CENA 1: Ivan percebe que Marion
está perturbada e cada vez mais raivosa diante da entrevista que
acabam de assistir.
-Marion, minha querida... não
precisa falar mais nada. Olha o estado que você ficou, meu amor!
Chega a tremer de raiva! Quer um chá, um suco, uma água com açúcar?
Marion respira fundo antes de
falar.
-Não precisa, Ivan. Quero
esse sangue bem quente correndo nas minhas veias pra falar pros meus
filhos o que eu deixei entalado aqui na minha garganta por quase
vinte anos! - fala Marion, firme.
-Fala logo, mãe... fiquei
curioso... - fala Rafael.
-E eu, assustada. - completa
Mariana.
-Pois bem, meus filhos. Vocês
querem saber de toda a verdade? Pois fiquem sentados, porque vocês
vão cair pra trás. Sabe a avó de vocês? Eu menti sobre ela. Dona
Valquíria não presta! Nunca
prestou! Eu vi minha irmã querida Marinete morrer em 92 de desgosto
pela vida medíocre, quase miserável que levávamos. Não foi a
tuberculose que matou ela. Foi a desilusão com a vida!
Marion começa a chorar e é
amparada por Rafael. Marion prossegue a falar.
-A prima de vocês, minha
sobrinha Riva, foi desde sempre como uma irmã pra mim. Crescemos
juntas, sonhamos juntas, fugimos juntas! Só que a Riva não suportou
quando eu conheci o pai de vocês e anunciamos nosso casamento. Ela
me acusou de várias coisas, disse que eu me vendi como uma puta,
arrasou comigo! Naquele dia de natal, uma parte de mim morreu. Morreu
a menina que pensava que podia abraçar o mundo. Riva nunca mais me
procurou, mas não pensem vocês que não fui atrás dela. Fui sim!
Mas ela se recusava a falar comigo! Dizia que não tinha nada pra
falar com uma puta de luxo! Ela nunca entendeu que me casei com o pai
de vocês por amor, tanto que estamos aqui, hoje. Eu sei que a Riva
era muito jovem quando nós rompemos, mas mesmo assim... não é
fácil lembrar de tudo isso! Vocês entendem agora porque eu
simplesmente não aceito essa cara de pau dela de dizer que vai nos
ajudar, que vai me ajudar? Por que ela não me procurou antes? Por
acaso ela tá pensando que eu ainda tou à venda e que por uma boa
quantidade de dinheiro eu aceito inclusive humilhação?
Ivan pondera.
-Amor, é bom você se
preparar e manter a calma. Depois dessa entrevista que foi ao ar,
pode apostar que como dois e dois são quatro que amanhã pela manhã,
a imprensa em peso vai estar aqui para nos entrevistar...
Marion fica tensa. CORTA A
CENA.
CENA 2: Marcelo entende o
olhar de reprovação vindo de Cláudio.
-Claudinho... eu posso
explicar.
-Deixa pra outra hora, o Diogo
já tá vindo aqui.
Diogo demonstra felicidade por
ver Cláudio no bar. Os dois se cumprimentam.
-Você nos dá uma licença
rapidinho? Preciso falar com o Marcelo em particular.
Cláudio vai para a frente do
bar e Marcelo o segue.
-Olha, Cláudio... eu nem sei
por onde começar, mas é que...
-Mas é que o que? Marcelo,
você mentiu pra mim! Confessa aí: o Sandro nem apareceu por aqui
com namorado nenhum, não é?
-Não... faz mais de um ano
que eu não o vejo também. Mas eu sabia que se eu te dissesse que o
Diogo tava aqui você não ia vir. Ou tou enganado?
-Tá coberto de razão. Eu não
viria mesmo. Só espero que você tenha uma boa explicação pra essa
palhaçada, Marcelo!
-Eu só acho que você e o
Diogo podem ainda ser grandes amigos. Isso sem falar que aquele seu
namorado nunca aparece em lugar nenhum, não quero que você se isole
e se afaste das pessoas que te querem bem.
