CENA 1: Riva perde a paciência
com a misteriosa senhora.
-Olha aqui, dona velha! Tenho
mais o que fazer da minha vida do que acreditar em abobrinha falada
por uma desvairada, valeu? Agora tou lembrando de você... você tava
colocando olho gordo nas minhas quentinha hoje mais cedo, né? Veio
pedir comida? Se for isso eu separo umas quentinha aqui e te dou, mas
dá o fora daqui depois, certo?
Marcelo percebe que sua mãe
está bastante alterada e vai verificar o que está acontecendo.
-Boa noite, minha senhora.
Precisa de alguma coisa?
-Preciso que você convença
sua mãe a me ouvir, querido.
Marcelo estranha o fato da
misteriosa senhora presumir acertadamente que ele é filho de Riva,
já que eles parecem mais irmãos do que mãe e filho. Interessado e
intrigado nas palavras da misteriosa senhora, Marcelo faz um apelo à
mãe.
-Deixe essa senhora entrar,
mãe! Ela parece estar falando sério, seja lá o que for que ela
tiver a dizer.
Riva resiste por alguns
segundos, mas acaba cedendo.
-Está certo. Entre, dona
ve... digo, minha senhora. Agora me diz uma coisa que eu fiquei
curiosa: de onde você me conhece? Como sabe que Marcelo é meu
filho? Olha aqui, se você for amiga daquela infeliz da minha avó,
tá perdendo o seu tempo porque eu não vou ouvir nenhum recado
daquela megera, valeu?
A misteriosa senhora
calmamente começa a falar, acomodando-se no sofá, a convite de
Marcelo.
-Fique calma. Não sou amiga
daquela doida da Valquíria.
-Mas pelo visto conhece ela,
né? Olha aqui, minha senhora, você tem cinco minutos pra me
explicar o que veio fazer aqui.
-Não vou precisar desse tempo
todo, Riva.
-Como você sabe o meu nome?
-Querida... não me faça
perguntas. Eu sei das coisas. Sei que você deu um duro danado pra
dar o melhor pro seu filho, que trabalha de sol a sol para que
Marcelo não precise trabalhar enquanto estuda. Eu sei das coisas,
querida. Não tenha medo.
Marcelo estranha.
-Quem tá com medo agora sou
eu. Como você sabe tanto da gente?
-Não se assuste, menino. Não
vim fazer mal a vocês. Vim dar uma boa notícia. Sei que a vida de
vocês nunca foi fácil. Sei também que você foi traído pelo
namorado e sofre por isso. Mas não se desespere. Em breve a vida de
vocês dois vai dar uma reviravolta. Vocês vão ficar ricos e você,
Marcelo, vai encontrar o amor bem debaixo do seu nariz. Mas não
pense que vai ser fácil lutar por esse amor. Amigos podem te
decepcionar. Você vai ter que abrir mão de muitas coisas. Quanto a
você, Riva, vá amanhã pela manhã na lotérica e jogue os números
que sua mente mandar na loteria. Você vai ver como estou falando a
verdade. Bem, queridos... Agora preciso ir. Não me procurem, vocês
nunca mais vão me ver na vida.
A misteriosa senhora vai
embora e deixa Riva e Marcelo perplexos. CORTA A CENA.
CENA 2: Cláudio encara o
garçom com um olhar de quem desafia. O garçom sorri e sai.
–Por
que você falou assim com ele? – pergunta Rodrigo.
–Assim,
como?
–Deixa
pra lá, Rodrigo.
Cláudio
dá um gole na cerveja, se levanta e coloca o dinheiro sobre a mesa.
–E
você está enganado, Rodrigo. Eu já te perdoei, sim.
–É?
E por que você continua agindo dessa forma?
–Porque
quem eu não perdoei foi a mim mesmo. E nunca vou me perdoar por ter
sido traído por você.
Cláudio
faz menção de ir embora.
–Cláudio,
volta aqui! Você vai se arrepender se fizer isso. Volta aqui!
Rodrigo
convence Cláudio a ficar.
-O
que foi essa cena, cara? O que foi que eu disse de errado dessa vez?
