CENA 1: Bruno tenta se explicar
com Cláudio e justificar sua fala.
-Eu não acredito que você tá
me tratando desse jeito na frente de visita, Cláudio... pensei que
éramos amigos! Você não percebe que não é bem assim pra ele
ficar pro jantar? Eu não fiz comida o suficiente pra três pessoas.
Mas não é só isso... você mal conhece esse cara!
-Coloque-se no seu lugar,
Bruno! Olha, eu não quero ser grosso nem te falar coisas
desnecessárias que vá me arrepender, mas eu conheço o Guilherme há
muitos anos, sim senhor!
-Eu não sabia disso.
Desculpe. Você nunca me contou nada...
-Pelo visto não foi só você
que não explicou tudo sobre o passado, não é mesmo?
-Cláudio, não leva a
conversa pra esse lado, sério...
-Desculpa.
-Eu até posso fazer comida de
novo, mas vai demorar pra ficar pronta...
-Não tem problema, Bruno. Eu
ajudo na cozinha. Pra não dar problema com horário, você se
incomoda de dormir aqui essa noite, Guilherme?
Bruno não acredita na
proposta de Cláudio a Guilherme. Guilherme se anima.
-Não tem problema eu ficar
aqui essa noite? Não quero dar trabalho...
-Não se envergonhe,
Guilherme. O sofá da sala é grande... pode ficar, sim...
-Nesse caso eu também ajudo
na cozinha. Bruno, o que você fez pro jantar? É pra ir pensando no
que combina...
Bruno se incomoda com
Guilherme.
-Vá você olhar na panela o
que eu fiz. A minha parte eu fiz, escolham vocês o que vai
acompanhar no jantar.
Cláudio se impacienta com a
grosseria de Bruno com Guilherme.
-Olha aqui, Bruno, até agora
eu tou sendo até muito paciente com você, mas não vou admitir que
você trate o Guilherme com esse sarcasmo todo. Quer mesmo que esse
papo chegue no seu lugar? Acho que não. Então antes que eu seja
obrigado a te colocar no seu devido lugar, o melhor que você tem a
fazer é ficar calado, tá entendido? E acho bom que você peça
desculpas ao Guilherme, que só quis me ajudar hoje. Eu precisei
desabafar com alguém, sabia disso? Por sua causa! Ninguém queria me
ouvir, o Marcelo lá na Austrália esquecendo dos amigos... pelo
menos o Guilherme me ouviu e me apoiou, sem me julgar, teve
paciência.
-Eu não acredito que você
contou tudo pra ele... - decepciona-se Bruno.
-Pois pode acreditar. Precisei
colocar pra fora. Anda... pede desculpas pra ele agora!
-Desculpe, Guilherme... - fala
Bruno, com má vontade.
Guilherme parte triunfante com
Cláudio para a cozinha. CORTA A CENA.
CENA 2: Ao se prepararem para
dormir, Vicente e Riva tentam entrar em contato com Marcelo e Rafael
através de chamada de vídeo. Vicente liga o notebook e constata que
Rafael está online.
-Riva, acho que vai dar pra
gente falar com os meninos... pena que a Marion e Ivan já
dormiram...
-Amanhã a gente fala pra eles
que falou com os meninos... vamos, faça a chamada. - fala Riva se
sentando ao lado de Vicente.
Vicente faz a chamada e Rafael
atende prontamente.
-Oi, querido! O Marcelo tá
aí? - pergunta Riva.
-Tá, sim. Acabou de sair do
banho. Amor, vem cá que a sua mãe tá no vídeo!
Marcelo rapidamente senta-se
ao lado de Rafael e fala com Riva e Vicente.
-Que saudade que eu tou de
vocês... como vocês estão? - fala Marcelo.
-Bem... a gente vai casar. Mas
claro, vamos esperar vocês voltarem pra isso. - anuncia Vicente.
-Viu só, Marcelo? Eu disse
que essa história da sua mãe com o Vicente ia acabar em
casamento... - fala Rafael.
-Fico muito feliz por vocês...
inclusive você tá mais bonita, mãe. Aliás, ontem aconteceu uma
coisa incrível com a gente na rua...
-Marcelo, meu filho, eu quero
muito saber das novidades de vocês, mas antes a gente tem outra
coisa pra contar pra vocês... melhor dizendo, pro Rafael, que é
maior interessado nisso... - fala Riva.
-Ah, é sobre minha mãe ter
sido confirmada como a protagonista da próxima novela que vou fazer
e consequentemente, mãe da minha personagem? Já fiquei sabendo
disso. Li na internet e não coube em mim de felicidade. Imagino que
ela esteja dormindo agora...
-Sim, ela está, Rafael. Mas é
maravilhoso tudo isso, mesmo. Fico feliz por você ter ficado feliz
com isso... - fala Vicente.