-Quero deixar bem claro que
nunca, eu disse NUNCA volto atrás nas minhas decisões. Mesmo amando
Diogo, a partir do momento que resolvi terminar com ele, não tem
mais volta. Mas você tem razão, Marcelo... tenho certeza que eu e
ele podemos ser amigos. Só me promete que nunca mais vai inventar
historinha mentirosa pra mim, ok?
-Tudo bem. Agora vamos voltar,
que o Diogo tá esperando por nós?
Os dois voltam para a mesa do
bar. Conversam sobre amenidades com Diogo conforme a noite avança.
Já meio embriagado, Diogo resolve perguntar.
–E
onde está seu namorado?
–Meu
“quase-ex-namorado”, você quis dizer?
Diogo
ri.
–Como
assim? O que isto significa exatamente?
Cláudio
respira fundo.
–Algumas
coisas estão acontecendo entre nós. Não acredito que isso dure
mais tempo.
–Bem...
se quiser, pode falar.
Cláudio
olhou para os lados procurando por Marcelo e não o encontra mais.
Suspira e tenta prosseguir. Não consegue encarar Diogo nos olhos.
O
garçom se aproxima.
–O
senhor deseja alguma coisa?
Cláudio
olha para Diogo meio desconsertado.
–Traga um copo pro meu
amigo, por favor. – Diogo pede. CORTA A CENA.
CENA 3: O dia amanhece. Rafael
está de saída para mais um dia de gravações da novela que
protagoniza, após tomar café da manhã com Ivan, Marion e Mariana.
-Bem, queridos. Preciso me
apressar antes que acabe me atrasando pra gravação e o diretor
fique louco comigo.
Rafael abre a porta de casa e
é surpreendido por vários repórteres fazendo todo tipo de
pergunta. Assustado, Rafael não sabe o que falar. Uma das repórteres
faz uma pergunta.
-Agora que você tem uma prima
milionária, pensa em deixar a carreira de ator e aproveitar a vida
longe das telinhas?
Rafael domina seu asco pelo
nível da pergunta feita pela repórter e responde.
-Eu gosto de trabalhar como
ator. Nem que eu tivesse acesso a todo dinheiro do mundo eu mudaria
de profissão. Mas acho que quem vocês querem entrevistar não sou
eu, mas sim minha mãe. Agora vocês me dêem licença que eu não
posso me atrasar pra gravação.
Rafael deixa rapidamente sua
casa e os repórteres invadem a casa de Ivan e Marion sem a mínima
cerimônia. Marion fica furiosa.
-Olhem aqui, seus abutres:
vocês sabiam que podem ser processados por invasão de domicílio?
Inclusive criminalmente!
Um dos repórteres solta um
comentário maldoso
-Depois a bonita não sabe
porque ninguém mais chama ela pra fazer novela... com esse banho de
simpatia...
Marion respira fundo antes de
falar.
-Eu ouvi isso, mocinho! Pois
bem... vocês querem saber o que, afinal? Respondo as perguntas de
todos vocês, ok? Só espero que vocês permitam que eu possa
terminar meu café da manhã em família como uma pessoa normal, está
bem?
Uma das repórteres comenta
diretamente a Marion.
-Querida, uma vez que você é
uma atriz, você é uma pessoa pública. Querendo ou não, você
nunca vai ser uma pessoa normal.
-Eu vou fingir que não ouvi
isso. Pelo visto vocês não vão sossegar, né? Pois bem: vocês
vieram falar sobre minha sobrinha que ficou milionária, certo?
Uma repórter começa a falar.
-Sim. Queremos saber como você
reagiu ao saber que ela vai ajudar você e sua família.
Marion pensa e respira fundo
antes de falar. Sabe que não pode decepcionar seus fãs e a
imprensa.
-Confesso que eu não esperava
por isso. Fazia anos que eu não via minha sobrinha Riva...
Outra repórter insiste.
-Mas você ainda não disse
como você reagiu.
Marion se vê sem saída.
-Fiquei feliz, né! Não é
segredo pra ninguém que enfrentamos dificuldades desde que Ivan
entrou em depressão e eu deixei de ser chamada para trabalhar com
tanta frequência. Seja qual for a quantia que minha sobrinha estiver
disposta a nos doar, sei que terá serventia para toda nossa família.