Veja bem, Claudinho, uma coisa é você ter os seus conflitos por
isso ou por aquilo, mas me colocar nesse balaio é completamente sem
propósito.
Cláudio
encara Rodrigo, com raiva.
-Sem
propósito? Cê tá falando sério? Rodrigo, posso ser muito mais
jovem que você, mas com certeza tenho uma noção de consideração
às pessoas que amo bem maior do que essa “coisa” que você chama
de consideração.
-Dá
pra ser mais claro? Não trouxe minha bola de cristal junto.
-Deixe
de ser sonso, Rodrigo. Você sabe muito bem que a lembrança da sua
traição me tortura ainda. Me sinto fraco por não conseguir acabar
com você logo de uma vez, mas alguma coisa aqui dentro insiste que
eu devo te dar uma chance. Só não espere que eu vá sempre relevar
seus erros, se você não mudar. Tudo nessa vida tem limite e não há
amor que resista à falta de lealdade.
-Cheio
de idealismos como sempre. E você falou a palavra certa: “relevar”.
Você relevou a minha atitude. Não faz a mínima ideia do que seja
perdoar. Você não sabe perdoar. Se soubesse, saberia perdoar a si
mesmo. Uma pessoa que é incapaz de perdoar a si mesma, não perdoa
os outros, no máximo releva.
-Isso
não serve de justificativa. Não sou idiota pra achar que não erro.
Mas tenho meus limites. Agora solta meu braço, me deixa ir embora.
-Fica,
Claudinho... sua cerveja tá esquentando.
-Toma
a minha cerveja, se quiser. Só não convida aquele garçom
oferecido, ok?
Cláudio
se solta de Rodrigo e parte em passos firmes.
CORTA A CENA.
CENA 3: O dia amanhece.
Marcelo termina seu café da manhã enquanto Riva termina de fritar
os últimos salgados para vender durante o dia.
-E aí, mãe... vai jogar na
loteria como aquela senhora misteriosa sugeriu?
-Olha, filho... eu não sou de
acreditar nessas coisas milagrosas e tudo mais. Mas não custa
tentar, né? Um bilhete desses não vai me quebrar. Se eu não ganhar
nada, pelo menos não perdi nada.
-Faz bem em pensar assim, mãe.
-Mas sabe o que eu pagava pra
ver mesmo, Marcelo?
-O que?
-A cara do seu ex cafajeste
chegando todo marcado naquele hotel de bacana que ele “mora”!
Riva ri. Marcelo observa a
mãe, admirado.
-Você se envolve mais nas
minhas coisas do que eu mesmo. Por isso que te amo, mãe.
Riva se emociona.
-Deixa disso, filho. Você
sempre soube que eu nunca ia deixar ninguém pisar em cima de nós,
principalmente de você. Só espero que eu seja suficiente na sua
vida...
-Claro que é, mãe. Nunca
senti falta de um pai. Depois, eu nunca ia querer saber de um sujeito
que te abandonou quando descobriu que você tava grávida de mim. Sou
feliz com essa nossa vida, pode apostar. Agora preciso ir, senão
perco o primeiro tempo.
-Vai lá, querido.
Marcelo se despede de Riva.
CORTA A CENA.
CENA 4: Rafael está
descansando no intervalo das gravações da novela juvenil da qual
ele é protagonista, quando seu colega de elenco Mateus lhe oferece
um pouco de água.
-Quer uma água? Vi que você
tá sem e nesse calor não dá pra dar bobeira nas externas...
-Obrigado, Mateus. Vem cá,
você não tinha que estar gravando com a Fernanda Rios agora?
-Deveria estar. Mas não é
que a mulher tombou na frente da gente? Baixou a pressão quando a
gente tava gravando a cena que ela ia atrás de mim exigindo
explicações pelo sumiço do meu personagem.
-Vai ver ela levou o papel de
mãe de filho problemático a sério e quis dar mais veracidade à
cena... - descontrai Rafael.
Mateus e Rafael riem. Rafael
continua.
-Mas ela tá bem, certo? Me
preocupo porque ela já ficou doente antes.
