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sábado, 21 de maio de 2016

CAPÍTULO 6

CENA 1: Ivan percebe que Marion está perturbada e cada vez mais raivosa diante da entrevista que acabam de assistir.
-Marion, minha querida... não precisa falar mais nada. Olha o estado que você ficou, meu amor! Chega a tremer de raiva! Quer um chá, um suco, uma água com açúcar?
Marion respira fundo antes de falar.
-Não precisa, Ivan. Quero esse sangue bem quente correndo nas minhas veias pra falar pros meus filhos o que eu deixei entalado aqui na minha garganta por quase vinte anos! - fala Marion, firme.
-Fala logo, mãe... fiquei curioso... - fala Rafael.
-E eu, assustada. - completa Mariana.
-Pois bem, meus filhos. Vocês querem saber de toda a verdade? Pois fiquem sentados, porque vocês vão cair pra trás. Sabe a avó de vocês? Eu menti sobre ela. Dona Valquíria  não presta! Nunca prestou! Eu vi minha irmã querida Marinete morrer em 92 de desgosto pela vida medíocre, quase miserável que levávamos. Não foi a tuberculose que matou ela. Foi a desilusão com a vida!
Marion começa a chorar e é amparada por Rafael. Marion prossegue a falar.
-A prima de vocês, minha sobrinha Riva, foi desde sempre como uma irmã pra mim. Crescemos juntas, sonhamos juntas, fugimos juntas! Só que a Riva não suportou quando eu conheci o pai de vocês e anunciamos nosso casamento. Ela me acusou de várias coisas, disse que eu me vendi como uma puta, arrasou comigo! Naquele dia de natal, uma parte de mim morreu. Morreu a menina que pensava que podia abraçar o mundo. Riva nunca mais me procurou, mas não pensem vocês que não fui atrás dela. Fui sim! Mas ela se recusava a falar comigo! Dizia que não tinha nada pra falar com uma puta de luxo! Ela nunca entendeu que me casei com o pai de vocês por amor, tanto que estamos aqui, hoje. Eu sei que a Riva era muito jovem quando nós rompemos, mas mesmo assim... não é fácil lembrar de tudo isso! Vocês entendem agora porque eu simplesmente não aceito essa cara de pau dela de dizer que vai nos ajudar, que vai me ajudar? Por que ela não me procurou antes? Por acaso ela tá pensando que eu ainda tou à venda e que por uma boa quantidade de dinheiro eu aceito inclusive humilhação?
Ivan pondera.
-Amor, é bom você se preparar e manter a calma. Depois dessa entrevista que foi ao ar, pode apostar que como dois e dois são quatro que amanhã pela manhã, a imprensa em peso vai estar aqui para nos entrevistar...
Marion fica tensa. CORTA A CENA.

CENA 2: Marcelo entende o olhar de reprovação vindo de Cláudio.
-Claudinho... eu posso explicar.
-Deixa pra outra hora, o Diogo já tá vindo aqui.
Diogo demonstra felicidade por ver Cláudio no bar. Os dois se cumprimentam.
-Você nos dá uma licença rapidinho? Preciso falar com o Marcelo em particular.
Cláudio vai para a frente do bar e Marcelo o segue.
-Olha, Cláudio... eu nem sei por onde começar, mas é que...
-Mas é que o que? Marcelo, você mentiu pra mim! Confessa aí: o Sandro nem apareceu por aqui com namorado nenhum, não é?
-Não... faz mais de um ano que eu não o vejo também. Mas eu sabia que se eu te dissesse que o Diogo tava aqui você não ia vir. Ou tou enganado?
-Tá coberto de razão. Eu não viria mesmo. Só espero que você tenha uma boa explicação pra essa palhaçada, Marcelo!
-Eu só acho que você e o Diogo podem ainda ser grandes amigos. Isso sem falar que aquele seu namorado nunca aparece em lugar nenhum, não quero que você se isole e se afaste das pessoas que te querem bem.
-Quero deixar bem claro que nunca, eu disse NUNCA volto atrás nas minhas decisões. Mesmo amando Diogo, a partir do momento que resolvi terminar com ele, não tem mais volta. Mas você tem razão, Marcelo... tenho certeza que eu e ele podemos ser amigos. Só me promete que nunca mais vai inventar historinha mentirosa pra mim, ok?
-Tudo bem. Agora vamos voltar, que o Diogo tá esperando por nós?
Os dois voltam para a mesa do bar. Conversam sobre amenidades com Diogo conforme a noite avança. Já meio embriagado, Diogo resolve perguntar.
–E onde está seu namorado?
–Meu “quase-ex-namorado”, você quis dizer?
Diogo ri.
–Como assim? O que isto significa exatamente?
Cláudio respira fundo.
–Algumas coisas estão acontecendo entre nós. Não acredito que isso dure mais tempo.
–Bem... se quiser, pode falar.
Cláudio olhou para os lados procurando por Marcelo e não o encontra mais. Suspira e tenta prosseguir. Não consegue encarar Diogo nos olhos.
O garçom se aproxima.
–O senhor deseja alguma coisa?
Cláudio olha para Diogo meio desconsertado.
–Traga um copo pro meu amigo, por favor. – Diogo pede. CORTA A CENA.