Marion não tem mais o que
dizer. Procura disfarçar diante da imprensa, mas sua vontade era de
dizer que queria mesmo era queimar o dinheiro oferecido por Riva numa
grande fogueira. Percebendo que não vai conseguir disfarçar por
muito mais tempo, Marion é definitiva.
-Agora, se vocês me dão
licença, eu preciso terminar meu café da manhã em família.
A imprensa deixa a mansão dos
Bittencourt. CORTA A CENA.
CENA 4: Cláudio está quase
saindo de casa quando é surpreendido por Rodrigo, que o segura pelo
braço.
-Bom dia, amor... não quis te
acordar, tava dormindo tão bonitinho...
-Me diz onde você foi ontem à
noite depois que fui dormir.
Rodrigo encara Cláudio com um
tom sério.
-Ué, você não tem os seus
segredos? Me deixe ter os meus também.
-Cê tava com outro? Não vai
me dizer que era o Di...
-Podia até ser. Mas se te
consola, infelizmente eu não tenho outro.
-Quer dizer que você saiu só
de vingancinha?
-Entenda como quiser, Rodrigo.
Olha só, cara... daqui a pouco eu vou acabar perdendo o ônibus.
-Você não me respondeu se
quis se vingar de mim. Olha aqui, Cláudio: se você pensa que pode
ter seus segredos, está muito enganado. Exijo que você sempre me
diga tudo!
Cláudio fica indignado.
-Como é que é? Rodrigo, que
moral você tem pra me exigir qualquer coisa, ainda mais ausência de
segredos? Você vive viajando, sumindo, não diz pra onde vai, fala
as coisas pela metade e ainda acha que eu não tenho direito de fazer
o mesmo com você? Tenho sim! Só não faço porque devo mesmo ser o
tonto que você pensa que eu sou. Comigo não tem essa história de
dois pesos e duas medidas não! E quer saber? Vai embora da minha
casa.
Rodrigo fica perplexo e não
responde nada.
-Não ouviu, cara? Vai embora
da minha casa!
-V...você está terminando
comigo?
-Não ainda. Mas falta pouco
pra isso. Vai depender de você. Por enquanto, é só um tempo,
valeu? Preciso desse tempo, Rodrigo. Você não tem noção do quanto
eu tou cansado de desconfiar de você, de olhar nos seus olhos e não
encontrar a verdade que gostaria de encontrar.
-Mas eu sou sincero quando
digo que te amo, Claudinho!
-Será que esse amor é
suficiente? Agora eu sou “Claudinho”, né? Porque parece que você
sempre coloca a si mesmo em primeiro lugar, de uma maneira egoísta.
Me exclui da sua vida de várias maneiras.
-Eu nunca te excluí da minha
vida desde que nos conhecemos...
-Ah é? Rodrigo, não se faça
de bobo! Você me exclui quando não me diz pra que e pra onde viaja.
Você me exclui quando me conta as coisas pela metade. Me exclui
quando inventa que o celular está com bateria fraca quando na
realidade você recebeu mensagem. E nem venha me acusar de
bisbilhotar, eu não sou panaca! Reconheço o seu toque de mensagem
recebida! Como é que eu posso me sentir à vontade e confiar em
alguém que se esconde de mim de tantas formas?
-Mas eu... eu não faço por
mal!
-Não quero ouvir suas
explicações, Rodrigo. Tenho de ir à aula. Arrume suas coisas e vá
embora. Quando eu voltar, não quero te encontrar ainda aqui.
-Mas...
-Tchau, Rodrigo.
Cláudio vai embora e Rodrigo
chora. CORTA A CENA.
CENA 5: Horas depois, Riva
chega com Marcelo em casa.
-Finalmente toda a bolada está
na minha conta. Obrigada por me acompanhar, meu filho...
-Que isso, mãe... fiz
questão! Conheço bem como alguns funcionários de banco podem
realmente envolver as pessoas mais leigas em armadilhas que em vez de
ajudar, só atrapalham. Isso sem falar nas dívidas que podem vir
disso...
-Mas agora estamos
milionários, Marcelo! Não teria como ter tanto prejuízo.
-Nunca duvide da vigarice das
pessoas, mãe...
-Às vezes você parece mais
maduro que eu.