-Tá bem sim. Conheço os
fricotes da “grande estrela” que tá tentando retomar a carreira
depois dos problemas que ela teve com drogas.
-Que coisa feia, Mateus! Dando
margem pro que as revistas de fofoca falam da vida privada de gente
como a gente! Cuidado, hein... hora dessas o feitiço pode se voltar
contra você, hein?
-Olha só, cara... eu tenho
muita consideração por você, mas às vezes parece que você se
sente acima do bem e do mal por ser filho da Marion Bittencourt.
-Não viaja, cara. Se esqueceu
que minha mãe também tá fora das novelas tem tempo? Depois,
ninguém aqui é melhor que ninguém. Tira isso da sua cabeça, meu
amigo...
-Tá bem... não está mais
aqui quem falou. Acho melhor a gente voltar logo porque o diretor tá
chamando
Rafael e Mateus voltam a
gravar as externas do dia. CORTA A CENA.
CENA 5: Horas depois, Cláudio
volta para sua casa depois da aula na faculdade. Olha pro vazio,
pensando em tudo o que deixou pra trás. Sente falta da companhia de
teatro e de sua melhor amiga Laura. Resolve ligar pra ela.
–Alô?
Oi, Laura. Aqui é o Cláudio.
–Ei,
Claudinho! Cara, você sumiu! Como você está?
–Ah,
eu to bem, obrigado.
–Aconteceu
alguma coisa?
Cláudio
pensa por alguns segundos antes de falar.
–Bem,
é que preciso de um lugar pra ficar por, sei lá, uma semana. Então
pensei em sua casa, já que você mora sozinha. Do jeito que as
coisas andam com o Rodrigo, quero passar uns dias sem olhar na cara
dele.
Há
um curto silêncio na linha.
–Ah, meu amigo, eu sinto
muito, mas não posso ajudar você. Estou “casada” agora, sabia?
–É
mesmo, Laura? Que notícia maravilhosa!
–Sim!
Você se lembra do Mateus do colégio? Pois é. Agora ele tá na
novela juvenil de coadjuvante. Bem... não estamos casados, apenas
morando juntos... mas já é alguma coisa, né?
–Que bom, minha amiga. Fico
feliz por você. Se precisar de qualquer coisa, me liga. Um beijão.
Cláudio desliga e se
desespera. Fala consigo mesmo.
-Preciso dar um jeito de sair
dessa casa. Não quero olhar pra cara do safado do Rodrigo. Já me
chateei demais por causa dele e eu não tou conseguindo tolerar esse
tipo de coisa... não agora. Agora mais essa: Laura se “casou”
com aquele chato do Mateus que sempre encrencou comigo, desde a época
do colégio até à companhia de teatro. Que merda!
Cláudio procura uma
alternativa para sair de sua casa por uns dias. De repente, a
campainha toca. É Rodrigo.
-Ah, não, cara! Você não
entendeu o recado quando te deixei falando sozinho ontem, não? Dá
um tempo, Rodrigo!
-A gente precisa conversar,
Claudinho. Me deixa entrar! - apela Rodrigo. CORTA A CENA.
CENA 6: Marcelo está lendo um
livro no sofá da sala de sua casa quando Riva chega do trabalho.
-Oi mãe.
-Oi, filho. Como foi a aula
hoje?
-Ótima. Deu até pra esquecer
dos acontecimentos de ontem por um momento. Mas me conta, jogou na
loteria, afinal?
-Joguei, Marcelo. Não tenho
nada a perder mesmo, né?
-Quando vai ser o sorteio?
-Depois de amanhã. Logo a
gente vai saber se aquela velha estranha é algum tipo de adivinha ou
não.
-Sei. Não tou mais te
sentindo tão cética, mãe. Impressão minha ou você acreditou no
que aquela senhora disse?
-Não acreditei nem
desacreditei. Mas vai que ela tem uma pontinha de razão? De qualquer
jeito, a gente vai saber logo.
-Te conheço, dona Riva
Oliveira! A senhora ficou impressionada com aquela senhora e não tá
querendo dar o braço a torcer...
-Tome tento, menino! Ainda sou
tua mãe!
-Turrona como sempre...