CENA 3: O dia amanhece. Rafael está de saída para mais um dia de gravações da novela que protagoniza, após tomar café da manhã com Ivan, Marion e Mariana.
-Bem, queridos. Preciso me apressar antes que acabe me atrasando pra gravação e o diretor fique louco comigo.
Rafael abre a porta de casa e é surpreendido por vários repórteres fazendo todo tipo de pergunta. Assustado, Rafael não sabe o que falar. Uma das repórteres faz uma pergunta.
-Agora que você tem uma prima milionária, pensa em deixar a carreira de ator e aproveitar a vida longe das telinhas?
Rafael domina seu asco pelo nível da pergunta feita pela repórter e responde.
-Eu gosto de trabalhar como ator. Nem que eu tivesse acesso a todo dinheiro do mundo eu mudaria de profissão. Mas acho que quem vocês querem entrevistar não sou eu, mas sim minha mãe. Agora vocês me dêem licença que eu não posso me atrasar pra gravação.
Rafael deixa rapidamente sua casa e os repórteres invadem a casa de Ivan e Marion sem a mínima cerimônia. Marion fica furiosa.
-Olhem aqui, seus abutres: vocês sabiam que podem ser processados por invasão de domicílio? Inclusive criminalmente!
Um dos repórteres solta um comentário maldoso
-Depois a bonita não sabe porque ninguém mais chama ela pra fazer novela... com esse banho de simpatia...
Marion respira fundo antes de falar.
-Eu ouvi isso, mocinho! Pois bem... vocês querem saber o que, afinal? Respondo as perguntas de todos vocês, ok? Só espero que vocês permitam que eu possa terminar meu café da manhã em família como uma pessoa normal, está bem?
Uma das repórteres comenta diretamente a Marion.
-Querida, uma vez que você é uma atriz, você é uma pessoa pública. Querendo ou não, você nunca vai ser uma pessoa normal.
-Eu vou fingir que não ouvi isso. Pelo visto vocês não vão sossegar, né? Pois bem: vocês vieram falar sobre minha sobrinha que ficou milionária, certo?
Uma repórter começa a falar.
-Sim. Queremos saber como você reagiu ao saber que ela vai ajudar você e sua família.
Marion pensa e respira fundo antes de falar. Sabe que não pode decepcionar seus fãs e a imprensa.
-Confesso que eu não esperava por isso. Fazia anos que eu não via minha sobrinha Riva...
Outra repórter insiste.
-Mas você ainda não disse como você reagiu.
Marion se vê sem saída.
-Fiquei feliz, né! Não é segredo pra ninguém que enfrentamos dificuldades desde que Ivan entrou em depressão e eu deixei de ser chamada para trabalhar com tanta frequência. Seja qual for a quantia que minha sobrinha estiver disposta a nos doar, sei que terá serventia para toda nossa família.
Marion não tem mais o que dizer. Procura disfarçar diante da imprensa, mas sua vontade era de dizer que queria mesmo era queimar o dinheiro oferecido por Riva numa grande fogueira. Percebendo que não vai conseguir disfarçar por muito mais tempo, Marion é definitiva.
-Agora, se vocês me dão licença, eu preciso terminar meu café da manhã em família.
A imprensa deixa a mansão dos Bittencourt. CORTA A CENA.

