CENA 1: Bruno não acredita que
se trate de Guilherme.
-Calma, amor. Você não acha
que tá ficando paranoico demais, não?
-E quem mais poderia estar
seguindo a gente, Bruno? Me diz!
-Quem parece estar esquecido
das coisas aqui é você, Cláudio... faz quanto tempo mesmo que o
Valentim conversou contigo dizendo que provavelmente esse infeliz
tava fora do país? Você acha que ele arriscaria a própria
liberdade pra fazer esse tipo de terror psicológico com a gente? Me
poupe, se poupe, nos poupe!
-Você se esquece da obsessão
que esse sujeito alimentou por mim desde que eu estudei com ele no
ensino médio? Quando ele se percebeu apaixonado por mim ele achou
que eu tinha obrigação de corresponder ao amor tardio dele. Deu no
que deu e eu nem preciso te repetir porque você foi uma das vítimas
das loucuras dele.
O tráfego libera e Cláudio
arranca com o carro.
-Amor, cê tá indo pelo
caminho errado, era pro outro lado que cê tinha que dobrar.
-Segura, Bruno... que agora eu
vou dar um jeito de despistar esse infeliz, seja ele quem for. Sendo
ou não o Guilherme, ele não vai nos pegar.
-Você tá maluco, Cláudio?
Podem ser bandidos! Gente dessas gangues que sabem quem são as
pessoas da elite. Querendo ou não você passou a ser elite quando
foi comprovado seu parentesco com o Marcelo. Tá querendo matar a
gente? Porque se for isso, me fala que eu pulo desse carro agora!
Prefiro morrer atirado no chão do que levando tiro de bandido!
-Quem é que tá dando ataque
de paranoia agora, Bruno? Francamente! Como é que você entra em
pânico desse jeito? Vai por mim, eu tenho intuição boa e se ela me
disse que eu tinha que pegar esse desvio e pisar fundo, confia!
-Eu confiaria mais se você
não estivesse acima da velocidade e dirigindo tenso desse jeito.
-Você confia em mim?
-Claro que eu confio! Mas que
pergunta sem sentido!
-Então cala essa boca e me
deixa pensar em silêncio!
-Tá bom... não tá mais aqui
quem falou...
Cláudio se certifica de que o
carro não os segue mais.
-Viu só, Bruno? Eu tinha
certeza que pegando esse desvio e acelerando um pouco mais, o sujeito
que tava seguindo a gente perceberia que nós nos demos conta e
desistiria. Confia mais na minha intuição da próxima vez, viu?
-É... dessa vez eu dou minha
mão à palmatória, mas vê se me avisa antes da próxima vez pra eu
não ficar com o meu estômago todo embrulhado, tá?
-Desculpa, amor... mas você
mesmo que percebeu que a gente tava sendo seguido.
-Verdade. Mas, pelo menos
agora estamos livres. E com tempo sobrando ainda pra chegar no
cartório a tempo.
-Viu só? Conheço essa cidade
como a palma da minha mão. No final das contas esse desvio serviu de
atalho...
Os dois chegam ao cartório e
descem do carro.
-Você parece ainda apavorado,
Cláudio...
-Nada me tira da cabeça que
só podia ser o Guilherme de volta, dentro daquele carro todo
irregular...
-Tira isso da cabeça, amor...
a gente tem que entrar no cartório agora e nem é justo com os
meninos que eles nos percebam aflitos do jeito que a gente ficou.
Cláudio abraça Bruno.
-Eu só espero que tudo isso
tenha sido um grande engano...
-Também espero, Cláudio...
mas agora tá tudo bem. Nada nos aconteceu nem vai nos acontecer. Nós
nos protegemos, lembra da promessa que a gente fez?
CORTA A CENA.
CENA 2: Vicente termina de
acompanhar os testes das atrizes e se surpreende com a qualidade de
cada um deles.
-Temos! - fala Vicente.
-Fomos bem? - pergunta uma das
atrizes.
-Sim... Sandra é seu nome,
não é? - fala Vicente.
-Exatamente. Sandra Poletto. -
esclarece a atriz.