-Para com isso, mãe. Vamos
ver um pouco de TV? Tou exausto, mal dormi essa noite!
Os dois ligam a TV no exato
momento que está sendo transmitida a entrevista concedida por Marion
pela manhã, exatamente no trecho final.
-Mãe... não é a sua tia
falando na TV?
-É ela sim...
Riva e Marcelo assistem com
atenção o que Marion diz.
-Fiquei feliz, né! Não é
segredo pra ninguém que enfrentamos dificuldades desde que Ivan
entrou em depressão e eu deixei de ser chamada para trabalhar com
tanta frequência. Seja qual for a quantia que minha sobrinha estiver
disposta a nos doar, sei que terá serventia para toda nossa família.
Riva fica feliz.
-Agora sim eu tenho certeza do
que eu vou fazer. Filho, você vai querer ir comigo na casa da sua
tia-avó de noite? Vai ser ótimo porque eu e você vamos conhecer
nossos primos, não é maravilhoso?
Marcelo estranha.
-Peraí... até pouco tempo
atrás você falava dessa sua tia com uma raiva e um rancor que até
me assustava... mudou de pensamento por que?
-Já andava com vontade de
acertar meus ponteiros com ela, filho. Sinto falta dela nesses anos
que se foram... ela era como uma irmã pra mim...
-Tá certo... - fala Marcelo,
ainda surpreso. CORTA A CENA.
CENA 6: Rafael está
recolhendo suas coisas após o final das gravações do dia. Mateus,
já com suas coisas prontas, o chama.
-Rafa, tem um minutinho pra
gente levar um papo?
-Cara, tempo eu até tenho,
mas tenho que ir andando até o caixa eletrônico ao lado do estúdio
D. Cê já sacou seu dinheiro?
-Saquei sim. É que eu queria
a sua opinião sobre uma coisa chata que aconteceu comigo e com a
Laura, dia desses...
-Pode falar, Mateus.
-Adivinha por causa de quem?
Por causa daquele Cláudio, de novo!
-Poxa, cara! Você não supera
mesmo essa rixa sem sentido com o Cláudio. Tem pelo menos um ano que
ele deixou a companhia de teatro e você não dá um desconto pro
cara? Ele é gente fina, vai por mim! Gente boníssima, por sinal...
-Mas eu não gosto daquela
bichinha...
-Veja bem como fala, você
sabe que eu também...
-Tá, Rafa. Não é o fato de
ele ser gay. Mas ele sempre está entre mim e as pessoas que eu
gosto! Desde a época do ensino médio, cara! Tem noção do que é
isso?
-Perdi a conta de quantas
vezes você me disse isso. Mas você precisa entender que ele é
melhor amigo da Laura.
-Mas ela defende ele sempre! A
gente brigou feio por causa dele! Ela me jogou na cara que a casa é
dela e que se ele quiser passar uns tempos lá, ela deixa! Ia ser
demais pra minha cabeça aguentar aquele pulha de novo entre mim e a
Lau!
-Cara, na boa... acho que essa
coisa toda tá na sua cabeça só. Você não confia no seu taco,
não? A Laura tá certa de se indignar contigo, imagina você se
sentindo ameaçado por um cara que simplesmente não tem a mínima
chance de querer ficar com a sua namorada? Não tem sentido, Mateus!
-Vou te contar uma coisa, viu?
Você e a Laura parecem que combinam de falar as mesmas coisas.
Impressionante como um sempre concorda com o outro...
-Mateus, o nome disso é
sensatez. Relaxa essa mente um pouco, cara!
-Mas Rafa, eu não consigo
engolir o Cláudio...
-E o problema é de quem?
-Bem, olhando por esse lado...
-Então relaxa, cara! Da
próxima vez tenta ser gentil com ele, eu te garanto que ele é boa
gente!
Mateus concorda com Rafael,
dando-se por vencido. CORTA A CENA.
CENA 7: Cláudio vai novamente
ao bar e acaba encontrando Diogo ali.
-Você aqui de novo! Como vai,
Diogo?
-Vou bem, e você?
-Mais ou menos... eu e Rodrigo
demos um tempo.
–Então, não vai me dizer o
que está acontecendo pra ter chegado a esse ponto?
Cláudio
respira fundo.