CENA 4: Cláudio está quase saindo de casa quando é surpreendido por Rodrigo, que o segura pelo braço.
-Bom dia, amor... não quis te acordar, tava dormindo tão bonitinho...
-Me diz onde você foi ontem à noite depois que fui dormir.
Rodrigo encara Cláudio com um tom sério.
-Ué, você não tem os seus segredos? Me deixe ter os meus também.
-Cê tava com outro? Não vai me dizer que era o Di...
-Podia até ser. Mas se te consola, infelizmente eu não tenho outro.
-Quer dizer que você saiu só de vingancinha?
-Entenda como quiser, Rodrigo. Olha só, cara... daqui a pouco eu vou acabar perdendo o ônibus.
-Você não me respondeu se quis se vingar de mim. Olha aqui, Cláudio: se você pensa que pode ter seus segredos, está muito enganado. Exijo que você sempre me diga tudo!
Cláudio fica indignado.
-Como é que é? Rodrigo, que moral você tem pra me exigir qualquer coisa, ainda mais ausência de segredos? Você vive viajando, sumindo, não diz pra onde vai, fala as coisas pela metade e ainda acha que eu não tenho direito de fazer o mesmo com você? Tenho sim! Só não faço porque devo mesmo ser o tonto que você pensa que eu sou. Comigo não tem essa história de dois pesos e duas medidas não! E quer saber? Vai embora da minha casa.
Rodrigo fica perplexo e não responde nada.
-Não ouviu, cara? Vai embora da minha casa!
-V...você está terminando comigo?
-Não ainda. Mas falta pouco pra isso. Vai depender de você. Por enquanto, é só um tempo, valeu? Preciso desse tempo, Rodrigo. Você não tem noção do quanto eu tou cansado de desconfiar de você, de olhar nos seus olhos e não encontrar a verdade que gostaria de encontrar.
-Mas eu sou sincero quando digo que te amo, Claudinho!
-Será que esse amor é suficiente? Agora eu sou “Claudinho”, né? Porque parece que você sempre coloca a si mesmo em primeiro lugar, de uma maneira egoísta. Me exclui da sua vida de várias maneiras.
-Eu nunca te excluí da minha vida desde que nos conhecemos...
-Ah é? Rodrigo, não se faça de bobo! Você me exclui quando não me diz pra que e pra onde viaja. Você me exclui quando me conta as coisas pela metade. Me exclui quando inventa que o celular está com bateria fraca quando na realidade você recebeu mensagem. E nem venha me acusar de bisbilhotar, eu não sou panaca! Reconheço o seu toque de mensagem recebida! Como é que eu posso me sentir à vontade e confiar em alguém que se esconde de mim de tantas formas?
-Mas eu... eu não faço por mal!
-Não quero ouvir suas explicações, Rodrigo. Tenho de ir à aula. Arrume suas coisas e vá embora. Quando eu voltar, não quero te encontrar ainda aqui.
-Mas...
-Tchau, Rodrigo.
Cláudio vai embora e Rodrigo chora. CORTA A CENA.