-Bem, acho que agora a gente
pode falar sobre a coisa incrível, não? - pergunta Marcelo.
-Claro que sim, meu filho!
Vejo que vocês estão muito felizes! - fala Riva.
-E não é pra menos, prima.
Você acredita que a gente tava saindo do shopping, tranquilos de
mãos dadas, quando uma fã brasileira parou a gente? Tá, ela não é
brasileira, nasceu aqui, mas se criou durante anos no Rio. Ela
percebeu que o Marcelo é meu namorado e teve a melhor reação do
mundo! Foi uma fofa com a gente! Queria que a reação das pessoas aí
no Brasil fosse do mesmo jeito... foi comovente ela dizendo que nós
tínhamos um brilho especial juntos... - fala Rafael.
-Foi realmente lindo e
emocionante, mãe. Adriana é o nome da garota. Um doce de ser
humano... gentil, generosa... sabe aquelas pessoas que você encontra
e tem certeza que já conhecia de antes, de tanto que a pessoa te faz
sentir como se estivesse em casa ou diante de um grande amigo? Foi
bem nessa pegada... Foi bom sentir esse gostinho de liberdade aqui.
Mas ao mesmo tempo triste é pensar que é difícil que a gente
encontre isso aí no Rio... - divaga Marcelo.
-Isso tudo é maravilhoso,
queridos... mas vamos ter esperança, né? Quem sabe a gente vence o
ódio dos golpistas por aqui e logo as coisas melhorem... - fala
Riva.
-Riva tem razão. Queridos,
foi muito bom poder falar com vocês. Queríamos ficar mais tempo
conversando, mas estamos mortos de sono e precisamos dormir... - fala
Vicente.
-Tudo bem... boa noite, gente.
Durmam bem – fala Rafael.
-Fiquem com Deus... - fala
Riva, no que Vicente encerra a chamada. CORTA A CENA.
CENA 3: Rodrigo está na sua
casa provisória em São Gonçalo, quando um número desconhecido
liga pra ele. Desconfiado, resolve atender. Uma voz abafada fala do
outro lado da linha.
-Fala, Rodrigo. Você deve
estar se perguntando quem eu sou. Sou o chefe. Resolvi ligar
diretamente pra você porque eu sei pra onde você foi. Na verdade,
fui eu que facilitei o aluguel dessa casa aí em São Gonçalo.
-E o que você quer agora? É
alguma instrução sobre como devo agir na estratégia de assalto ao
banco?
-Sim e não. Na verdade eu já
vinha considerando um plano B para enriquecer mais ainda o meu
bolso... e o de vocês, claro. Quando você foi pra São Gonçalo e
meus informantes confirmaram, eu pensei em outra alternativa. O
assalto do Rio já tá na mão, vai acontecer sem maiores problemas.
-E que alternativa seria essa,
chefe? Porque pra você me ligar, parece ser algo grande.
-E você tem toda a razão. Eu
sei onde fica o banco perto da casa onde você está morando
provisoriamente. Quero que você vá lá sondar o sistema de
segurança desse banco. Dependendo da sua avaliação disso, se
houverem falhas grandes, eu decido se mando meus homens pra terminar
o serviço.
-Ficou maluco, chefe? Desculpa
falar com você desse jeito, mas poxa vida! Eu mal saio do Rio, sem
nem saber direito o motivo e você já me vem com mais essa? Eu vou
precisar de um tempo pra me adaptar aqui, depois a gente pensa
nisso... você poderia pelo menos me dar um prazo?
-Eu não gosto de aumentar
prazos, Rodrigo. Gosto de obediência e eficiência. Você já me deu
muita mão de obra e pouco retorno. O que eu vou fazer com você, me
diz?
-Você não tá pensando em me
eliminar, tá?
-Não, seu panaca. Fica
tranquilo. Só tive que sujar as mãos dos meus homens em casos
extremos. Você é só bundão, mesmo... inteligente, porém bundão.
-Não precisa ofender. Me fala
logo o que cê tá pensando, estou cansado.
-Deixa pra outra hora,
Rodrigo. Vou precisar pensar com calma no rumo que vou dar pra você
dentro dessa organização. Você anda muito sem função. Mas bem,
você disse que tá cansado. Vá dormir, quando eu tiver novidades eu
aviso.
“Chefe” desliga e Rodrigo
fica sem entender nada. CORTA A CENA.
CENA 4: Na manhã do dia
seguinte, Eva e Renata chegam cedo à casa de Adelaide e Cleiton.
-Elas chegaram, Adelaide... eu
fico muito orgulhoso da sua atitude! - fala Cleiton, abrindo para as
duas, que a abraçam carinhosamente. Adelaide vai logo atrás e
abraça fortemente a filha. Eva se surpreende.
-Vem, Eva. Vem pra esse abraço
também! - convida Adelaide.
Eva abraça Adelaide e todos
entram.
-Eu quis fazer esse mimo pra
vocês, meninas. Perguntei pra Renata tudo o que você gostava,
Eva... quando ela me contou que vocês... bem, vocês...
Cleiton olha aflito para
Adelaide e percebe que ela se esforça, mas ainda tem dificuldade de
falar certas coisas. Resolve então completar a fala da mulher.
-Que vocês voltaram, não foi
isso que você quis dizer, Adelaide?
-Isso, meu amor... bem, vocês
me perdoem pela minha falta de jeito, meninas... ainda vou precisar
de um tempo pra me habituar a tudo isso... - desculpa-se Adelaide.
-Mãe... só de você estar
nos recebendo, de ter tido o cuidado de saber direitinho cada coisa
que a gente gosta de comer no café da manhã, já tá valendo todo o
seu esforço. O passado a gente deixa pra trás... hoje a Eva também
tá dando um grande passo, que é me assumir sem medo em público. -
emociona-se Renata.
Todos seguem conversando
alegremente no café da manhã. CORTA A CENA.
CENA 5: Em meio às suas
investigações das pessoas que cercam ou cercaram a vida de “Chefe”,
Valentim, em seu consultório, intensifica suas buscas ao encontrar
em seu computador dados sobre uma empresa que entrou em concordata
com a morte de seu fundador.
-Então chegamos a essa
empresa... “Altamir Ruas – Transportes e Soluções de Casa e
Ambientes”... gente, que nome gigante!
Valentim verifica as contas da
empresa e percebe que os números não batem com o necessário para
investir nos materiais e mão de obra.
-Jesus amado... esses valores
eram claramente superfaturados. Cobravam caríssimo por um serviço
que poderia ser bem mais barato, justificando na qualidade. Só que
tem algo de muito errado nisso...
Valentim segue buscando mais
dados e se depara com mais informações, surpreso.
-Tráfico de armas? Gente, não
é possível! Será que essa empresa era uma fachada pra acobertar
alguma facção?
Valentim segue a buscar
informações sobre o fundador.
-Altamir Soares Ruas...
nascido em 3 de setembro de 1951 e falecido em 12 de janeiro de
2011... morreu jovem. Ah... morreu num acidente que foi investigado e
se confirmou sabotagem no carro. Logo, Altamir foi assassinado...
tinha inimigos. Talvez disputa interna de poder. A empresa entrou em
concordata apenas quatro meses depois... claro. Algum bandidinho
despreparado deve ter assumido a bronca, não deu conta e deu no que
deu... será que tem alguma informação sobre a família desse cara?
Vejamos... casado com Jeanine Rodrigues Ruas, nascida Jeanine Barros
Rodrigues, em 31 de janeiro de 1970... desaparecida em 9 de outubro
de 1997, nunca mais deu notícias e deixou o filho ainda pequeno,
Guilherme Rodrigues Ruas, para ser criado pelo pai. Por Deus! Esse
rapaz ficou sem ninguém há cinco anos! Como será que vive? Foco,
Valentim, foco! Essa empresa do falecido pai do Guilherme tem o nome
registrado ainda... estando há cinco anos em concordata... tá
esquisito.
Valentim segue pesquisando.
-Doações anônimas de
dinheiro. Sendo que a empresa não está funcionando ativamente no
que funcionava antes da concordata... tem caroço dos grandes nesse
angu! Se for uma facção, pode muito bem ser a organização desse
tal de “Chefe”. Claro! Essa facção deve estar doando o dinheiro
que mantém a empresa. Só me pergunto quem estaria por trás desse
investimento e qual é o interesse em manter o CNPJ da empresa
intacto... quanto mais a gente entra nisso, mais confusa essa
história fica. Tem mais gente envolvida nisso do que parecia num
primeiro momento. Talvez o chefe seja mais de uma pessoa... - conclui
Valentim. CORTA A CENA.
CENA 6: Guilherme se acorda e
Cláudio lhe traz uma xícara de café.
-Parece que você adivinhou,
Cláudio. A primeira coisa que faço quando me acordo é tomar uma
xícara de café pra não perder a paciência.
Guilherme toma rapidamente o
café.
-Muito obrigado. Sou
praticamente incomunicável sem café, viro gente depois de tomar o
meu café matinal. Cadê Bruno?
-Foi fazer as compras do dia
pra casa. Ele é um ótimo amigo, apesar de ter mentido pra mim...
não consigo sentir raiva dele, sabe?
-Sei. Ele me parece uma pessoa
do bem, mesmo. Você não tem aula hoje?
-Não... só amanhã. É até
melhor, quem sabe assim eu consiga falar com o tratante do Marcelo,
aquele ingrato. Ainda não engoli essa história dele não ter um
tempo pra ouvir o desabafo daquele que ele chama de melhor amigo. Só
porque tá lá na Austrália numa espécie de lua-de-mel com o
Rafael... eu só queria desabafar sobre essa situação de esconder
algo grave da Laura.
-Ah, Cláudio... convenhamos!
Pra que se desgastar por gente que não tá te dando a mínima? O
cara tá lá vivendo a vida dele, o sonho da lua-de-mel ao lado do
quase maridinho dele, normal que esqueça dos amigos.
-Você acha normal esquecer
dos amigos?
-Normal eu não acho, na
verdade eu acho péssimo, mas entendo ele. Talvez ele esteja dando
mais importância pro macho dele em vez dos amigos... talvez você
tenha sido mais amigo dele do que ele de você...
-Ai, Guilherme... eu não
tinha parado pra pensar assim. Confesso que isso me deixa meio
atordoado. Ainda mais sabendo que a Laura tá sendo enganada... ou
foi, não importa.
-A Laura é outra. Aposta
quanto comigo que ela ia se voltar contra você no momento que você
contasse toda a verdade pra ela?
-Você acha?
-Tenho certeza. As pessoas
emburrecem por amor...
Cláudio e Guilherme seguem
conversando. CORTA A CENA.
CENA 7: Mara retorna ao prédio
onde Haroldo morou e faz perguntas ao porteiro.
-Bom dia, senhor Júlio. Você
se incomodaria de me ajudar mais um pouco se puder?
-De maneira alguma,
investigadora! Em que posso te ser útil?
-É o seguinte: você saberia
me passar mais informações sobre o morador do 302 que deixou o
apartamento há poucos dias? Qualquer informação adicional que o
senhor tiver vai me ser preciosa, de verdade.
-Olha, dona Mara, eu nem sei o
nome dele. Ele pagava um dinheiro extra pra gente não se meter na
vida dele. Mas ele conversou comigo no dia que foi embora. Foi tudo
muito rápido. Do nada ele surgiu com as malas na mão dizendo que
precisava sair da cidade. Perguntei pra ele porque e ele disse que eu
era intrometido demais, mas me respondeu que era a trabalho.
-Interessante. Quer dizer que
ele saiu da cidade, então? Você não teria a mínima ideia de onde
ele pode ter ido?
-Ele não disse,
investigadora. Ele pode ter ido pra qualquer cidade aqui do Rio...
ele pode até ter saído do estado. Como eu disse pra senhora... foi
tudo muito rápido, não tinham nem cinco minutos que ele apareceu
aqui na portaria com as malas dizendo que precisava ir embora e já
tinha um... não é táxi, um... uber, é esse o nome... enfim, tinha
um uber esperando ele pra embarcar. Ele colocou as malas no
porta-malas desse uber e foi embora. Isso é tudo o que eu sei.
Desculpe não poder te ajudar mais que isso, dona Mara...
-Que isso, seu Júlio! O
senhor já me foi muito útil por hoje, pode acreditar. Essas
informações podem não ser exatamente o que eu queria nem tão
claras, mas certamente ajudaram bastante a encaixar pelo menos duas
ou três pecinhas desse quebra-cabeça. Eu preciso ir. Se você
souber de qualquer coisa, já sabe onde me procurar. Você guardou
meu cartão, certo?
-Guardei, sim senhora.
-Perfeito. Até mais ver, seu
Júlio. - fala Mara, partindo. CORTA A CENA.
CENA 8: Raquel recapitula
antigas atitudes de sua filha e fica aflita. Começa a divagar
consigo mesma.
-Deus que me perdoe... mas não
tou vendo mais nada possível diante dos meus olhos, senão isso...
Raquel lembra quando Suzanne,
ainda criança, dissecava um gato e o pendurava morto no varal do
quintal de sua casa.
-Tudo isso tá se encaixando
com o que o Valentim diz... ela só pode ser psicopata. Deus do
céu... como é que eu vou lidar com isso?
Raquel sofre por ter certeza
da psicopatia da filha. CORTA A CENA.
CENA 9: Depois de muitas
tentativas, Cláudio finalmente conversa com Marcelo por chamada de
vídeo e consegue desabafar detalhadamente tudo o que aconteceu.
-Enfim, Marcelo... foi isso
que aconteceu. Tou me sentindo muito mal.
-Viado do céu... eu
sinceramente não sei como te ajudar diante disso. Que barra pesada,
gente!
-Claro que você não sabe
como me ajudar nisso, né seu tratante? Tá muito ocupado estendendo
tapete vermelho pro teu macho!
-Você só pode estar de
brincadeira comigo, Claudinho. Que isso, viada? Sou eu!
-Eu tou com cara de deboche
por um acaso? Você esqueceu dos amigos, esqueceu de mim! - brada
Cláudio, deixando Marcelo perplexo. FIM DO CAPÍTULO 34.
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