar, acomodando-se no sofá, a convite de Marcelo.
-Fique calma. Não sou amiga daquela doida da Valquíria.
-Mas pelo visto conhece ela, né? Olha aqui, minha senhora, você tem cinco minutos pra me explicar o que veio fazer aqui.
-Não vou precisar desse tempo todo, Riva.
-Como você sabe o meu nome?
-Querida... não me faça perguntas. Eu sei das coisas. Sei que você deu um duro danado pra dar o melhor pro seu filho, que trabalha de sol a sol para que Marcelo não precise trabalhar enquanto estuda. Eu sei das coisas, querida. Não tenha medo.
Marcelo estranha.
-Quem tá com medo agora sou eu. Como você sabe tanto da gente?
-Não se assuste, menino. Não vim fazer mal a vocês. Vim dar uma boa notícia. Sei que a vida de vocês nunca foi fácil. Sei também que você foi traído pelo namorado e sofre por isso. Mas não se desespere. Em breve a vida de vocês dois vai dar uma reviravolta. Vocês vão ficar ricos e você, Marcelo, vai encontrar o amor bem debaixo do seu nariz. Mas não pense que vai ser fácil lutar por esse amor. Amigos podem te decepcionar. Você vai ter que abrir mão de muitas coisas. Quanto a você, Riva, vá amanhã pela manhã na lotérica e jogue os números que sua mente mandar na loteria. Você vai ver como estou falando a verdade. Bem, queridos... Agora preciso ir. Não me procurem, vocês nunca mais vão me ver na vida.
A misteriosa senhora vai embora e deixa Riva e Marcelo perplexos. CORTA A CENA.

CENA 2: Cláudio encara o garçom com um olhar de quem desafia. O garçom sorri e sai.
–Por que você falou assim com ele? – pergunta Rodrigo.
–Assim, como?
–Deixa pra lá, Rodrigo.
Cláudio dá um gole na cerveja, se levanta e coloca o dinheiro sobre a mesa.
–E você está enganado, Rodrigo. Eu já te perdoei, sim.
–É? E por que você continua agindo dessa forma?
–Porque quem eu não perdoei foi a mim mesmo. E nunca vou me perdoar por ter sido traído por você.
Cláudio faz menção de ir embora.
–Cláudio, volta aqui! Você vai se arrepender se fizer isso. Volta aqui!
Rodrigo convence Cláudio a ficar.
-O que foi essa cena, cara? O que foi que eu disse de errado dessa vez? Veja bem, Claudinho, uma coisa é você ter os seus conflitos por isso ou por aquilo, mas me colocar nesse balaio é completamente sem propósito.
Cláudio encara Rodrigo, com raiva.
-Sem propósito? Cê tá falando sério? Rodrigo, posso ser muito mais jovem que você, mas com certeza tenho uma noção de consideração às pessoas que amo bem maior do que essa “coisa” que você chama de consideração.
-Dá pra ser mais claro? Não trouxe minha bola de cristal junto.
-Deixe de ser sonso, Rodrigo. Você sabe muito bem que a lembrança da sua traição me tortura ainda. Me sinto fraco por não conseguir acabar com você logo de uma vez, mas alguma coisa aqui dentro insiste que eu devo te dar uma chance. Só não espere que eu vá sempre relevar seus erros, se você não mudar. Tudo nessa vida tem limite e não há amor que resista à falta de lealdade.
-Cheio de idealismos como sempre. E você falou a palavra certa: “relevar”. Você relevou a minha atitude. Não faz a mínima ideia do que seja perdoar. Você não sabe perdoar. Se soubesse, saberia perdoar a si mesmo. Uma pessoa que é incapaz de perdoar a si mesma, não perdoa os outros, no máximo releva.
-Isso não serve de justificativa. Não sou idiota pra achar que não erro. Mas tenho meus limites. Agora solta meu braço, me deixa ir embora.
-Fica, Claudinho... sua cerveja tá esquentando.
-Toma a minha cerveja, se quiser. Só não convida aquele garçom oferecido, ok?
Cláudio se solta de Rodrigo e parte em passos firmes. CORTA A CENA.