CENA 5: Horas depois, Riva chega com Marcelo em casa.
-Finalmente toda a bolada está na minha conta. Obrigada por me acompanhar, meu filho...
-Que isso, mãe... fiz questão! Conheço bem como alguns funcionários de banco podem realmente envolver as pessoas mais leigas em armadilhas que em vez de ajudar, só atrapalham. Isso sem falar nas dívidas que podem vir disso...
-Mas agora estamos milionários, Marcelo! Não teria como ter tanto prejuízo.
-Nunca duvide da vigarice das pessoas, mãe...
-Às vezes você parece mais maduro que eu.
-Para com isso, mãe. Vamos ver um pouco de TV? Tou exausto, mal dormi essa noite!
Os dois ligam a TV no exato momento que está sendo transmitida a entrevista concedida por Marion pela manhã, exatamente no trecho final.
-Mãe... não é a sua tia falando na TV?
-É ela sim...
Riva e Marcelo assistem com atenção o que Marion diz.
-Fiquei feliz, né! Não é segredo pra ninguém que enfrentamos dificuldades desde que Ivan entrou em depressão e eu deixei de ser chamada para trabalhar com tanta frequência. Seja qual for a quantia que minha sobrinha estiver disposta a nos doar, sei que terá serventia para toda nossa família.
Riva fica feliz.
-Agora sim eu tenho certeza do que eu vou fazer. Filho, você vai querer ir comigo na casa da sua tia-avó de noite? Vai ser ótimo porque eu e você vamos conhecer nossos primos, não é maravilhoso?
Marcelo estranha.
-Peraí... até pouco tempo atrás você falava dessa sua tia com uma raiva e um rancor que até me assustava... mudou de pensamento por que?
-Já andava com vontade de acertar meus ponteiros com ela, filho. Sinto falta dela nesses anos que se foram... ela era como uma irmã pra mim...
-Tá certo... - fala Marcelo, ainda surpreso. CORTA A CENA.

CENA 6: Rafael está recolhendo suas coisas após o final das gravações do dia. Mateus, já com suas coisas prontas, o chama.
-Rafa, tem um minutinho pra gente levar um papo?
-Cara, tempo eu até tenho, mas tenho que ir andando até o caixa eletrônico ao lado do estúdio D. Cê já sacou seu dinheiro?
-Saquei sim. É que eu queria a sua opinião sobre uma coisa chata que aconteceu comigo e com a Laura, dia desses...
-Pode falar, Mateus.
-Adivinha por causa de quem? Por causa daquele Cláudio, de novo!
-Poxa, cara! Você não supera mesmo essa rixa sem sentido com o Cláudio. Tem pelo menos um ano que ele deixou a companhia de teatro e você não dá um desconto pro cara? Ele é gente fina, vai por mim! Gente boníssima, por sinal...
-Mas eu não gosto daquela bichinha...
-Veja bem como fala, você sabe que eu também...
-Tá, Rafa. Não é o fato de ele ser gay. Mas ele sempre está entre mim e as pessoas que eu gosto! Desde a época do ensino médio, cara! Tem noção do que é isso?
-Perdi a conta de quantas vezes você me disse isso. Mas você precisa entender que ele é melhor amigo da Laura.
-Mas ela defende ele sempre! A gente brigou feio por causa dele! Ela me jogou na cara que a casa é dela e que se ele quiser passar uns tempos lá, ela deixa! Ia ser demais pra minha cabeça aguentar aquele pulha de novo entre mim e a Lau!
-Cara, na boa... acho que essa coisa toda tá na sua cabeça só. Você não confia no seu taco, não? A Laura tá certa de se indignar contigo, imagina você se sentindo ameaçado por um cara que simplesmente não tem a mínima chance de querer ficar com a sua namorada? Não tem sentido, Mateus!
-Vou te contar uma coisa, viu? Você e a Laura parecem que combinam de falar as mesmas coisas. Impressionante como um sempre concorda com o outro...
-Mateus, o nome disso é sensatez. Relaxa essa mente um pouco, cara!
-Mas Rafa, eu não consigo engolir o Cláudio...
-E o problema é de quem?
-Bem, olhando por esse lado...
-Então relaxa, cara! Da próxima vez tenta ser gentil com ele, eu te garanto que ele é boa gente!
Mateus concorda com Rafael, dando-se por vencido. CORTA A CENA.

CENA 7: Cláudio vai novamente ao bar e acaba encontrando Diogo ali.
-Você aqui de novo! Como vai, Diogo?
-Vou bem, e você?
-Mais ou menos... eu e Rodrigo demos um tempo.
–Então, não vai me dizer o que está acontecendo pra ter chegado a esse ponto?
Cláudio respira fundo.
–Ah, Diogo. É tão difícil falar sobre isso. Justo pra você!
–Pra mim? Por quê?
Cláudio acende um cigarro.
–Você sabe. A gente teve um romance. Construímos planos. É estranho falar contigo como se você fosse meu amigo.
Diogo segura a mão de Cláudio.
–Claudinho, entenda: sempre fui seu amigo. Sei que nós fomos muito mais que isto, mas nunca deixei de ser seu amigo.
–... Como se você fosse meu amigo, eu quis dizer. – fala Cláudio, enrubescido.
Diogo suspirou.
–Eu estou um pouco bêbado. Tenho medo do que posso dizer pra você.
O garçom traz o copo.
–Diogo, você sabe que sempre lhe pedi sinceridade. Fale o que estiver em sua cabeça. E não se esqueça de que daqui a pouco eu também estarei bêbado.
Os dois riem. CORTA A CENA.

CENA 8: Rafael, a caminho de casa, resolve parar com o carro e andar na beira do mar. Está pensativo. Senta-se na areia e seus pensamentos tomam conta.
“Até quando vou conseguir sustentar essa mentira? Tudo é tão confuso dentro de mim... amo ser ator, a fama não me assusta. Mas me assusta de verdade ter de esconder uma parte importante de mim da mídia. Me sinto como um criminoso, um marginal que foge da polícia se fingindo de gente 'de bem'. Por que as coisas tem de ser assim? Por que eu preciso mentir ser uma coisa que eu não sou pra poder realizar o sonho da minha vida, de levar alegria pra casa de milhares, talvez milhões de pessoas? Isso não é justo!”
Rafael levanta-se e anda um sobre a areia, indo de volta a seu carro. Antes de retirá-lo de onde o estacionou, permanece pensativo.
“E se eu me apaixonar amanhã ou depois? Será que vou conseguir esconder isso de todos? Droga! Me sinto impedido, proibido até de me apaixonar por um cara... só que não consigo me ver sem fazer o que faço. Meu trabalho me alegra. Mas também me mata. Mata dentro de mim a chance de viver um amor. Grande, pequeno... tanto faz. Sinto como se não tivesse permissão de amar. Viver com medo de ser flagrado pela mídia é horrível. Pior ainda é imaginar que muitas das pessoas que dizem me amar fariam chacota de mim na primeira oportunidade, se soubessem quem realmente sou...”
Rafael chora e arranca o carro, em direção à sua casa. CORTA A CENA.

CENA 9: Horas depois, Marion, Ivan, Rafael e Mariana estão reunidos em casa, quando a campainha toca. Rafael se prontifica a atender a porta.
-Deixa que eu atendo, gente!
Rafael abre a porta e tenta lembrar de onde conhece aquelas pessoas.
-Acho que já vi vocês em algum lugar... quem são vocês?
Riva se antecipa.
-Sou a Riva, sua prima. Você é o Rafael, certo?
Rafael sorri e ao mesmo tempo se encanta por Marcelo, que trata de se apresentar na sequência.
-E eu sou Marcelo, filho da Riva. Isso faz de nós primos também!
Os dois sorriem um para o outro, encantados. Rafael percebe que não anunciou a presença dos primos e volta a si.
-Por favor, entrem!
Marion não acredita quando vê Riva entrando em sua casa.
-Riva! - exclama Marion.
Mariana corre para abraçar os primos. Rafael abraça Marcelo e os dois se percebem encantados um pelo outro. Marion permanece sem reação diante de Riva.
-Não vai dar um abraço na sua sobrinha, Marion?
-Faz tanto tempo... - fala Marion, ainda impactada.
-Você é um lindo rapaz! Tem os olhos do seu pai! - continua Marion, deixando Riva desconcertada. Marion segue falando.
-Você, Riva... suba comigo até meu quarto. - ordena.
As duas sobem ao quarto de Marion, que encara Riva raivosamente.
-Agora somos só nós duas! - fala Marion, dando um tapa com toda a sua força em Riva. FIM DO CAPÍTULO 6.

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