-Você foi imbatível. Mas a
Rafaela e a Verônica estão de parabéns. Vocês todas são atrizes
viscerais, de qualidade rara nos dias de hoje. Quero muito poder
trabalhar com vocês, tenho certeza de que vocês vão enriquecer
qualquer futura produção nossa. - empolga-se Vicente.
-Espero que a gente possa
voltar aqui logo. Pra trabalhar, mesmo... - fala uma das atrizes.
-Verônica, eu sei que isso
está empolgando a todas vocês, mas eu preciso deixar muito claro
pra vocês que as condições de trabalho aqui na produtora ainda são
precárias. Estamos no começo de tudo, ainda. De profissionais
contratados só temos familiares e sócios. Estamos correndo atrás
da regularização de tudo, para que estejamos dentro de todos os
conformes das leis trabalhistas. Só que essas coisas ainda vão
levar algum tempo. Ainda assim, estejam certas de que vocês vão ser
chamadas em breve. O piso do salário de vocês, quando isso já
puder ser discutido, será provisório. Conforme a Fermata Visual for
crescendo – e esperamos que isso seja em breve – nós vamos poder
aumentar os salários de todo mundo que estiver trabalhando conosco.
Outro detalhe importante é que, excetuando nossos familiares e
sócios, a princípio atores e atrizes serão contratados por obra,
se tudo correr dentro do previsto. A gente só vai poder falar em
contrato de longa duração quando houver uma consolidação firme da
nossa produtora. Vamos ainda precisar, querendo ou não, de
anunciantes e patrocinadores, cujo processo pode ser mais longo do
que se pode imaginar. Se vocês ainda assim estiverem dispostas a
trabalhar aqui na Fermata, sabendo dessas condições iniciais, então
nos veremos em breve, assim que eu entrar em contato com vocês... -
fala Vicente.
CORTA A CENA.
CENA 3: Victor e Diogo se
casam e Cláudio e Bruno assinam como testemunhas do casamento.
-É... agora é oficial. Tou
casado com esse garoto cheio de nuances, risos, choros, mas que tem
uma tremenda vontade de viver e melhorar todos os dias... -
derrete-se Diogo, emocionado.
-E eu casado com a única
pessoa que não me virou as costas quando todo mundo tinha desistido
de mim. Obrigado por nunca desistir de mim, mesmo nos momentos de
dúvida... - emociona-se Victor.
-Vocês querem parar com essa
melação que daqui a pouco quem vai estar chorando sou eu? -
descontrai Cláudio.
-Fico muito honrado, de
coração, de ser uma das testemunhas. É sempre lindo demais ver que
o amor supera qualquer dificuldade, quando é verdadeiro... - divaga
Bruno.
-Não podíamos ter escolhido
melhor nossas testemunhas, padrinhos, chamem como quiser... Cláudio
é acima de tudo um grande amigo que a vida me deu, apesar de tudo o
que passamos já... - fala Diogo.
-Ei, por que vocês não
transferem a festinha de vocês no apartamento lá pra minha casa? -
sugere Cláudio.
-Viado, cê tá boa ou tá
colocada? Naquela mansão gigante? - espanta-se Victor.
-Mas por que não? Nós somos
os padrinhos, no final das contas. A gente tem o dever de presentear
com o que puder e com o que quiser. - fala Bruno.
-Olhando por esse lado, é bem
capaz de a gente aceitar, mas... vocês falaram com todo mundo? -
questiona Diogo.
-Quanta bobeira, gente. Óbvio
que falei com meu irmão, meu cunhado e quem mais tenho direito de
falar. Vamos, vai ser ótima a festa lá em casa! - insiste Cláudio.
-Tá... a gente aceita. Mas
antes vocês passam com a gente lá em casa porque a gente tem que
trocar de roupa e ainda separar as bebidas que a gente tinha comprado
pra beber lá no nosso apartamento, pode ser? - fala Victor.
-Perfeito. Mas não deve ser
muita bebida, né? Afinal de contas, nem Bruno nem você estão
podendo beber no momento... - observa Cláudio.
-Claro que não é muito, mas
a gente não pode simplesmente chegar de mãos vazias... -
complementa Diogo.
-Então vamos de uma vez antes
que chova de novo? - fala Bruno.
CORTA A CENA.
CENA 4: Instantes depois,
Marcelo lê uma mensagem mandada por Cláudio e chama Rafael.
