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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

CAPÍTULO 121

CENA 1: Cláudio se recusa a acreditar nas palavras de Bruno.
-Não acredito que logo você tá me falando uma barbaridade dessas, Bruno. Não foi você que ficou todo animado e feliz com a proximidade do nosso casamento? Não consigo entender o sentido disso. Aliás, não sei se eu quero entender!
-Pelo menos uma vez na vida você poderia tentar deixar de ser tão infantil e egoísta pra certas coisas, principalmente quando se trata de vida amorosa. Será que não vê a gravidade da situação? É a minha mãe, cacete!
-Pra que você tá me tratando desse jeito? Eu não mereço isso!
-Tá vendo como é tudo sempre sobre você, Cláudio? “Eu, eu, eu”, parece que todo mundo gira ao seu redor! A vida não é assim, meu amor. Veja, eu não quero brigar, mas sinceramente achei que você já tivesse superado essa sua mania de sempre ver as coisas só pelo seu ponto de vista, pelo seu próprio olhar, pelo seu próprio mundo. Poxa vida, Cláudio! Você não aprendeu nada desde aquela palhaçada que você fez com o Marcelo antes mesmo de saber que ele é seu irmão? Será que nenhum amadurecimento emocional aconteceu aí dentro depois de descobrir que tem um pai vivo e ainda ter de passar por todo aquele estresse que envolveu a prisão do Guilherme? Caramba, moleque! Cresce!
-Mas me diz se você acha justo a gente adiar a nossa felicidade justo agora? Eu tenho fé que tudo vai se resolver e sua mãe vai estar bem, maravilhosa pro nosso casamento!
-Encare a realidade, meu amor. As coisas nem sempre funcionam do jeitinho que a gente quer, por mais bem intencionado que a gente seja. Você já tem idade o suficiente pra lidar com imprevistos. É óbvio que eu quero casar com você, construir essa história ao seu lado. Mas será que te custa tanto assim entender que a gente não pode se casar enquanto o mundo desaba sobre a minha cabeça e a cabeça do meu pai? Empatia, Cláudio... essa é a palavra.
-Desculpa, Bruno... eu não sabia que isso ia te deixar assim. Eu gosto muito da sua mãe, mesmo conhecendo ela há pouco tempo... e é por isso que eu torço pra que tudo fique bem... pra que ela saia dessa. Tenho fé que vai.
-Eu sei disso, amor. De verdade. Mas fé e pensamento positivo são paliativos. Podem até ajudar, mas só quem pode resolver isso são os médicos, é a medicina especializada. E eu vim pensando enquanto a gente voltava do hospital sobre a questão do transplante... a possibilidade da minha mãe não resistir é real, uma vez que ela está em último lugar na fila do transplante, que mesmo sendo pequena, não significa que não demore pra esse rim chegar. A questão aqui é que a gente tá correndo contra o tempo, entende?
-Claro... e por isso que você não quer o casamento pra daqui três semanas, com essa bomba estourando em cima da gente... desculpa não ter entendido antes, amor... de coração, não foi por mal.
-Eu já te desculpei. Se discuti contigo é porque tem vezes que você encasqueta tanto com as coisas que só entende quando a gente aumenta a voz...
-Eu sei que não sou uma pessoa fácil...
-Mas é desse jeito que eu te amo... eu te aceito como você é... e você vai precisar também aceitar uma decisão que eu tomei.
-Que decisão, Bruno?
-Eu sei como salvar a vida da minha mãe.
-Posso saber como? Porque ainda agora você tava me dizendo que rezar não adianta...
-Não é mandando energias que ela vai ser salva. Eu vou salvar a minha mãe.
-Como é que é? Me explica isso direito.
-Desde que sou pequeno eu sei que tenho o mesmo tipo sanguíneo dela... e por ser filho dela, a compatibilidade para um transplante deve ser a ideal. E é por isso que eu tomei a decisão de doar um rim meu pra minha mãe.
Bruno se emociona e Cláudio fica comovido com o gesto dele.
-Que coisa mais linda, amor... eu nem tenho palavras...
-Só diz que entende a minha decisão, Cláudio.
-Óbvio que entendo. Entendo e apoio! Você é a melhor pessoa que conheci nessa vida, o coração mais puro e bondoso com que eu tenho o prazer de conviver... eu te amo mais que qualquer um que já tenha passado pela minha vida. É por isso que você queria adiar o casamento, não é?
-Exatamente, amor. E eu te amo demais também! Mas amo minha mãe e sei que posso fazer algo de imediato pra que ela viva bem, sem correr risco de morrer. É a coisa certa a ser feita.
-Nunca se esqueça que eu morro de orgulho de você, Bruno. Você mudou a minha vida.
-E você salvou a minha vida...
Os dois se beijam, emocionados. CORTA A CENA.