-Olha o respeito, Marcelo!
Os dois riem.
-Bem, de qualquer maneira,
como você mesma disse... falta pouco. Vamos ver se vamos ter ou não
a sorte grande. - finaliza Marcelo. CORTA A CENA.
CENA 7: Anoitece. Laura já
está em sua casa quando Mateus chega das gravações da novela.
-Oi, amor! Como foi o dia de
gravações?
-Normal. Fernanda Rios deu
mais um daqueles fricotes no meio de uma externa. Falam as más
línguas que...
-Nem começa, Mateus. Você
não pode dar ouvidos ao que dizem as revistas de fofocas sobre a
vida de atores e atrizes como você...
-Ih... tá de conluio com o
Rafael agora?
-Por que? O que foi que Rafa
disse?
-Praticamente a mesma coisa.
Pelo visto eu preciso mudar minha postura mesmo...
-Admiro a sua humildade,
amor... mas mudando de assunto, sabe quem me ligou hoje?
-Quem?
-O Cláudio!
-Aquela bicha chata de novo?
Você despachou ele, não despachou, Lau?
-Não entendo essa sua
implicância com meu melhor amigo, Mateus...
-Não gosto dele. Não quero
ele perto da gente e ponto... vamos esquecer esse babaca, não quero
brigar.
-Certo. - fala Laura, dando-se
por vencida. CORTA A CENA.
CENA 8: Rodrigo coloca o pé
na porta da casa de Cláudio, impedindo que ele feche.
-Podemos conversar?
Cláudio
se assusta.
–Acho
que não temos mais nada pra dizer um ao outro.
–É
claro que temos. Não somos amigos.
Cláudio
ignora e finge estar ocupado com alguma coisa.
–Meu
Deus, Cláudio! Por que você não entende que eu te amo?
–Você
me ama? Mas você não consegue ser fiel a mim!
–Tudo
bem, eu traí você. Mas te pedi perdão. Eu assumi meu erro.
Cláudio
se irrita.
–É
claro que você assumiu. Eu vi tudo.
Rodrigo
perde a paciência.
–Escuta
aqui, você não é mais criança! Não precisa mais passar por isto.
Se você tá comigo é porque ainda gosta de mim e quer ficar comigo,
independente do que aconteceu. Agora, eu não vou ser obrigado a
suportar seus joguinhos. Eu sou bem mais velho que você e já vi
esse filme. Muitas vezes.
–Eu
não tou jogando com você, eu... – Cláudio tenta falar, mas
Rodrigo interrompe.
–Ah,
cê tá jogando, sim! Quer saber? Mesmo que você não me ame mais,
só te peço o mínimo de compaixão que ainda tem por mim. Pois é
isso que tem nos sustentado ultimamente.
Cláudio
se sente nocauteado.
–Não,
Rodrigo, você tá enganado. Se eu estou do seu lado é porque gosto
de você. É claro que ter perdido meus pais ainda jovem e ter morado
de favor na casa da Laura me marcou. Não sou uma pessoa sem traumas.
Tenho meus caprichos também.
Rodrigo
segura a mão de Cláudio.
–Se
você me amasse, não tentaria me deixar.
–Mas
tenho medo de tudo aquilo acontecer outra vez.
–Olha
pra mim, Claudinho.
Cláudio
obedece.
–Eu nunca mais farei isso.
Nunca mais!
Os
dois se abraçam e se beijam.
–Então,
meu lindo, você vai ficar? – pergunta Rodrigo.
Cláudio
faz que sim com a cabeça e sorri.
–Acho
que vou comer algo. Você quer? – pergunta Rodrigo.
–Mas
você acabou de comer uma torta!
-Ei...
como é que você sabe?
-Senti
o gosto dela na sua boca.
–Ah,
mas eu ainda estou com fome.
–Tudo
bem. Faça alguma coisa pra mim, também.
Rodrigo
beija Cláudio e vai para a cozinha.
Cláudio senta no sofá e liga
a TV pra se distrair com qualquer coisa, quando escuta um barulho de
vibração. Era o telefone de Rodrigo. Ele verifica pra saber se o
namorado estava por perto e resolve pegar o celular. Havia uma
mensagem. O nome do contato piscava na tela. “Juliano G.”.