CENA 3: O dia amanhece. Marcelo termina seu café da manhã enquanto Riva termina de fritar os últimos salgados para vender durante o dia.
-E aí, mãe... vai jogar na loteria como aquela senhora misteriosa sugeriu?
-Olha, filho... eu não sou de acreditar nessas coisas milagrosas e tudo mais. Mas não custa tentar, né? Um bilhete desses não vai me quebrar. Se eu não ganhar nada, pelo menos não perdi nada.
-Faz bem em pensar assim, mãe.
-Mas sabe o que eu pagava pra ver mesmo, Marcelo?
-O que?
-A cara do seu ex cafajeste chegando todo marcado naquele hotel de bacana que ele “mora”!
Riva ri. Marcelo observa a mãe, admirado.
-Você se envolve mais nas minhas coisas do que eu mesmo. Por isso que te amo, mãe.
Riva se emociona.
-Deixa disso, filho. Você sempre soube que eu nunca ia deixar ninguém pisar em cima de nós, principalmente de você. Só espero que eu seja suficiente na sua vida...
-Claro que é, mãe. Nunca senti falta de um pai. Depois, eu nunca ia querer saber de um sujeito que te abandonou quando descobriu que você tava grávida de mim. Sou feliz com essa nossa vida, pode apostar. Agora preciso ir, senão perco o primeiro tempo.
-Vai lá, querido.
Marcelo se despede de Riva. CORTA A CENA.
CENA 4: Rafael está descansando no intervalo das gravações da novela juvenil da qual ele é protagonista, quando seu colega de elenco Mateus lhe oferece um pouco de água.
-Quer uma água? Vi que você tá sem e nesse calor não dá pra dar bobeira nas externas...
-Obrigado, Mateus. Vem cá, você não tinha que estar gravando com a Fernanda Rios agora?
-Deveria estar. Mas não é que a mulher tombou na frente da gente? Baixou a pressão quando a gente tava gravando a cena que ela ia atrás de mim exigindo explicações pelo sumiço do meu personagem.
-Vai ver ela levou o papel de mãe de filho problemático a sério e quis dar mais veracidade à cena... - descontrai Rafael.
Mateus e Rafael riem. Rafael continua.
-Mas ela tá bem, certo? Me preocupo porque ela já ficou doente antes.
-Tá bem sim. Conheço os fricotes da “grande estrela” que tá tentando retomar a carreira depois dos problemas que ela teve com drogas.
-Que coisa feia, Mateus! Dando margem pro que as revistas de fofoca falam da vida privada de gente como a gente! Cuidado, hein... hora dessas o feitiço pode se voltar contra você, hein?
-Olha só, cara... eu tenho muita consideração por você, mas às vezes parece que você se sente acima do bem e do mal por ser filho da Marion Bittencourt.
-Não viaja, cara. Se esqueceu que minha mãe também tá fora das novelas tem tempo? Depois, ninguém aqui é melhor que ninguém. Tira isso da sua cabeça, meu amigo...
-Tá bem... não está mais aqui quem falou. Acho melhor a gente voltar logo porque o diretor tá chamando
Rafael e Mateus voltam a gravar as externas do dia. CORTA A CENA.

CENA 5: Horas depois, Cláudio volta para sua casa depois da aula na faculdade. Olha pro vazio, pensando em tudo o que deixou pra trás. Sente falta da companhia de teatro e de sua melhor amiga Laura. Resolve ligar pra ela.
–Alô? Oi, Laura. Aqui é o Cláudio.
–Ei, Claudinho! Cara, você sumiu! Como você está?
–Ah, eu to bem, obrigado.
–Aconteceu alguma coisa?
Cláudio pensa por alguns segundos antes de falar.
–Bem, é que preciso de um lugar pra ficar por, sei lá, uma semana. Então pensei em sua casa, já que você mora sozinha. Do jeito que as coisas andam com o Rodrigo, quero passar uns dias sem olhar na cara dele.
Há um curto silêncio na linha.
–Ah, meu amigo, eu sinto muito, mas não posso ajudar você. Estou “casada” agora, sabia?
–É mesmo, Laura? Que notícia maravilhosa!
–Sim! Você se lembra do Mateus do colégio? Pois é. Agora ele tá na novela juvenil de coadjuvante. Bem... não estamos casados, apenas morando juntos... mas já é alguma coisa, né?
–Que bom, minha amiga. Fico feliz por você. Se precisar de qualquer coisa, me liga. Um beijão.
Cláudio desliga e se desespera. Fala consigo mesmo.
-Preciso dar um jeito de sair dessa casa. Não quero olhar pra cara do safado do Rodrigo. Já me chateei demais por causa dele e eu não tou conseguindo tolerar esse tipo de coisa... não agora. Agora mais essa: Laura se “casou” com aquele chato do Mateus que sempre encrencou comigo, desde a época do colégio até à companhia de teatro. Que merda!
Cláudio procura uma alternativa para sair de sua casa por uns dias. De repente, a campainha toca. É Rodrigo.
-Ah, não, cara! Você não entendeu o recado quando te deixei falando sozinho ontem, não? Dá um tempo, Rodrigo!
-A gente precisa conversar, Claudinho. Me deixa entrar! - apela Rodrigo. CORTA A CENA.