CENA 2: Marcelo chama todos para animarem Márcio.
-Então, gente... desculpa chamar vocês todos aqui, mas acho que o meu pai anda precisando ouvir coisas boas pra entender de uma vez por todas que é sim uma boa pessoa, que pode e deve se libertar do passado e da Suzanne... - fala Marcelo.
-Filho... não precisava desse trabalho todo! Gente, desculpa, eu nem devia ter vindo hoje aqui incomodar vocês... eu vou ficar bem. - fala Márcio.
-Nada disso, sogrão! Onde já se viu? Você também é da família, do seu jeito torto, mas é. Olha pra tudo o que você já conseguiu, cara! Provou que quer ser um pai presente na vida dos filhos, conseguiu vencer as barreiras do Cláudio e olha que aquele viado é difícil, viu? Fez a coisa certa, apesar de amar a Suzanne... você é digno, nunca se esqueça disso. - fala Rafael.
-Eu lembro do que a que a gente se conheceu, Márcio. Você me salvou daquele tarado que tinha dado carona pra mim e pra Riva lá na rodoviária, quando a gente ia ir pro Rio de Janeiro. Quantas pessoas estavam passando por ali naquele momento e fingiam que nada tava acontecendo? Você teve peito e coragem de enfrentar aquele verme e me livrou de ser estuprada. Você foi o meu herói aquele dia e eu nunca vou esquecer disso, tá me ouvindo? No fundo você sempre foi bom, só levou tempo pra descobrir isso dentro de si... - fala Marion.
-Te conheço pouco e tive uma má impressão a seu respeito no começo, por tudo o que sabia de você. Mas vejo que você é um cara do bem, que apesar de tudo acaba arranjando de fazer o que é certo, cedo ou tarde. Valorizo isso. Não fique triste por Suzanne, ela merece pagar pelos crimes que cometeu, não você. - fala Vicente.
-Confesso que tive medo quando você se reaproximou da gente, Márcio. Mas o tempo foi mostrando que você sempre foi essa pessoa de coração generoso. Agiu errado porque estava cego de amor pela Suzanne e no final das contas eu não saberia ter raiva de um homem que me deu como presente o Marcelo nessa vida... - fala Riva.
-Eu gosto de você, Márcio. Não cabe a mim te julgar. Viva o agora, porque o agora é feliz. - fala Mariana.
-Faço coro com a minha neta. Gosto de você de graça, Márcio. Não costumo me enganar com as pessoas. - fala Valquíria.
-E eu entendo como é viver cercado por dilemas e segredos. Vivi isso na minha pele e ainda hoje luto contra o vício no jogo. Nunca me senti capaz de julgar qualquer pessoa nessa vida, muito menos você, Márcio. Você é e sempre foi esse cara bom, dá pra ver pelo olhar. A Suzanne foi um erro na sua vida, mas todos nós cometemos erros aqui. Faz parte de sermos humanos. Não se entregue. Resista! Você consegue superar tudo isso. - estimula Ivan.
Márcio fica profundamente emocionado com o carinho de todos.
-Ô, gente... que isso! Eu não mereço tanto assim. Tenho é muita sorte de ter pessoas como vocês nessa vida. Acho que do meu jeito eu amo essa família torta que eu arranjei... - fala Márcio.
-Isso é pra você ver como é querido, pai. E já que você se sente tão acolhido, você está convocado a passar a noite aqui com a gente. Não tem recusa. Você ligue para Raquel e avise, que hoje o teu filho vai te paparicar sim senhor! - fala Marcelo.
Todos abraçam Márcio. CORTA A CENA.