-Amor, cê pode vir comigo
avisar todo mundo que o Victor e o Diogo aceitaram a sugestão do
Bruno e do Cláudio?
-Que maravilha! Claro que
posso. Eles já estão vindo fazer a festa deles aqui?
-Ainda não. Cláudio acabou
de me mandar uma mensagem dizendo que eles foram passar antes no
apartamento dos meninos pra pegar algumas coisas que eles tinham
deixado lá e resolveram trazer.
-Alguma dúvida que é mais
bebida pra todo mundo ficar louco? Essa festa vai ser doida!
-Se vai! Mas tanto o Victor
quanto Diogo merecem uma festança daquelas pra comemorar o casamento
deles. E é bom a gente se preparar, porque esse vai ser o
aquecimento oficial pra festa do casamento do Cláudio com o Bruno
daqui algumas semanas.
-Né não? Tava até pensando
que a gente podia capitalizar em cima disso e abrir uma boate aqui
dentro!
-Olha, o porco capitalista tá
atacando! É o apocalipse zumbi!
-Bobo. Os rapazes ainda
demoram?
-Um pouco, eu acho. Eles não
moram tão perto daqui, mas é bom a gente já ir confirmando com
todo mundo aqui em casa.
-Claro. Até porque o salão
de festas não vai se arrumar sozinho.
-Ah, pensei que ia, mas a
tecnologia ainda não chegou a esse ponto, então mão na massa!
CORTA A CENA.
CENA 5: Valentim recebe um
comunicado oficial sobre o inquérito de Suzanne e conversa com Mara
a respeito.
-É, Mara. Não deu...
-Não deu o que, Valentim?
-O inquérito da Suzanne.
-Não vai me dizer que...
gente, que dia é hoje? É o que tou pensando?
-Infelizmente, querida.
-Arquivaram... só pode. O
tempo excedeu...
-Exatamente. Não foi dessa
vez que pegamos a Suzanne.
-Nem sei o que dizer,
Valentim. Em décadas de profissão, eu ainda fico imensamente
frustrada quando um inquérito contra uma pessoa que claramente é
uma criminosa é arquivado por falta de provas...
-E eu, então? Dá uma
sensação chata de que a justiça não funciona exatamente como
deveria.
-Infelizmente isso é mais
frequente do que todos nós gostaríamos, mas é aquele ditado, vamos
fazer o que?
-O duro é ter a certeza de
que com o fechamento desse inquérito, perdemos também informações
que poderiam ser preciosas...
-Cê tá falando sobre a
provável ligação dela com a fuga do Guilherme?
-Sim, Mara. Sem esse
inquérito, a gente fica sem amparo judicial nenhum pra sequer
interrogar Suzanne, informalmente ou oficialmente.
-Essa é a pior parte de tudo
isso. Porque a minha intuição insiste que a participação dela
nisso é completa, mas agora a gente não tem meios de ir atrás
dessas informações.
-E definitivamente a Suzanne
não está disposta a colaborar.
-No lugar dela, eu também não
estaria. Ela é mais esperta do que a gente imaginou. Desde o começo
ela cantou essa pedra de que o inquérito contra ela terminaria
arquivado por absoluta falta de provas. Estendemos o prazo enquanto
foi possível, mas...
-Mas não estamos acima da
lei. Obedecemos as leis. Ossos do ofício...
-O duro de tudo isso vai ser
contar pra Raquel que esse inquérito não deu em nada.
-Nem fale, Mara... Raquel
estava realmente confiando que em algum momento alguma coisa seria
provada contra a Suzanne.
-Bem, mas pelo menos a gente
ainda pode dizer a ela que em algum momento, caso haja nova denúncia
de outra pessoa...
-Nem adianta, querida. A única
pessoa que teve coragem de denunciar Suzanne até hoje foi Márcio
e... bem, a Raquel já não pode fazer isso devido à posição que
ela ocupa na polícia.
-Vai ser difícil conversar
com ela, amor...
CORTA A CENA.
CENA 6: Cláudio e Bruno
chegam em casa com Victor e Diogo. Marcelo e Rafael recebem os
quatro.
-Parabéns pelo casamento,
queridos! Agora vocês vão saber como é aguentar a cara um do outro
todos os dias! - brinca Marcelo.
-Ih, Marcelo... mas isso a
gente já sabe desde que a gente passou a morar junto. A diferença é
que agora assinei contrato de tolerância com o Victor! - prossegue
Diogo, na brincadeira.
-É, mas bem que esse daí não
é a pessoa mais fácil do mundo também. Leva anos pra tomar uma
decisão simples porque fica perdido entre as alternativas... - fala
Victor.
-Vocês nem sabem o festão
que tá esperando por vocês. A gente ficou muito feliz que vocês
tenham aceitado vir... a gente já tinha tudo preparado e
esquematizado com antecedência. - fala Rafael.
-Cês tão vendo, né? Bicha
prevenida e precavida é outro nível. - fala Cláudio.
-Aqui é serviço de primeira.
Mas se vocês estão pensando que vai ter garçom servindo vocês, se
lascaram, aqui é cada um por si. - brinca Bruno.
-Cruzes! Deus me livre de ser
servido por empregados, melhor coisa que vocês fazem aqui nessa casa
é, mesmo sendo de elite, não explorarem a mão de obra de ninguém.
- fala Victor.
-Eita que o papo já tá
ficando politizado. Adoro, posso nem ver que fico todo me tremendo,
maaaas... agora é momento de comemorar. Vamos logo ao salão de
festas que eu quero que vocês confiram se tá tudo certinho com o
repertório que a gente separou pra festa... com a ajuda sempre bem
vinda do seu Setembrino, claro. - fala Marcelo.
-Ih, viados... é mesmo: se
tem uma criatura nessa vida que manja tudo de música, do passado, do
presente e se bobear até do futuro, essa pessoa é meu pai! -
empolga-se Bruno.
Os seis vão ao salão de
festas e Victor se admira com a estrutura preparada para a festa.
-Gente do céu! Precisava de
tudo isso? A gente só se casou! - surpreende-se Victor.
-Alá o viado da falsa
modéstia! “Só se casou”? Really, bitch? É justamente por isso
que essa festa tem que ser histórica! - fala Cláudio.
-Tá, cês querem parar de
papo furado e virem aqui com a gente conferir se meu pai escolheu um
repertório do agrado de vocês? - fala Bruno.
-Eita, que impaciente. Fico
até empolgado com essa atitude toda... - brinca Cláudio.
Todos riem. Diogo e Victor
conferem o repertório escolhido para a festa.
-Por mim, tá tudo mais que
aprovado. - fala Diogo.
-Que milagre o Diogo gostar de
tudo, chato do jeito que é pra música! Mas realmente, esse
repertório tá super aprovado, por mim! - fala Victor.
-Certo. Então agora é hora
de chamar o resto do pessoal porque a festa tá só começando e vai
ser muito louco! - fala Rafael.
CORTA A CENA.
CENA 7: Raquel fica frustrada
ao saber, através de Valentim e Mara, que o inquérito contra
Suzanne foi arquivado.
-É um absurdo que as coisas
não tenham andado! Esse inquérito era importante demais pras
investigações! Mas não vou dizer que me surpreendo, sinceramente,
meus queridos... eu já vinha esperando por isso. Suzanne, desde o
começo, estava certa de que esse inquérito não chegaria a lugar
nenhum. - desabafa Raquel.
-De fato, minha amiga: sua
filha parece estar sempre muito certa das coisas que diz. - fala
Valentim.
-O fato é que, com o
encerramento desse inquérito, não há mais impedimento nenhum para
o direito da sua filha de ir e vir. Ela pode inclusive deixar o país
sem maiores problemas, mas acho recomendável que ela não saiba
disso no momento... - fala Mara.
-É impossível que ela não
saiba. Suzanne sempre foi uma pessoa esperta e articulada. Se ela não
souber por nós, vai acabar sabendo por terceiros que não existe
mais inquérito nenhum contra ela. Infelizmente nós só vamos perder
tempo acreditando que podemos enganar ela, fazendo ela acreditar que
ainda está impedida de deixar o Brasil. - fala Raquel.
-Mas você não precisa
necessariamente ser a portadora dessa notícia, Raquel. A gente sabe
que ela pode inclusive tripudiar sobre você e isso não é algo que
a gente queira que você passe... - fala Valentim.
-Não... quanto a isso vocês
podem ficar bem sossegados. Não faço a mínima questão de dar essa
“boa nova” a ela. Sei bem o tipo de atitude que vai vir dela logo
depois e não tenho paciência nem disposição pra lidar com isso,
quando nós temos tanto trabalho de verdade a ser feito com
criminosos que ainda podem e devem ser pegos. - fala Raquel.
-O fato é que cedo ou tarde
ela vai acabar sabendo que tá completamente livre. É com isso que a
gente deve se preocupar, porque se ela estiver envolvida com gente
barra pesada, isso pode significar riscos pra mais pessoas que
imaginamos... - fala Mara.
-Se eu fosse vocês, não me
preocuparia tanto assim com isso. Suzanne é muito mais articulada do
que vocês possam supor. Ela não colocaria nada a perder de graça.
Se ela tiver a certeza de que está completamente livre, não
perderia tempo se envolvendo em nada que pudesse complicar a situação
dela. - fala Raquel.
-É, mas não se esqueça que
ela foi mandante do sequestro do bebê da Riva. - fala Valentim.
-Que de qualquer forma não
foi provado simplesmente porque os tais sequestradores simplesmente
sumiram do mapa. A Raquel tem razão: Suzanne não dá ponto sem nó.
Talvez agora seja melhor que ela suma das nossas vistas, se ela
quiser realmente deixar o país... - considera Mara.
CORTA A CENA.
CENA 8: Riva recebe uma
repórter de uma revista de celebridades.
-Olá, Riva. Sou Janaína
Aquino, repórter da CelebNow, você teria alguns minutos pra falar
comigo? - fala a repórter.
-Se for cinco minutos no
máximo, sim. Estou me preparando para uma festa que está começando
ali no salão. - fala Riva.
-Do que se trata a festa? -
pergunta a repórter.
-Você vá me desculpar pela
indelicadeza, mas não é nada que seja do seu interesse ou da sua
revista. É festa em família. Se quiséssemos que a imprensa
soubesse disso, teríamos chamado. Aliás, quem é que te mandou
aqui?
-Os meus chefes, lógico.
-Com qual finalidade? Eu já
li muito a sua revista.
-E você gosta?
-Eu até gostaria, se eu fosse
uma fofoqueira que transforma em assunto suposições e distorções
sobre a vida dos famosos.
-Mas eu vim aqui te
entrevistar, Riva. Queria saber como é pra você viver uma vida tão
cheia de luxo, requinte e arte.
-Por que você não pergunta
pra Marion, que é famosa há muito mais tempo?
-Porque não foi ela que há
um ano ficou rica através de um golpe de sorte.
-Engraçado... pensei que esse
assunto já estivesse esgotado e superado. Se você quiser fazer
alguma fofoca, faça. Mas esteja preparada para que sua revista seja
processado, caso qualquer difamação vier a ser publicada.
-Você não está entendendo
nada, Riva. Isso aqui é uma entrevista.
-Conheço bem o teor
tendencioso dessas “entrevistas”. Peço a gentileza de se retirar
da minha casa. Tenho mais o que fazer do que dar atenção a uma
revista que só se sustenta por fofoca e mundo cão. Passar bem.
Riva bate a porta na cara da
repórter. CORTA A CENA.
CENA 9: Horas depois, já ao
final da festa, Victor e Diogo resolvem ir embora.
-Queridos, quero agradecer do
fundo do coração por essa festa maravilhosa que vocês
proporcionaram pra gente. Mas agora nós precisamos ir embora, pois
um longo dia nos espera amanhã... - fala Diogo.
-Não tenho palavras pra
agradecer tanta consideração, carinho, cuidado e dedicação de
todos vocês, especialmente do Cláudio e do Bruno, que além de
serem grandes amigos, agora são os melhores padrinhos que podem
existir nesse mundo. Por mim a gente ficava até o dia raiar aqui,
mas a gente precisa ir embora pra resolver umas últimas questões.
Estamos fazendo nossas malas... vamos nos mudar para Londres! - fala
Victor.
Todos ficam surpresos.
-Fora do país? Vocês vão se
mudar? - questiona Cláudio.
FIM DO CAPÍTULO 140.
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