CENA 6: Marcelo está lendo um livro no sofá da sala de sua casa quando Riva chega do trabalho.
-Oi mãe.
-Oi, filho. Como foi a aula hoje?
-Ótima. Deu até pra esquecer dos acontecimentos de ontem por um momento. Mas me conta, jogou na loteria, afinal?
-Joguei, Marcelo. Não tenho nada a perder mesmo, né?
-Quando vai ser o sorteio?
-Depois de amanhã. Logo a gente vai saber se aquela velha estranha é algum tipo de adivinha ou não.
-Sei. Não tou mais te sentindo tão cética, mãe. Impressão minha ou você acreditou no que aquela senhora disse?
-Não acreditei nem desacreditei. Mas vai que ela tem uma pontinha de razão? De qualquer jeito, a gente vai saber logo.
-Te conheço, dona Riva Oliveira! A senhora ficou impressionada com aquela senhora e não tá querendo dar o braço a torcer...
-Tome tento, menino! Ainda sou tua mãe!
-Turrona como sempre...
-Olha o respeito, Marcelo!
Os dois riem.
-Bem, de qualquer maneira, como você mesma disse... falta pouco. Vamos ver se vamos ter ou não a sorte grande. - finaliza Marcelo. CORTA A CENA.

CENA 7: Anoitece. Laura já está em sua casa quando Mateus chega das gravações da novela.
-Oi, amor! Como foi o dia de gravações?
-Normal. Fernanda Rios deu mais um daqueles fricotes no meio de uma externa. Falam as más línguas que...
-Nem começa, Mateus. Você não pode dar ouvidos ao que dizem as revistas de fofocas sobre a vida de atores e atrizes como você...
-Ih... tá de conluio com o Rafael agora?
-Por que? O que foi que Rafa disse?
-Praticamente a mesma coisa. Pelo visto eu preciso mudar minha postura mesmo...
-Admiro a sua humildade, amor... mas mudando de assunto, sabe quem me ligou hoje?
-Quem?
-O Cláudio!
-Aquela bicha chata de novo? Você despachou ele, não despachou, Lau?
-Não entendo essa sua implicância com meu melhor amigo, Mateus...
-Não gosto dele. Não quero ele perto da gente e ponto... vamos esquecer esse babaca, não quero brigar.
-Certo. - fala Laura, dando-se por vencida. CORTA A CENA.

CENA 8: Rodrigo coloca o pé na porta da casa de Cláudio, impedindo que ele feche.
-Podemos conversar?
Cláudio se assusta.
–Acho que não temos mais nada pra dizer um ao outro.
–É claro que temos. Não somos amigos.
Cláudio ignora e finge estar ocupado com alguma coisa.
–Meu Deus, Cláudio! Por que você não entende que eu te amo?
–Você me ama? Mas você não consegue ser fiel a mim!
–Tudo bem, eu traí você. Mas te pedi perdão. Eu assumi meu erro.
Cláudio se irrita.
–É claro que você assumiu. Eu vi tudo.
Rodrigo perde a paciência.
–Escuta aqui, você não é mais criança! Não precisa mais passar por isto. Se você tá comigo é porque ainda gosta de mim e quer ficar comigo, independente do que aconteceu. Agora, eu não vou ser obrigado a suportar seus joguinhos. Eu sou bem mais velho que você e já vi esse filme. Muitas vezes.
–Eu não tou jogando com você, eu... – Cláudio tenta falar, mas Rodrigo interrompe.
–Ah, cê tá jogando, sim! Quer saber? Mesmo que você não me ame mais, só te peço o mínimo de compaixão que ainda tem por mim. Pois é isso que tem nos sustentado ultimamente.
Cláudio se sente nocauteado.
–Não, Rodrigo, você tá enganado. Se eu estou do seu lado é porque gosto de você. É claro que ter perdido meus pais ainda jovem e ter morado de favor na casa da Laura me marcou. Não sou uma pessoa sem traumas. Tenho meus caprichos também.
Rodrigo segura a mão de Cláudio.
–Se você me amasse, não tentaria me deixar.
–Mas tenho medo de tudo aquilo acontecer outra vez.
–Olha pra mim, Claudinho.
Cláudio obedece.
–Eu nunca mais farei isso. Nunca mais!
Os dois se abraçam e se beijam.
–Então, meu lindo, você vai ficar? – pergunta Rodrigo.
Cláudio faz que sim com a cabeça e sorri.
–Acho que vou comer algo. Você quer? – pergunta Rodrigo.
–Mas você acabou de comer uma torta!
-Ei... como é que você sabe?
-Senti o gosto dela na sua boca.
–Ah, mas eu ainda estou com fome.
–Tudo bem. Faça alguma coisa pra mim, também.
Rodrigo beija Cláudio e vai para a cozinha.
Cláudio senta no sofá e liga a TV pra se distrair com qualquer coisa, quando escuta um barulho de vibração. Era o telefone de Rodrigo. Ele verifica pra saber se o namorado estava por perto e resolve pegar o celular. Havia uma mensagem. O nome do contato piscava na tela. “Juliano G.”. Cláudio gela. De repente, no momento em que Cláudio leria a mensagem, Rodrigo o chama e aparece no vão da porta. Cláudio joga o telefone no sofá. CORTA A CENA.

CENA 9: Laura tenta retomar o assunto sobre Cláudio com Mateus.
-Amor, você precisa entender que o Cláudio não é apenas meu melhor amigo. É como o irmão que eu não tive e surgiu na minha vida no momento que mais precisou. Ou você esqueceu que os pais dele morreram num incêndio para salvar a vida dele? Se coloca no lugar dele, poxa! Você se sentiria como perdendo numa tacada só sua família com apenas treze anos?
-Veja bem, Laura. Eu sei que o que aconteceu com o Cláudio foi uma barra imensa. Não consigo nem imaginar o tamanho do sofrimento dele. Mas nada disso justifica ele sempre estar presente de alguma forma entre nós dois.
-O que é que cê tá falando, Mateus? Eu não posso acreditar que você enxerga ele como ameaça. Seria injusto e irracional da sua parte...
-Se coloca você no meu lugar, Lau! Quando não era ele saindo com você praticamente todos os dias enquanto eu e você ainda não éramos namorados, todo dia você arranja uma maneira de tocar no nome dele nos nossos assuntos!
-Se você pensa que eu vou deixar meu amigo na mão por causa dos seus caprichos e ciúmes completamente infantis, está muito enganado. Ele estava aflito quando me ligou mais cedo, sabia? Parece que deu ruim entre ele e o namorado.
-E o que é que nós temos a ver com os problemas dele com os machos dele, mesmo? Dá um tempo, Laura!
-Ele pediu pra passar uns dias aqui comigo.
Mateus fica visivelmente perturbado.
-De jeito nenhum! Nessa casa ele entra no máximo pra fazer uma visita, tomar um café, cerveja, o que seja! Mas ficar aqui, entre nós dois, eu não permito!
-Pois saiba você, Mateus, que essa casa aqui é minha! Tá me ouvindo bem? Minha! Se o Cláudio precisar ficar aqui, eu não vou pensar duas vezes em te mandar embora.
-O que é isso, amor? Você não me ama mais?
-Claro que amo, Mateus! Mas não me peça pra escolher entre você e o meu melhor amigo. Não admito esse tipo de postura vinda de um homem adulto. Vá focar no seu trabalho, se aprimorar como ator, aproveitar suas oportunidades. Já pensou se amanhã ou depois você consegue um papel de protagonista? Foca em você e para de cuidar da vida dos outros, cara!
-Tou vendo que eu sempre sobro na situação quando essa bichinha fica entre nós...
Laura dá um tapa em Mateus.
-Lave a sua boca antes de falar do Cláudio, tá me ouvindo?
Mateus se enfurece.
-Quer saber? Vou sair um pouco. Ficar dentro dessa casa tá insuportável! CORTA A CENA.

CENA 10: Dois dias depois.
Riva termina sua jornada de trabalho mais cedo, antes do filho chegar em casa da faculdade. Deixa o que sobrou de seus salgados na geladeira, pega o seu bilhete da loteria e dirige-se à lotérica para conferir o resultado do sorteio. Ao chegar na lotérica, enfrenta alguma fila no atendimento, sendo atendida poucos minutos depois.
-O seu bilhete, senhora? - solicita a atendente.
Riva entrega o seu bilhete para a atendente passar no sensor do sistema que possui registrado o resultado do sorteio. O sensor apita e um letreiro acima da atendente começa a piscar. Riva fica sem entender o que aconteceu
-O que é isso, moça? Nunca vi isso acontecer... - fala Riva, intrigada.
-A senhora é a grande ganhadora do prêmio máximo da loteria!
Riva não consegue acreditar no que ouve e então olha para o letreiro dizendo “você foi premiado(a)!”. FIM DO CAPÍTULO 4.

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