CENA 3: No final da manhã do dia seguinte, Adelaide, Cleiton, Regina e Geraldo terminam de gravar um vídeo sobre serem pais de LGBTs na casa de Eva e Renata.
-Tá ótimo, gente! Vocês arrasaram! - fala Eva.
-Tem certeza, filha? Eu gaguejei tanto... - fala Geraldo.
-Pode parar, seu Geraldo. Até parece que você não sabe que a gente edita tudo direitinho, não é? - fala Renata.
-E o que eu falei, filha? Ficou bom? - pergunta Adelaide.
-Ficou divino, mãe! É impressionante como você realmente entrou de cabeça na luta, na militância pelas minorias. - fala Renata.
-E o mais admirável de tudo isso, dona Adelaide, é que você entende que o seu lugar nessa luta é apoiando as minorias, mas não querendo ser a voz delas. - continua Eva.
-Mas isso não é óbvio, gente? O protagonismo das lutas pertencem às classes oprimidas. - fala Regina.
-Sim, Regina... mas venhamos e convenhamos que há um pessoal das minorias, como nós, que acaba achando que qualquer hetero ou qualquer pessoa que não se encaixe nos grupos oprimidos não pode nem apoiar a luta que já tá querendo roubar protagonismo... sendo que na prática todo o apoio é necessário e bem vindo... - fala Renata.
-Ainda acho, minha filha, que a gente não faz nada além da nossa obrigação, como seres humanos e cidadãos que somos. Não quero palmas por ter chegado à conclusão de que as minorias merecem voz e espaço. Até porque eu só posso falar pelas mulheres, mas não pelos LGBTs ou negros. - fala Adelaide.
-É exatamente essa a ideia, querida. Entender que a luta é de todos, mas que o hetero, o cis, o branco e as parcelas da sociedade que não são atingidas pelas opressões cotidianas não merecem palmas nem biscoitinho por fazerem justamente o que você disse: a sua obrigação como cidadãos e seres humanos... - fala Eva.
-O papo de vocês tá maravilhoso e eu podia passar horas ouvindo essas musas da minha vida falando, mas vamos falar de coisa boa? Já é quase hora do almoço e eu pensei que a gente poderia chamar umas pizzas pra gente comer, o que vocês acham? - fala Cleiton.
-Ai, pai, ainda bem que cê falou nisso. Tou verde de fome! - fala Renata.
-E depois de gravar esse vídeo, a gente tá bem que merecendo um banquete... - fala Geraldo.
-Nossa, nem me fala, querido. Quantas horas a gente ficou gravando esse vídeo pra vocês, mesmo? - pergunta Regina.
-Mais de duas horas. Mas reunimos material suficiente para pelo menos três vídeos, o que já é mais que maravilhoso! - fala Eva.
-Então chega de enrolação e bora chamar a pizza antes que meu intestino grude na minha coluna cervical! - brinca Renata.
CORTA A CENA.

CENA 4: Riva questiona Vicente sobre o terreno ao lado.
-Conseguiu falar com o pessoal da imobiliária?
-Não apenas consegui como comprei o terreno ao lado. Só me dei conta que ia ser preciso depois de mostrar a planta aos meninos, mas saiu barato, acredita?
-Quanto?
-Trezentos e dezoito mil reais.
-Ai, que coisa boa, amor! Mas você não devia ter fechado o negócio sem antes falar comigo. A gente podia rachar essa conta.
-Deixe de ser orgulhosa, Riva. Eu também sou rico, esqueceu?
-Mas eu podia dividir essa conta com você, amor. Assim não sentiria que estou deixando você fazer tudo sozinho, te explorando...
-Você é mesmo uma boba... uma boba cheia de escrúpulos que eu amo. Você é mais rica que eu, ou se esqueceu disso também? Não teria como você me explorar, sua encanadinha...
-Bobo é você. E orgulhoso também... não devia ficar com esse orgulho bobo de macho alfa que nem combina com você.
-Mas não é minha intenção ser machista, amor.
-Mesmo assim você reproduziu uma atitude machista ao tomar a frente de tudo sem dividir as despesas comigo... mas eu entendo que não foi sua intenção. Quanto ao que a gente vai desembolsar na construção desse complexo de estúdios pra nossa produtora, eu não aceito negativas: vai entrar o meu dinheiro nisso sim senhor!
-E eu tenho como discordar de você?
-Ainda bem que você tem amor à vida.
Os dois se divertem juntos. CORTA A CENA.