–Ah,
Diogo. É tão difícil falar sobre isso. Justo pra você!
–Pra
mim? Por quê?
Cláudio
acende um cigarro.
–Você
sabe. A gente teve um romance. Construímos planos. É estranho falar
contigo como se você fosse meu amigo.
Diogo
segura a mão de Cláudio.
–Claudinho,
entenda: sempre fui seu amigo. Sei que nós fomos muito mais que
isto, mas nunca deixei de ser seu amigo.
–...
Como se você fosse só
meu amigo, eu quis dizer. – fala Cláudio, enrubescido.
Diogo
suspirou.
–Eu
estou um pouco bêbado. Tenho medo do que posso dizer pra você.
O
garçom traz o copo.
–Diogo,
você sabe que sempre lhe pedi sinceridade. Fale o que estiver em sua
cabeça. E não se esqueça de que daqui a pouco eu também
estarei bêbado.
Os dois riem. CORTA A CENA.
CENA 8: Rafael, a caminho de
casa, resolve parar com o carro e andar na beira do mar. Está
pensativo. Senta-se na areia e seus pensamentos tomam conta.
“Até quando vou
conseguir sustentar essa mentira? Tudo é tão confuso dentro de
mim... amo ser ator, a fama não me assusta. Mas me assusta de
verdade ter de esconder uma parte importante de mim da mídia. Me
sinto como um criminoso, um marginal que foge da polícia se fingindo
de gente 'de bem'. Por que as coisas tem de ser assim? Por que eu
preciso mentir ser uma coisa que eu não sou pra poder realizar o
sonho da minha vida, de levar alegria pra casa de milhares, talvez
milhões de pessoas? Isso não é justo!”
Rafael levanta-se e anda um
sobre a areia, indo de volta a seu carro. Antes de retirá-lo de onde
o estacionou, permanece pensativo.
“E se eu me apaixonar
amanhã ou depois? Será que vou conseguir esconder isso de todos?
Droga! Me sinto impedido, proibido até de me apaixonar por um
cara... só que não consigo me ver sem fazer o que faço. Meu
trabalho me alegra. Mas também me mata. Mata dentro de mim a chance
de viver um amor. Grande, pequeno... tanto faz. Sinto como se não
tivesse permissão de amar. Viver com medo de ser flagrado pela mídia
é horrível. Pior ainda é imaginar que muitas das pessoas que dizem
me amar fariam chacota de mim na primeira oportunidade, se soubessem
quem realmente sou...”
Rafael chora e arranca
o carro, em direção à sua casa. CORTA A CENA.
CENA 9: Horas depois, Marion,
Ivan, Rafael e Mariana estão reunidos em casa, quando a campainha
toca. Rafael se prontifica a atender a porta.
-Deixa que eu atendo, gente!
Rafael abre a porta e tenta
lembrar de onde conhece aquelas pessoas.
-Acho que já vi vocês em
algum lugar... quem são vocês?
Riva se antecipa.
-Sou a Riva, sua prima. Você
é o Rafael, certo?
Rafael sorri e ao mesmo tempo
se encanta por Marcelo, que trata de se apresentar na sequência.
-E eu sou Marcelo, filho da
Riva. Isso faz de nós primos também!
Os dois sorriem um para o
outro, encantados. Rafael percebe que não anunciou a presença dos
primos e volta a si.
-Por favor, entrem!
Marion não acredita quando vê
Riva entrando em sua casa.
-Riva! - exclama Marion.
Mariana corre para abraçar os
primos. Rafael abraça Marcelo e os dois se percebem encantados um
pelo outro. Marion permanece sem reação diante de Riva.
-Não vai dar um abraço na
sua sobrinha, Marion?
-Faz tanto tempo... - fala
Marion, ainda impactada.
-Você é um lindo rapaz! Tem
os olhos do seu pai! - continua Marion, deixando Riva desconcertada.
Marion segue falando.
-Você, Riva... suba comigo
até meu quarto. - ordena.
As duas sobem ao quarto de
Marion, que encara Riva raivosamente.
-Agora somos só nós duas! -
fala Marion, dando um tapa com toda a sua força em Riva. FIM DO
CAPÍTULO 6.
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