Cláudio gela. De repente, no momento em que Cláudio leria a
mensagem, Rodrigo o chama e aparece no vão da porta. Cláudio joga o
telefone no sofá. CORTA A CENA.
CENA 9: Laura tenta retomar o
assunto sobre Cláudio com Mateus.
-Amor, você precisa entender
que o Cláudio não é apenas meu melhor amigo. É como o irmão que
eu não tive e surgiu na minha vida no momento que mais precisou. Ou
você esqueceu que os pais dele morreram num incêndio para salvar a
vida dele? Se coloca no lugar dele, poxa! Você se sentiria como
perdendo numa tacada só sua família com apenas treze anos?
-Veja bem, Laura. Eu sei que o
que aconteceu com o Cláudio foi uma barra imensa. Não consigo nem
imaginar o tamanho do sofrimento dele. Mas nada disso justifica ele
sempre estar presente de alguma forma entre nós dois.
-O que é que cê tá falando,
Mateus? Eu não posso acreditar que você enxerga ele como ameaça.
Seria injusto e irracional da sua parte...
-Se coloca você no meu lugar,
Lau! Quando não era ele saindo com você praticamente todos os dias
enquanto eu e você ainda não éramos namorados, todo dia você
arranja uma maneira de tocar no nome dele nos nossos assuntos!
-Se você pensa que eu vou
deixar meu amigo na mão por causa dos seus caprichos e ciúmes
completamente infantis, está muito enganado. Ele estava aflito
quando me ligou mais cedo, sabia? Parece que deu ruim entre ele e o
namorado.
-E o que é que nós temos a
ver com os problemas dele com os machos dele, mesmo? Dá um tempo,
Laura!
-Ele pediu pra passar uns dias
aqui comigo.
Mateus fica visivelmente
perturbado.
-De jeito nenhum! Nessa casa
ele entra no máximo pra fazer uma visita, tomar um café, cerveja, o
que seja! Mas ficar aqui, entre nós dois, eu não permito!
-Pois saiba você, Mateus, que
essa casa aqui é minha! Tá me ouvindo bem? Minha! Se o Cláudio
precisar ficar aqui, eu não vou pensar duas vezes em te mandar
embora.
-O que é isso, amor? Você
não me ama mais?
-Claro que amo, Mateus! Mas
não me peça pra escolher entre você e o meu melhor amigo. Não
admito esse tipo de postura vinda de um homem adulto. Vá focar no
seu trabalho, se aprimorar como ator, aproveitar suas oportunidades.
Já pensou se amanhã ou depois você consegue um papel de
protagonista? Foca em você e para de cuidar da vida dos outros,
cara!
-Tou vendo que eu sempre sobro
na situação quando essa bichinha fica entre nós...
Laura dá um tapa em Mateus.
-Lave a sua boca antes de
falar do Cláudio, tá me ouvindo?
Mateus se enfurece.
-Quer saber? Vou sair um
pouco. Ficar dentro dessa casa tá insuportável! CORTA A CENA.
CENA 10: Dois dias depois.
Riva termina sua jornada de
trabalho mais cedo, antes do filho chegar em casa da faculdade. Deixa
o que sobrou de seus salgados na geladeira, pega o seu bilhete da
loteria e dirige-se à lotérica para conferir o resultado do
sorteio. Ao chegar na lotérica, enfrenta alguma fila no atendimento,
sendo atendida poucos minutos depois.
-O seu bilhete, senhora? -
solicita a atendente.
Riva entrega o seu bilhete
para a atendente passar no sensor do sistema que possui registrado o
resultado do sorteio. O sensor apita e um letreiro acima da atendente
começa a piscar. Riva fica sem entender o que aconteceu
-O que é isso, moça? Nunca
vi isso acontecer... - fala Riva, intrigada.
-A senhora é a grande
ganhadora do prêmio máximo da loteria!
Riva não consegue acreditar
no que ouve e então olha para o letreiro dizendo “você foi
premiado(a)!”. FIM DO CAPÍTULO 4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário