CENA 1: Cláudio se recusa a
acreditar nas palavras de Bruno.
-Não acredito que logo você
tá me falando uma barbaridade dessas, Bruno. Não foi você que
ficou todo animado e feliz com a proximidade do nosso casamento? Não
consigo entender o sentido disso. Aliás, não sei se eu quero
entender!
-Pelo menos uma vez na vida
você poderia tentar deixar de ser tão infantil e egoísta pra
certas coisas, principalmente quando se trata de vida amorosa. Será
que não vê a gravidade da situação? É a minha mãe, cacete!
-Pra que você tá me tratando
desse jeito? Eu não mereço isso!
-Tá vendo como é tudo sempre
sobre você, Cláudio? “Eu, eu, eu”, parece que todo mundo gira
ao seu redor! A vida não é assim, meu amor. Veja, eu não quero
brigar, mas sinceramente achei que você já tivesse superado essa
sua mania de sempre ver as coisas só pelo seu ponto de vista, pelo
seu próprio olhar, pelo seu próprio mundo. Poxa vida, Cláudio!
Você não aprendeu nada desde aquela palhaçada que você fez com o
Marcelo antes mesmo de saber que ele é seu irmão? Será que nenhum
amadurecimento emocional aconteceu aí dentro depois de descobrir que
tem um pai vivo e ainda ter de passar por todo aquele estresse que
envolveu a prisão do Guilherme? Caramba, moleque! Cresce!
-Mas me diz se você acha
justo a gente adiar a nossa felicidade justo agora? Eu tenho fé que
tudo vai se resolver e sua mãe vai estar bem, maravilhosa pro nosso
casamento!
-Encare a realidade, meu amor.
As coisas nem sempre funcionam do jeitinho que a gente quer, por mais
bem intencionado que a gente seja. Você já tem idade o suficiente
pra lidar com imprevistos. É óbvio que eu quero casar com você,
construir essa história ao seu lado. Mas será que te custa tanto
assim entender que a gente não pode se casar enquanto o mundo desaba
sobre a minha cabeça e a cabeça do meu pai? Empatia, Cláudio...
essa é a palavra.
-Desculpa, Bruno... eu não
sabia que isso ia te deixar assim. Eu gosto muito da sua mãe, mesmo
conhecendo ela há pouco tempo... e é por isso que eu torço pra que
tudo fique bem... pra que ela saia dessa. Tenho fé que vai.
-Eu sei disso, amor. De
verdade. Mas fé e pensamento positivo são paliativos. Podem até
ajudar, mas só quem pode resolver isso são os médicos, é a
medicina especializada. E eu vim pensando enquanto a gente voltava do
hospital sobre a questão do transplante... a possibilidade da minha
mãe não resistir é real, uma vez que ela está em último lugar na
fila do transplante, que mesmo sendo pequena, não significa que não
demore pra esse rim chegar. A questão aqui é que a gente tá
correndo contra o tempo, entende?
-Claro... e por isso que você
não quer o casamento pra daqui três semanas, com essa bomba
estourando em cima da gente... desculpa não ter entendido antes,
amor... de coração, não foi por mal.
-Eu já te desculpei. Se
discuti contigo é porque tem vezes que você encasqueta tanto com as
coisas que só entende quando a gente aumenta a voz...
-Eu sei que não sou uma
pessoa fácil...
-Mas é desse jeito que eu te
amo... eu te aceito como você é... e você vai precisar também
aceitar uma decisão que eu tomei.
-Que decisão, Bruno?
-Eu sei como salvar a vida da
minha mãe.
-Posso saber como? Porque
ainda agora você tava me dizendo que rezar não adianta...
-Não é mandando energias que
ela vai ser salva. Eu vou salvar a minha mãe.
-Como é que é? Me explica
isso direito.
-Desde que sou pequeno eu sei
que tenho o mesmo tipo sanguíneo dela... e por ser filho dela, a
compatibilidade para um transplante deve ser a ideal. E é por isso
que eu tomei a decisão de doar um rim meu pra minha mãe.
Bruno se emociona e Cláudio
fica comovido com o gesto dele.
-Que coisa mais linda, amor...
eu nem tenho palavras...
-Só diz que entende a minha
decisão, Cláudio.
-Óbvio que entendo. Entendo e
apoio! Você é a melhor pessoa que conheci nessa vida, o coração
mais puro e bondoso com que eu tenho o prazer de conviver... eu te
amo mais que qualquer um que já tenha passado pela minha vida. É
por isso que você queria adiar o casamento, não é?
-Exatamente, amor. E eu te amo
demais também! Mas amo minha mãe e sei que posso fazer algo de
imediato pra que ela viva bem, sem correr risco de morrer. É a coisa
certa a ser feita.
-Nunca se esqueça que eu
morro de orgulho de você, Bruno. Você mudou a minha vida.
-E você salvou a minha
vida...
Os dois se beijam,
emocionados. CORTA A CENA.
CENA 2: Marcelo chama todos
para animarem Márcio.
-Então, gente... desculpa
chamar vocês todos aqui, mas acho que o meu pai anda precisando
ouvir coisas boas pra entender de uma vez por todas que é sim uma
boa pessoa, que pode e deve se libertar do passado e da Suzanne... -
fala Marcelo.
-Filho... não precisava desse
trabalho todo! Gente, desculpa, eu nem devia ter vindo hoje aqui
incomodar vocês... eu vou ficar bem. - fala Márcio.
-Nada disso, sogrão! Onde já
se viu? Você também é da família, do seu jeito torto, mas é.
Olha pra tudo o que você já conseguiu, cara! Provou que quer ser um
pai presente na vida dos filhos, conseguiu vencer as barreiras do
Cláudio e olha que aquele viado é difícil, viu? Fez a coisa certa,
apesar de amar a Suzanne... você é digno, nunca se esqueça disso.
- fala Rafael.
-Eu lembro do que a que a
gente se conheceu, Márcio. Você me salvou daquele tarado que tinha
dado carona pra mim e pra Riva lá na rodoviária, quando a gente ia
ir pro Rio de Janeiro. Quantas pessoas estavam passando por ali
naquele momento e fingiam que nada tava acontecendo? Você teve peito
e coragem de enfrentar aquele verme e me livrou de ser estuprada.
Você foi o meu herói aquele dia e eu nunca vou esquecer disso, tá
me ouvindo? No fundo você sempre foi bom, só levou tempo pra
descobrir isso dentro de si... - fala Marion.
-Te conheço pouco e tive uma
má impressão a seu respeito no começo, por tudo o que sabia de
você. Mas vejo que você é um cara do bem, que apesar de tudo acaba
arranjando de fazer o que é certo, cedo ou tarde. Valorizo isso. Não
fique triste por Suzanne, ela merece pagar pelos crimes que cometeu,
não você. - fala Vicente.
-Confesso que tive medo quando
você se reaproximou da gente, Márcio. Mas o tempo foi mostrando que
você sempre foi essa pessoa de coração generoso. Agiu errado
porque estava cego de amor pela Suzanne e no final das contas eu não
saberia ter raiva de um homem que me deu como presente o Marcelo
nessa vida... - fala Riva.
-Eu gosto de você, Márcio.
Não cabe a mim te julgar. Viva o agora, porque o agora é feliz. -
fala Mariana.
-Faço coro com a minha neta.
Gosto de você de graça, Márcio. Não costumo me enganar com as
pessoas. - fala Valquíria.
-E eu entendo como é viver
cercado por dilemas e segredos. Vivi isso na minha pele e ainda hoje
luto contra o vício no jogo. Nunca me senti capaz de julgar qualquer
pessoa nessa vida, muito menos você, Márcio. Você é e sempre foi
esse cara bom, dá pra ver pelo olhar. A Suzanne foi um erro na sua
vida, mas todos nós cometemos erros aqui. Faz parte de sermos
humanos. Não se entregue. Resista! Você consegue superar tudo isso.
- estimula Ivan.
Márcio fica profundamente
emocionado com o carinho de todos.
-Ô, gente... que isso! Eu não
mereço tanto assim. Tenho é muita sorte de ter pessoas como vocês
nessa vida. Acho que do meu jeito eu amo essa família torta que eu
arranjei... - fala Márcio.
-Isso é pra você ver como é
querido, pai. E já que você se sente tão acolhido, você está
convocado a passar a noite aqui com a gente. Não tem recusa. Você
ligue para Raquel e avise, que hoje o teu filho vai te paparicar sim
senhor! - fala Marcelo.
Todos abraçam Márcio. CORTA
A CENA.
CENA 3: No final da manhã do
dia seguinte, Adelaide, Cleiton, Regina e Geraldo terminam de gravar
um vídeo sobre serem pais de LGBTs na casa de Eva e Renata.
-Tá ótimo, gente! Vocês
arrasaram! - fala Eva.
-Tem certeza, filha? Eu
gaguejei tanto... - fala Geraldo.
-Pode parar, seu Geraldo. Até
parece que você não sabe que a gente edita tudo direitinho, não é?
- fala Renata.
-E o que eu falei, filha?
Ficou bom? - pergunta Adelaide.
-Ficou divino, mãe! É
impressionante como você realmente entrou de cabeça na luta, na
militância pelas minorias. - fala Renata.
-E o mais admirável de tudo
isso, dona Adelaide, é que você entende que o seu lugar nessa luta
é apoiando as minorias, mas não querendo ser a voz delas. -
continua Eva.
-Mas isso não é óbvio,
gente? O protagonismo das lutas pertencem às classes oprimidas. -
fala Regina.
-Sim, Regina... mas venhamos e
convenhamos que há um pessoal das minorias, como nós, que acaba
achando que qualquer hetero ou qualquer pessoa que não se encaixe
nos grupos oprimidos não pode nem apoiar a luta que já tá querendo
roubar protagonismo... sendo que na prática todo o apoio é
necessário e bem vindo... - fala Renata.
-Ainda acho, minha filha, que
a gente não faz nada além da nossa obrigação, como seres humanos
e cidadãos que somos. Não quero palmas por ter chegado à conclusão
de que as minorias merecem voz e espaço. Até porque eu só posso
falar pelas mulheres, mas não pelos LGBTs ou negros. - fala
Adelaide.
-É exatamente essa a ideia,
querida. Entender que a luta é de todos, mas que o hetero, o cis, o
branco e as parcelas da sociedade que não são atingidas pelas
opressões cotidianas não merecem palmas nem biscoitinho por fazerem
justamente o que você disse: a sua obrigação como cidadãos e
seres humanos... - fala Eva.
-O papo de vocês tá
maravilhoso e eu podia passar horas ouvindo essas musas da minha vida
falando, mas vamos falar de coisa boa? Já é quase hora do almoço e
eu pensei que a gente poderia chamar umas pizzas pra gente comer, o
que vocês acham? - fala Cleiton.
-Ai, pai, ainda bem que cê
falou nisso. Tou verde de fome! - fala Renata.
-E depois de gravar esse
vídeo, a gente tá bem que merecendo um banquete... - fala Geraldo.
-Nossa, nem me fala, querido.
Quantas horas a gente ficou gravando esse vídeo pra vocês, mesmo? -
pergunta Regina.
-Mais de duas horas. Mas
reunimos material suficiente para pelo menos três vídeos, o que já
é mais que maravilhoso! - fala Eva.
-Então chega de enrolação e
bora chamar a pizza antes que meu intestino grude na minha coluna
cervical! - brinca Renata.
CORTA A CENA.
CENA 4: Riva questiona Vicente
sobre o terreno ao lado.
-Conseguiu falar com o pessoal
da imobiliária?
-Não apenas consegui como
comprei o terreno ao lado. Só me dei conta que ia ser preciso depois
de mostrar a planta aos meninos, mas saiu barato, acredita?
-Quanto?
-Trezentos e dezoito mil
reais.
-Ai, que coisa boa, amor! Mas
você não devia ter fechado o negócio sem antes falar comigo. A
gente podia rachar essa conta.
-Deixe de ser orgulhosa, Riva.
Eu também sou rico, esqueceu?
-Mas eu podia dividir essa
conta com você, amor. Assim não sentiria que estou deixando você
fazer tudo sozinho, te explorando...
-Você é mesmo uma boba...
uma boba cheia de escrúpulos que eu amo. Você é mais rica que eu,
ou se esqueceu disso também? Não teria como você me explorar, sua
encanadinha...
-Bobo é você. E orgulhoso
também... não devia ficar com esse orgulho bobo de macho alfa que
nem combina com você.
-Mas não é minha intenção
ser machista, amor.
-Mesmo assim você reproduziu
uma atitude machista ao tomar a frente de tudo sem dividir as
despesas comigo... mas eu entendo que não foi sua intenção. Quanto
ao que a gente vai desembolsar na construção desse complexo de
estúdios pra nossa produtora, eu não aceito negativas: vai entrar o
meu dinheiro nisso sim senhor!
-E eu tenho como discordar de
você?
-Ainda bem que você tem amor
à vida.
Os dois se divertem juntos.
CORTA A CENA.
CENA 5: Cláudio e Bruno estão
no hospital esperando o resultado do exame de Bruno e Bruno demonstra
apreensão.
-Não entendo, amor... você
não disse que tem certeza que é cem por cento compatível com a sua
mãe e só falta a confirmação? Pra que esse nervosismo todo?
-Fico nervoso é por não
saber ao certo se eu tou liberado pra doar esse rim, entende? Vai que
eu tou com alguma coisa que me impeça?
-Tira isso da cabeça, amor...
você vai ver como vai dar tudo certo.
-Deus te ouça.
-Há de ouvir, Bruno. E o seu
pai, não quis sair de perto da sua mãe?
-Não quis. Diz que ficar
perto dela é mais seguro...
-Já tou começando a me
acostumar com as manias do seu pai.
-Ele é ótimo, não é?
-Claro que é. Ele e sua mãe
são pessoas maravilhosas. E convenhamos que a melhor reação que eu
vi na minha vida diante da sua sexualidade foi a deles. Morro de rir
só de lembrar!
-Agora vê se pode... os dois
fazendo aposta pelas minhas costas e a dona Vânia ainda rindo na
cara do seu Setembrino porque ele perdeu a aposta. Esses meus pais
são mesmo umas figuras! Nem quero pensar em viver sem eles tão
cedo, muito menos sem minha mãe.
-Você não vai ter de viver
sem ela porque eu já te disse que tudo isso vai dar certo. Sua
vontade de salvar sua mãe vai fazer com que tudo isso corra bem,
você vai ver, amor...
-Que assim seja, Cláudio...
O médico se aproxima.
-E aí, doutor?
-Felizmente não há nenhum
impedimento para a realização do transplante e você é realmente
completamente compatível com sua mãe. Você poderia inclusive doar
amanhã, se quisesse.
-Claro que eu quero! Minha mãe
precisa ser salva!
Bruno abraça o médico e
Cláudio. CORTA A CENA.
CENA 6: Mateus aproveita o
horário do intervalo para conversar com Laura, já que Haroldo foi
buscar os lanches deles.
-Sabe, Laura... eu sei que não
devia pensar essas besteiras, mas...
-Mas o que?
-Ainda fico com medo que a
gente seja julgado por eu ser um cara famoso, uma pessoa pública,
sabe? O Haroldo também, querendo ou não, é relativamente uma
pessoa pública...
-E eu tenho me tornado aos
poucos uma pessoa pública através da internet. Mas enfim... qual é
o ponto da sua preocupação que eu não peguei?
-Os conservadores, pra variar.
-Você não acha que está
exagerando um pouco?
-Talvez esteja. Mas
sinceramente eu ando cansado de um monte de coisas.
-Como o que, por exemplo?
-Dessa coisa de ainda estar na
emissora. Não que eu queira desesperadamente voltar pra TV, já
superei essa fase, mas eu tou achando que não vão renovar meu
contrato depois que eu assumi me relacionar com o Haroldo e com você
ao mesmo tempo.
-Mas você se arrepende de
alguma coisa?
-Não. De vocês nunca. Mas
tou começando a repensar muita coisa.
-Então é isso que te dá
medo, Mateus... você mesmo se responde quando diz isso. O seu medo
não é perder o que já não faz mais tanto sentido assim pra
você... o seu medo é do desconhecido, de se atirar na estrada da
vida sem saber quantas curvas te esperam no caminho... só que a vida
nunca foi e nunca vai ser uma estrada reta, entende? O medo pode e
deve existir, não para nos acuar, mas sim para nos impulsionar a
termos coragem, que se não fosse pela existência do medo, não
teria razão de ser.
-Nossa, Laura... você fala
cada coisa certeira de vez em quando que parece que você me conhece
melhor que eu.
-São os anos estando contigo,
bobo. Primeiro no nosso namoro convencional, agora nesse nosso novo
namoro. Eu aprendi a ler você por dentro. A gente sempre vai
conviver com nossos medos, mas podemos acolher cada um deles e fazer
deles nossos aliados, não nossos inimigos, entende?