CENA 5: Cláudio e Bruno estão no hospital esperando o resultado do exame de Bruno e Bruno demonstra apreensão.
-Não entendo, amor... você não disse que tem certeza que é cem por cento compatível com a sua mãe e só falta a confirmação? Pra que esse nervosismo todo?
-Fico nervoso é por não saber ao certo se eu tou liberado pra doar esse rim, entende? Vai que eu tou com alguma coisa que me impeça?
-Tira isso da cabeça, amor... você vai ver como vai dar tudo certo.
-Deus te ouça.
-Há de ouvir, Bruno. E o seu pai, não quis sair de perto da sua mãe?
-Não quis. Diz que ficar perto dela é mais seguro...
-Já tou começando a me acostumar com as manias do seu pai.
-Ele é ótimo, não é?
-Claro que é. Ele e sua mãe são pessoas maravilhosas. E convenhamos que a melhor reação que eu vi na minha vida diante da sua sexualidade foi a deles. Morro de rir só de lembrar!
-Agora vê se pode... os dois fazendo aposta pelas minhas costas e a dona Vânia ainda rindo na cara do seu Setembrino porque ele perdeu a aposta. Esses meus pais são mesmo umas figuras! Nem quero pensar em viver sem eles tão cedo, muito menos sem minha mãe.
-Você não vai ter de viver sem ela porque eu já te disse que tudo isso vai dar certo. Sua vontade de salvar sua mãe vai fazer com que tudo isso corra bem, você vai ver, amor...
-Que assim seja, Cláudio...
O médico se aproxima.
-E aí, doutor?
-Felizmente não há nenhum impedimento para a realização do transplante e você é realmente completamente compatível com sua mãe. Você poderia inclusive doar amanhã, se quisesse.
-Claro que eu quero! Minha mãe precisa ser salva!
Bruno abraça o médico e Cláudio. CORTA A CENA.

CENA 6: Mateus aproveita o horário do intervalo para conversar com Laura, já que Haroldo foi buscar os lanches deles.
-Sabe, Laura... eu sei que não devia pensar essas besteiras, mas...
-Mas o que?
-Ainda fico com medo que a gente seja julgado por eu ser um cara famoso, uma pessoa pública, sabe? O Haroldo também, querendo ou não, é relativamente uma pessoa pública...
-E eu tenho me tornado aos poucos uma pessoa pública através da internet. Mas enfim... qual é o ponto da sua preocupação que eu não peguei?
-Os conservadores, pra variar.
-Você não acha que está exagerando um pouco?
-Talvez esteja. Mas sinceramente eu ando cansado de um monte de coisas.
-Como o que, por exemplo?
-Dessa coisa de ainda estar na emissora. Não que eu queira desesperadamente voltar pra TV, já superei essa fase, mas eu tou achando que não vão renovar meu contrato depois que eu assumi me relacionar com o Haroldo e com você ao mesmo tempo.
-Mas você se arrepende de alguma coisa?
-Não. De vocês nunca. Mas tou começando a repensar muita coisa.
-Então é isso que te dá medo, Mateus... você mesmo se responde quando diz isso. O seu medo não é perder o que já não faz mais tanto sentido assim pra você... o seu medo é do desconhecido, de se atirar na estrada da vida sem saber quantas curvas te esperam no caminho... só que a vida nunca foi e nunca vai ser uma estrada reta, entende? O medo pode e deve existir, não para nos acuar, mas sim para nos impulsionar a termos coragem, que se não fosse pela existência do medo, não teria razão de ser.
-Nossa, Laura... você fala cada coisa certeira de vez em quando que parece que você me conhece melhor que eu.
-São os anos estando contigo, bobo. Primeiro no nosso namoro convencional, agora nesse nosso novo namoro. Eu aprendi a ler você por dentro. A gente sempre vai conviver com nossos medos, mas podemos acolher cada um deles e fazer deles nossos aliados, não nossos inimigos, entende?
-Eu te amo, Laura.
-Eu sei.
-Convencida!
Os dois riem. Haroldo chega com o lanche deles. CORTA A CENA.

CENA 7: Rafael conversa com Marcelo sobre a ideia de desenvolver o texto que começou a escrever.
-Então é isso, amor... eu quero roteirizar esse texto, o que você acha?
-Não tava dando muita coisa antes de ler, Rafa... mas é sensacional a temática dessa sinopse!
-Você achou? Ainda fico inseguro em relação a isso...
-Pois não devia. Além de tratar da temática LGBT sob um ponto de vista maduro e amplo, incluindo na temática vários assuntos que definitivamente são pertinentes, se você desenvolver esse roteiro de uma forma bem distribuída, tem como costurar todas as tramas numa só!
-Tava pensando justamente nisso, Marcelo. Mas nunca fiz antes e confesso que morro de medo de criar situações um tanto quanto... irreais, fora da realidade.
-Você não vai saber se não tentar. Depois, como a ideia é apresentar depois o roteiro pro Vicente e o projeto da produtora tá só começando, tempo não vai faltar de ajustar o que for necessário, revisar... essas coisas, sabe?
-Se eu te pedir pra me ajudar, você me ajuda?
-E você ainda me pergunta, amor? Sou seu marido ou um colega de quarto? Evidente que ajudo, no que for preciso. Mesmo!
-Dá um frio na barriga, Marcelo... é uma coisa completamente nova. Estamos prestes a nos atirar num grande desconhecido.
-Adoro perigo! Melhor dizendo: atoron perigon! - descontrai Marcelo.
-Tem como ficar tenso com você?
-Não sei, me responde você: tem como?
-Acho que não. Se você soubesse o quanto me inspira e me dá força pra buscar as coisas que realmente quero...
-Até acho que sei, viu Rafa?
-Tava demorando. Não dá pra gente elogiar o viado um segundinho e ele já fica se achando... acho que tá precisando de uma lição.
Rafael faz cócegas em Marcelo e os dois se divertem. CORTA A CENA.

CENA 8: Raquel liga para Riva.
-Oi Raquel, que surpresa! Diga o que precisa...
-Então, Riva... é que eu ando bastante desanimada com as investigações que aconteceram no caso da Suzanne até agora, que não levaram a lugar nenhum...
-Sei.
-E foi aí que eu lembrei de uma coisa que pode interessar você.
-Do que se trata, Raquel?
-Sobre a sua gargantilha, que foi roubada pelo Márcio e que a Suzanne se apossou durante todos esses anos, até você resgatar.
-Ah... acho que entendi onde você quer chegar. Você quer que eu diga isso aos policiais?
-Exatamente, querida. Você pensa em fazer isso?
-Não vou mentir, Raquel... já pensei sim, mas você percebe que isso pode acabar prejudicando o Márcio que, apesar de ter executado o roubo, não merece mais ser punido?
-Nada vai acontecer a ele se você disser exatamente como tudo funcionou, Riva... confia no que eu digo!
-Não sei, Raquel... nós falamos sobre isso em outro momento, tá? Agora vou precisar desligar. Beijo, querida!
Riva desliga e Raquel fica pensativa. CORTA A CENA.

CENA 9: Marion atende a um oficial de justiça que bate na mansão dos Bittencourt.
-Olá. Sou Valério Fernandes, oficial de justiça.
-Pois não, gostaria de comunicar alguém de alguma coisa? - pergunta Marion.
-Na verdade eu vim lhe entregar um documento pra assinar, dona Marion... nem sei como começar a dizer isso, mas... estou cumprindo ordens. - fala Valério.
-Comece pelo começo, querido. Não se acanhe.
-Bem, eu prefiro que você leia a intimação...
Marion pega a intimação e fica revoltada.
-É isso mesmo que eu entendi? Que filho da pu... desculpe, você não tem culpa...
-Infelizmente sim. Você está sendo processada pela emissora.
FIM DO CAPÍTULO 121.

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