-Eu te amo, Laura.
-Eu sei.
-Convencida!
Os dois riem. Haroldo chega
com o lanche deles. CORTA A CENA.
CENA 7: Rafael conversa com
Marcelo sobre a ideia de desenvolver o texto que começou a escrever.
-Então é isso, amor... eu
quero roteirizar esse texto, o que você acha?
-Não tava dando muita coisa
antes de ler, Rafa... mas é sensacional a temática dessa sinopse!
-Você achou? Ainda fico
inseguro em relação a isso...
-Pois não devia. Além de
tratar da temática LGBT sob um ponto de vista maduro e amplo,
incluindo na temática vários assuntos que definitivamente são
pertinentes, se você desenvolver esse roteiro de uma forma bem
distribuída, tem como costurar todas as tramas numa só!
-Tava pensando justamente
nisso, Marcelo. Mas nunca fiz antes e confesso que morro de medo de
criar situações um tanto quanto... irreais, fora da realidade.
-Você não vai saber se não
tentar. Depois, como a ideia é apresentar depois o roteiro pro
Vicente e o projeto da produtora tá só começando, tempo não vai
faltar de ajustar o que for necessário, revisar... essas coisas,
sabe?
-Se eu te pedir pra me ajudar,
você me ajuda?
-E você ainda me pergunta,
amor? Sou seu marido ou um colega de quarto? Evidente que ajudo, no
que for preciso. Mesmo!
-Dá um frio na barriga,
Marcelo... é uma coisa completamente nova. Estamos prestes a nos
atirar num grande desconhecido.
-Adoro perigo! Melhor dizendo:
atoron perigon! - descontrai Marcelo.
-Tem como ficar tenso com
você?
-Não sei, me responde você:
tem como?
-Acho que não. Se você
soubesse o quanto me inspira e me dá força pra buscar as coisas que
realmente quero...
-Até acho que sei, viu Rafa?
-Tava demorando. Não dá pra
gente elogiar o viado um segundinho e ele já fica se achando... acho
que tá precisando de uma lição.
Rafael faz cócegas em Marcelo
e os dois se divertem. CORTA A CENA.
CENA 8: Raquel liga para Riva.
-Oi Raquel, que surpresa! Diga
o que precisa...
-Então, Riva... é que eu
ando bastante desanimada com as investigações que aconteceram no
caso da Suzanne até agora, que não levaram a lugar nenhum...
-Sei.
-E foi aí que eu lembrei de
uma coisa que pode interessar você.
-Do que se trata, Raquel?
-Sobre a sua gargantilha, que
foi roubada pelo Márcio e que a Suzanne se apossou durante todos
esses anos, até você resgatar.
-Ah... acho que entendi onde
você quer chegar. Você quer que eu diga isso aos policiais?
-Exatamente, querida. Você
pensa em fazer isso?
-Não vou mentir, Raquel... já
pensei sim, mas você percebe que isso pode acabar prejudicando o
Márcio que, apesar de ter executado o roubo, não merece mais ser
punido?
-Nada vai acontecer a ele se
você disser exatamente como tudo funcionou, Riva... confia no que eu
digo!
-Não sei, Raquel... nós
falamos sobre isso em outro momento, tá? Agora vou precisar
desligar. Beijo, querida!
Riva desliga e Raquel fica
pensativa. CORTA A CENA.
CENA 9: Marion atende a um
oficial de justiça que bate na mansão dos Bittencourt.
-Olá. Sou Valério Fernandes,
oficial de justiça.
-Pois não, gostaria de
comunicar alguém de alguma coisa? - pergunta Marion.
-Na verdade eu vim lhe
entregar um documento pra assinar, dona Marion... nem sei como
começar a dizer isso, mas... estou cumprindo ordens. - fala Valério.
-Comece pelo começo, querido.
Não se acanhe.
-Bem, eu prefiro que você
leia a intimação...
Marion pega a intimação e
fica revoltada.
-É isso mesmo que eu entendi?
Que filho da pu... desculpe, você não tem culpa...
-Infelizmente sim. Você está
sendo processada pela emissora.
FIM DO CAPÍTULO 121.
Nenhum comentário:
Postar um comentário